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Odeia a religião mas ‘ama’ Jesus Cristo? … boa sorte!

31 Terça-feira Jul 2012

Posted by marcosmarinho33 in Da Santa Igreja

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Muitas pessoas, na maioria protestantes, recitam frequentemente que ‘Jesus está acima de religiões!’ e que ‘Religião não vale nada, basta Jesus Cristo’. É muito bonito e agradável, mas infelizmente, não é verdadeiro. Não sei bem qual é a intenção dessas pessoas. Devem ser como disse um ateu num vlog: ao se ver “ameaçado” com os argumentos cada vez mais frequentes das pessoas de que a religião é ruim, a religião aprisiona, ele diz “não é isso que eu vivo, o que eu vivo é ‘Jesus'”.

Sem falar nas intermináveis discussões inter-igrejas. Provavelmente devido às milhares e milhares de denominações cristãs análogas entre si, chegaram a conclusão de que religião simplesmente não decide mais nada, e é melhor pular esse passo, e ficar simplesmente com Jesus.  É muita ousadia descartar a religião em nome de Jesus, quando nem ele mesmo fez isso.

Jesus disse que ‘para chegar ao Reino dos Céus, deve-se passar pela porta estreita’. Também disse que ‘todo aquele que crer e for batizado, será salvo. Mas quem não crer, não será salvo’. Acontece que hoje as pessoas alargaram tanto essa ‘porta estreita’ que já não é mais uma porta, já é um arco do triunfo! E por isso, só não passa por ele quem não quer. E mesmo quem passa, não muda nada.

 (Arco do Triunfo, em Paris)

E embora chegar ao Reino dos Céus seja triunfante, há uma boa razão para isso. As pessoas que o alcançam tiveram que ‘ser irrepreensíveis em sua conduta‘. Ou seja, Jesus deixou sim ‘pré-requisitos’ para segui-lo além do simplesmente ‘aceitá-lo’, como muitos pregam mas ninguém sabe definir exatamente.

Há algum tempo um jovem chamado Jefferson Brethke postou um vídeo no Youtube chamado “Why I Hate Religion, But Love Jesus“, no qual, em forma de poema, ele explica porquê ele ama Jesus, que é bom, mas odeia a religião, que é má. Ele faz isso no mais estilo da Bola de Neve Church, querendo ser “estiloso” e “moderno”, espalhando veneno (ainda que doce) com as palavras encantadoras de mentes fracas.

Eis o vídeo, legendado:

Depois disso muitos católicos fizeram vídeos retrucando Brethke. Dentre eles, um padre americano de muito bom gosto fez um vídeo de contra-resposta respondendo-o na mesma moeda, intitulado “Why I Love Religion, And Love Jesus“. Também em forma de poema e com direito a todos os efeitinhos especiais que ajudaram a compensar a irracionalidade no vídeo de Brethke (embora já o padre não precisasse disso, mas fez uma bela ironia). E, de quebra, foi filmado na bela Basílica Rainha de todos os Santos. Aqui está o vídeo do Pe Burns. Pediria para que quem tem conta no Youtube, votasse no “Like” abaixo do vídeo (é, aquele joinha).

Tradução livre:

E se eu lhe disse que Jesus ama a religião
E que com a sua vinda como homem que ele trouxe a sua religião à fruição
Veja, isso tinha de ser abordado, o uso de termos e definições ilógicas
Você claramente tem um coração para Jesus, mas está alimentando opiniões ateístas
Veja, o que faz grande a religião não são erros de guerras e inquisições
É homens e mulheres quebrados participarem de sua missão
É evidente que Jesus diz Eu não vim para abolir
Eu vim para cumprir a lei e eu vim para cumprir os profetas (Mateus 5:17)
E falar sobre construir grandes igrejas e deixar de ajudar aos pobres
Soa um pouco como Judas quando o perfume estava sendo derramado (João 12:5)
Veja, a religião Dele é a maior fonte mundial de alívio
Para os pobres, os famintos, os doentes e os ladrões arrependidos
Oceanos de compaixão, abrindo as portas de largura
Para as mães solteiras, viúvas e órfãos, casado e divorciado (Tiago 1:27)
Todos detestamos a hipocrisia, e espetáculos vazios são o pior
Mas culpar a religião por contradição
É como olhar para a morte, e culpar o carro funerário.
Veja, o professor vai ensinar quando os estudantes estiverem prontos para ouvir
Mas aqueles que escolhem ficarem sentados nos bancos e recusam a boa notícia
Isso não é culpa da religião.
E se eu tiver o Jersey e estiver jogando para os Bulls
Haverá alguns limites, regulamentos e algumas regras.
Você não pode ter Cristo sem sua Igreja, você não pode ter o Rei sem o seu Reino
Pecados do Corpo e traição interna não irão jamais fazer-me sair Dele
E que Jesus disse que “está consumado”, é absolutamente verdadeiro
Mas ele também nos deu uma missão com muitas coisas para FAZER.
Jesus diz se você Me ama, você vai Fazer o que Eu mando. (Jo 15:14)
Ir e batizar em nome do Pai, Filho e Espírito em todas as terras. (Mt 28:19)
E na noite em que foi traído, Ele levou os Seus homens ao Cenáculo
Tomem e comam Este é o Meu Corpo; tomem e bebam o Meu Sangue por você.
Uma Nova Aliança você vê, um ato ligado à árvore,
Faça isso uma e outra vez em Memória de Mim. (Mt 26:26-28)
E, ao fim, com uma coroa de espinhos, batido além da compreensão
Seus olhos estavam procurando o meu e o seu, foi divino, nenhuma invenção humana.
Então quanto à religião eu a amo, eu tenho uma, porque Jesus ressuscitou dos mortos e venceu.
Eu acredito que quando Jesus disse: “Está consumado” Sua religião tinha apenas começado.

Padre Claude Burns

14/01/2012

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Maior igreja protestante dos EUA agora é católica

05 Quinta-feira Jul 2012

Posted by marcosmarinho33 in Da Santa Igreja

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Bishop Tod. D. Brown, catedral do cristal, catolicismo, christ cathedral, conversão, crystal cathedral, diocese orange county, EE.UU., estados unidos da américa, eua, evangélicos, extra ecclesia nulla sallus, Father Christopher H. Smith, Garden Grove ministério, Hora do Poder de Deus, Hour of Power, Igreja Católica, maior igreja, pentecostalismo, protestantismo, Rev. Robert H. Schuller, Saint Columban, St. Columban

Depois que a mega-igreja protestante foi a falência, seu prédio foi comprado pela Diocese Católica do local, que a usará como sua nova catedral. Sem entrar no mérito da feiúra do edifício, é um acontecimento simbolicamente interessante. É uma virada da Igreja Católica nos Estados Unidos, país de tradição protestante. O Catolicismo já é a maior “denominação” cristã no país, ou seja, o número de protestantes ainda é maior que o de católicos, mas aqueles não formam um grupo homogêneo. Considerando as diversas “denominações cristãs” dentro do país – batistas, presbiterianos, metodistas, por exemplo – o Catolicismo é a que soma mais membros. Embora as conversões antes do Vaticano II fossem quase dez vezes maiores, ainda assim, muitos americanos estão largando suas seitas e buscando a verdadeira Igreja de Cristo.

O nome que foi dado à nova Catedral, antes chamada de Chrystal Cathedral é Christ Cathedral. A antiga catedral católica já estava se tornando pequena para o número de fiéis, ao passo que o templo protestante ia à falência. A tendência é aumentar. Talvez daqui a vinte anos, metade dos Americanos sejam católicos. A Diocese de Orange County é a 10º maior do país. Pelo tamanho pequeno da antiga catedral, já chegaram a ter que distribuir entradas para entrar, como no Vaticano.

Aqui está um vídeo da Catholic News Agency de uma ordenação na Diocese, onde foi apresentado o novo nome da Catedral e foi nomeado o seu vigário episcopal, o Pe. Christopher H. Smith:

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‘150 razões porque me tornei Católico’

14 Terça-feira Fev 2012

Posted by marcosmarinho33 in Da Santa Igreja

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apóstatas, apostólica, única, bispos, calvino, católica, catolicismo, cismas, cristo, deus, heresias, hierarquia, igreja, lutero, mentiras, papa, protestantismo, salvação, santa, una, verdade

Por Dave Armstrong – EX PROTESTANTE

Tradução do Inglês para o Português : Jaime Francisco de Moura

1. A Igreja católica oferece a única visão coerente da história do Cristianismo (Tradição Cristã, apostólica), e possui a moralidade Cristã mais profunda e sublime, espiritualidade, social moral, e filosofia.

2. Eu me tornei um católico porque acredito sinceramente, em virtude de muita prova cumulativa, que o Catolicismo é a verdade, e que a Igreja católica é a Igreja visível divina estabelecida por Jesus contra o qual os portas do inferno não podem e não prevalecerão (Mt 16,18).

3. Eu deixei o Protestantismo porque era seriamente deficiente na interpretação da Bíblia (por exemplo, “somente a fé”. É inconsistente na adoção de várias Tradições católicas (por exemplo, o Cânon da Bíblia), falta uma visão sensata da história Cristã. Chegou a um acordo moralmente anárquico, e relativístico. Estas são algumas das deficiências principais que eu vi eventualmente como fatal para a “teoria” do Protestantismo.

4. O Catolicismo não é dividido formalmente, nem é sectário (Jo 17,20-23; Rom 16,17; 1 Cor 1,10-13).

5. A Unidade católica faz o Cristianismo, e Jesus mais acreditável, para o mundo (Jo 17,23).

6. Por causa do Catolicismo se unificou, a visão Cristã completamente sobrenatural.

7. O Catolicismo evita um individualismo que arruína a comunidade Cristã (por exemplo, 1 Cor 12, 25- 26).

8. O Catolicismo evita o relativismo teológico, por meio da certeza dogmática que é centralizada no papado.

9. O Catolicismo evita anarquismo doutrinário, evitando assim a divisão do verdadeiro Cristianismo.

10. O Catolicismo formalmente previne o relativismo teológico que conduz às incertezas dentro do sistema protestante.

11. Catolicismo rejeita a “Igreja Estatal” que conduziu aos governos a dominar politicamente o Cristianismo.

12. Protestantes de Igrejas Estatais influenciaram a elevação do nacionalismo que mitigou contra igualdade e o Cristianismo universal.

13. Cristandade católica unificada (antes do 16º século) não tinha sido infestado pelas trágicas guerras religiosas.

14. O Catolicismo retém os elementos do mistério, sobrenatural, e o sagrado em Cristianismo, se opondo assim a secularização onde a esfera do religioso em vida se torna muito limitada.

15. O Individualismo protestante conduziu à privatização do Cristianismo, por meio do que é pouco respeitado em vida de sociedade e política, enquanto deixando o “quadro público” estéril de influência Cristã.

16. A falsa dicotomia secular protestante conduziu cristãos a se comprometer, em geral, com políticas vazias. O Catolicismo oferece um vigamento no qual chega a responsabilidade estatal e cívica.

17. O Protestantismo apóia muito em meras tradições de homens (toda denominação origina da visão de um Fundador. Assim que dois ou mais destes contradizem um ao outro, o erro está presente).

18. Igrejas protestantes, de um modo geral, são culpadas em vestir os pastores num pedestal muito alto. Por causa disto, congregações evangélicas experimentam uma severa crise dividindo-se em outras quando um pastor parte, provando-se que suas filosofias e doutrinas, é centrada no homem, em lugar de Deus.

19. O Protestantismo, devido a falta da real autoridade e estrutura dogmática, vem se diluindo a cada dia, surgindo então milhares e milhares de denominações.

20. O Catolicismo retém Sucessão Apostólica, necessária para saber o que é a verdadeira Tradição Apostólica Cristã. Era o critério da verdade Cristã usado pelos primeiros Cristãos.

21. Muitos protestantes levam uma visão obscura em geral da história Cristã, especialmente. os anos de 313 (a conversão de Constantino) para 1517 (a chegada de Lutero). Esta ignorância e hostilidade conduzem o relativismo teológico, anti-catolicismo, e um constante processo desnecessário de “reinventar a roda”.

22. O Protestantismo no seu começo era anti-católico, e permanece assim até os dias atuais. Isto está obviamente errado e é anti-bíblico. O Catolicismo realmente é Cristão (se não é, então – logicamente – o Protestantismo que herdou a teologia do Catolicismo também não é). Por outro lado, a Igreja católica não é anti-protestante.

23. A Igreja católica aceita a autoridade dos grandes Concílios Ecumênicos (veja, por exemplo, Atos 15) o qual definido, e desenvolveu a doutrina Cristã (muito do que o Protestantismo também aceita).

24. A maioria dos protestantes não tem os bispos, uma hierarquia Cristã que é bíblico (1 Tim 3,1- 2) e que existiu na história dos primeiros Cristãos e na Tradição.

25. O Protestantismo não tem nenhum modo de resolver assuntos doutrinais definitivamente. Melhor, a doutrina protestante só leva em conta uma visão individual na Doutrina X, Y, ou o Z. não tem nenhuma Tradição protestante unificada.

26. O Protestantismo surgiu em 1517. Então não pode ser possivelmente a “restauração” do “puro”, “primitivo” Cristianismo, desde que isto está fora de governo, pelo fato de seu absurdo recente aparecimento. O Cristianismo tem que ter continuidade histórica ou não é Cristianismo. O Protestantismo necessariamente é um “parasita” do Catolicismo.

27. A noção protestante da “igreja invisível” também é moderna na história do Cristianismo e estrangeiro à Bíblia (Mt 5,14; 16,18), então falso.

28. Quando os teólogos protestantes falam do ensino do Cristianismo primitivo (por exemplo, ao refutar “cultos”), eles dizem “a Igreja ensinada. . . ” (como foi unificado então), mas quando eles recorrem ao presente, eles instintivamente se contêm de tal terminologia, como autoridade pedagógica universal que só reside na Igreja católica.

29. O princípio protestante de julgamento privado criou um ambiente (especial. na América protestante) no qual (invariavelmente) o homem centralizou “cultos” como as Testemunhas de Jeová, Mormonismo, e Ciência Cristã etc.

30. A falta de uma autoridade pedagógica definitiva no protestantismo (com o magistério católico) faz muitos protestantes individuais pensar que eles têm uma linha direta a Deus. Basta (uma “Bíblia, Espírito santo e eu “mentalidade”). Não tem nenhuma segurança para presumir-se “infalíveis” sobre a natureza do Cristianismo.

31. As “técnicas” de evangelismo são freqüentemente inventadas e manipuladas, certamente não derivou diretamente do texto da Bíblia. Alguns igualam e se assemelham a lavagem cerebral.

32. O evangelho orado por muitos evangelistas protestantes e os pastores são truncado e abreviado, são individuais e diferente do evangelho bíblico como é proclamado pelos Apóstolos.

33. O protestantismo separa profundamente, enquanto vida transformada arrependimento e disciplina radical de sua mensagem do evangelho. “Um próprio ditado” luterano chamado esta “graça barata.”

34. A ausência da idéia de submissão para autoridade espiritual no Protestantismo escoou em cima da arena cívica onde as idéias de “liberdade” pessoal, “propriedade”, e “escolha” dominam agora, uma extensão de dever cívico.

35. O Catolicismo retém o senso do sagrado, o sublime, o santo, e o bonito em espiritualidade. As idéias de altar, e “espaço sagrado” é preservado. Muitas igrejas protestantes são corredores, se encontrando em locais, tipo “ginásios”. A maioria das casas dos protestantes é mais esteticamente notável que as igrejas deles. Os protestantes, freqüentemente, são viciados freqüentemente a mediocridade na avaliação deles de arte, música, arquitetura, drama, a imaginação, etc.

36. O Protestantismo negligenciou o lugar da liturgia em grande parte da adoração (com exceções notáveis como Anglicanismo e Luteranismo). Este é o modo que os cristãos sempre seguiram durante séculos, e não pode ser despedido assim ligeiramente.

37.O Protestantismo tende a opor assunto e espírito, enquanto favorecendo o posterior, e é um pouco Gnóstico nesta consideração.

38. O protestantismo critica a prática das procissões Católicas, indo contra a Igreja primitiva e a Bíblia (Josué 3,5-6) ( Números 10, 33-34) ( Josué 6,4) (Josué 3,14-16) (Êxodo 25, 18-21) (Josué 4, 4-5) (Josué 4,15-18)

39. O Protestantismo limita ou descrê em sacramentalismo que simplesmente é a extensão do princípio e a convicção que o assunto pode carregar graça. Algumas seitas (por exemplo, muitos pentecostais) rejeita todos os sacramentos.

40. Os Protestantes excessivos desconfie da carne (“carnalidade”) freqüentemente caem (no fundamentalismo) um legalismo absurdo (não podem dançar, jogar cartas, escutar músicas convencionais, etc.).

41. Muitos protestantes tendem a separar vida em categorias de “espiritual” e “carnal”, como se Deus não fosse Deus de tudo e da vida. Esquecem que os empenhos de todos pecadores são no final das contas, espirituais.

42. O Protestantismo removeu a Eucaristia do centro e foco de serviços de adoração. Alguns protestantes só observam isto, uma vez mensalmente, ou até mesmo trimestralmente. Isto está contra a Tradição da Igreja Primitiva.

43. A maioria dos protestantes considera a Eucaristia como um símbololismo que está contrária a Tradição Cristã universal até 1517 e a Bíblia (Mt 26,26-28; Jo 6,47-63; 1 Cor 10,14-22; 11, 23-30), que afirma à Real Presença.

44. O Protestantismo deixou de considerar o matrimônio como um sacramento virtualmente, ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (Mt 19,4-5; 1 Cor 7,14,39; Efésios 5, 25-33).

45. O Protestantismo aboliu o sacerdócio (Mt 18,18) e o sacramento da ordenação, ao contrário da Tradição Cristã e da Bíblia (Atos 6,1-6; 14,22; 1 Tim 4,14; 2 Tim 1,6).

46. O Catolicismo retém a noção de Paulo da viabilidade espiritual de um clero celibatário (por exemplo, 1 Cor 7,8,27,32-3 e Mt 19,12).

47. O Protestantismo rejeitou o sacramento da confirmação em grande parte. (Atos 8,18, Hebreus 6,2-4), ao contrário da Tradição Cristã e da Bíblia.

48. Muitos protestantes negaram o batismo infantil, ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (Atos 2,38-9; 16,15,33; 18,8; 1 Cor 1,16; Colocensses 2,11-12). O Protestantismo é dividido em cinco acampamentos principais na questão do batismo.

49. A grande maioria dos protestantes nega a regeneração batismal, ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (Marcos 16,16; João 3,5; Atos 2,38; 22,16; Rom 6,3-4; 1 Cor 6,11; Tito 3,5).

50. Os Protestantes rejeitaram o sacramento de ungir o doente (Extrema Unção Últimos Ritos), ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (Marcos 6,13; 1 Cor 12,9,30; Tiago 5,13-16).

51. O Protestantismo nega a indissolubilidade do matrimônio sacramental e permite divórcio, ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (Gen 2,24; Mal 2,14-16; Mt 5,32; 19,6,9; Marcos 10,11-12; Lucas 16,18; Rom 7,2-3; 1 Cor 7,10-14,39).

52. O Protestantismo não acredita que procriação é o propósito primário e benefício do matrimônio (não faz parte dos votos, como no matrimônio católico), ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (Gen 1,28; 28,3; 127,3-5).

53.O Protestantismo aprova a contracepção, em desafio da Tradição Cristã universal. (Gen 38,8-10; 41,52; Levítico 26, 9; Deuteronômio 7,14; Rute 4,13; Lucas 1,24-5). Agora, só o Catolicismo retém a Tradição antiga, em cima da contra mentalidade de “não-criança.”

54. O Protestantismo (principalmente sua ala liberal) aceitou o aborto como uma opção moral, ao contrário da Tradição Cristã universal até recentemente (depois de 1930), e a Bíblia. Ex 20,13; Isaías 44,2; 49, 5; Jeremias 1,5; 2,34; Lucas 1,15,41; Romanos 13,9-10).

55. O Protestantismo (de denominações largamente liberais) permitem mulheres como pastores (e até mesmo bispos, como no Anglicanismo), ao contrário da Tradição Cristã, teologia protestante tradicional e a Bíblia (Mt 10,1-4; 1 Tim 2,11-15; 3,1-12; Tito 1,6).

56. O Protestantismo , cada vez mais, chega a um acordo formalmente e oficialmente com o feminismo radical à moda que nega os papéis de homens e mulheres como é ensinado na Bíblia (Gen 2,18-23; 1 Cor 11,3-10) e manteve através da Tradição Cristã (diferenciação de papéis, mas não de igualdade).

57. O Protestantismo também está negando atualmente, com freqüência crescente, o papel do marido no matrimônio que é baseado no papel do Pai em cima do Filho ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (1 Cor 11,3; Efésios 5,22-33; Colocensses 3,18-19). Isto também está baseado em uma relação de igualdade (1 Cor 11,11-12; Gálatas 3,28; Efésios 5,21).

58. O Protestantismo liberal (notavelmente Anglicanismo) ordenou os homossexuais praticantes até mesmo como pastores, permitindo o “matrimônio” deles, sendo contrário a antiga Tradição Cristã universal, e a Bíblia (Gen 19,4-25; Rom 1,18-27; 1 Cor 6,9). O Catolicismo ficou firme na moralidade tradicional.

59. O Protestantismo liberal, aceitou métodos críticos” mais altos” de interpretação bíblica que conduz à destruição da reverência Cristã tradicional, somente pela Bíblia, e degrada isto, com documento falível, para o detrimento de sua essência divina, infalível.

60. Muitos protestantes liberais jogaram fora muitas doutrinas cardeais do Cristianismo, como a Encarnação, Nascimento da Virgem, a Ressurreição Corporal de Cristo, a Trindade, Pecado Original, inferno, a existência do diabo, milagres, etc.

61. Os fundadores do Protestantismo negaram, e Calvinistas negam hoje, a realidade da livre vontade humana.

62. O Protestantismo clássico teve uma visão deficiente do passado do Homem, pensando que o resultado era depravação total. De acordo com Lutero, Zwingli, Calvino, o homem poderia fazer só o mal da própria vontade dele, e não teve nenhuma livre vontade para fazer o bem. Ele agora tem uma “natureza de pecado”. O Catolicismo acredita que, de um modo misterioso, o homem coopera com a graça que sempre precede todas as boas ações. No Catolicismo, retém ainda a natureza de algum homem bom, embora ele tem uma tendência para pecar (“concupiscência”).

63. O Protestantismo clássico, e o Calvinismo de hoje, põe Deus como o autor do mal. Eles legam supostamente que os homens fazem o mal e violam os preceitos dele sem ter qualquer livre vontade para fazer assim. Isto é blasfemo, e voltas Deus em um demônio.

64. Adequadamente (o homem que não tem nenhuma livre vontade) no protestantismo clássico e pensamento Calvinista, Deus predestina os homens ao inferno, embora eles não tiveram nenhuma escolha!

65. O Protestantismo clássico e o Calvinismo, ensina falsamente que Jesus só morreu para os eleitos

66. O Protestantismo clássico especialmente o Luterano, e o Calvinismo, devido à falsa visão, nega a eficácia e a capacidade da razão humana para conhecer Deus até certo ponto, e opõe isto a Deus e fé, ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (Marcos 12,28; Lucas 10,27; João 20,24-9; Atos 1,3; 17,2,17,22-34; 19,8). Os melhores Apologistas protestantes hoje simplesmente voltam atrás para a herança católica de São Tomás de Aquino, Santo Agostinho, e muitos outros grandes pensadores.

67. O Pentecostalismo ou Protestantismo carismático coloca muito alto uma ênfase na experiência espiritual, não equilibrando isto corretamente com a lógica, a razão, a Bíblia, e a Tradição.

68. Outros protestantes (por exemplo, muitos batistas) negam que presentes espirituais como curar estão presentes na idade atual (supostamente eles cessaram com os apóstolos).

69. O Protestantismo tem visões contraditórias do governo da igreja, pois não possuem nenhuma autoridade coletiva), assim, não existe ordem e unidade. Algumas seitas reivindiquem ter “apóstolos” ou “profetas” entre eles, com todos os abusos de autoridade e poder.

70. O Protestantismo (especialmente o pentecostalismo) tem uma fascinação imprópria para o “fim do mundo” e muita tragédia humana, é o resultado de tais falsas profecias.

71. A ênfase do pentecostalismo, conduz a um detrimento de sensibilidades sociais, políticas, éticas, e econômicas aqui na terra.

72. O Pensamento protestante tem a característica definindo ser “dicótomo”, separa idéias em acampamentos mais exclusivos e mutuamente hostis, quando na realidade muitas das dicotomias são simplesmente complementares em lugar de contraditório.

73. O Protestantismo descaracteriza a Bíblia contra os sacramentos.

74. O Protestantismo monta devoção interna e devoção contra a Liturgia.

75. O Protestantismo opõe adoração espontânea para formar suas próprias orações.

76. O Protestantismo separa a Bíblia, da autoridade que Jesus deixou a sua Igreja.

77. O Protestantismo cria a falsa dicotomia de versões da Bíblia.

78. O Protestantismo descaracteriza Tradição contra o Espírito santo.

79. O Protestantismo considera autoridade da Igreja e liberdade individual e contraditório de consciência.

80. O Protestantismo (especialmente. Lutero) joga para cima o Velho Testamento contra o Novo Testamento, embora Jesus não fizesse assim (Mateus 5,17-19; Marcos 7,8-11; Lucas 24,27,44; João 5,45-47).

81. O Protestantismo põe leis para enfeitar sendo inseguras e sem sobrevivência.

82. O Protestantismo cria uma falsa dicotomia entre simbolismo e realidade sacramental (por exemplo, batismo, Eucaristia).

83. O Protestantismo separa o Indivíduo da comunidade Cristã. É só conferir as milhares e milhares de denominações diferentes umas das outras (1 Cor 12,14-27).

84. O Protestantismo descaracteriza a reverência dos santos contra a adoração de Deus. A Teologia católica não permite adoração dos santos do mesmo modo como é dirigido para Deus. São venerados os santos e são honrados, não adorados, como só Deus pode ser o Criador.

85. Muitas lideranças de protestantes pensam que o Espírito santo está falando com eles, mas não tem, em efeito, falado com as multidões de cristãos durante 1500 anos antes que o Protestantismo começasse!

86. Falhas no pensamento protestante original conduziram a erros até piores. Por exemplo, a justificação extrínseca, inventada para assegurar a predominância da graça, veio proibir qualquer sinal externo de sua presença (“sola fide “).O Calvinismo com seu Deus cruel, construiu esse modelo especificamente. Muitos fundadores de cultos de recente origem partiram o Calvinismo, por ex: (as Testemunhas de Jeová, Ciência Cristã, etc.).

87. O pentecostalismo obcecado, em moda tipicamente americana, sempre aparece com celebridades (os Evangelistas de Televisão).

88. O pentecostalismo se apaixona com a falsa idéia, de que grandes números em uma congregação (ou crescimento rápido) é um sinal da presença de Deus de um modo especial. Eles esquecem que Deus nos chama a fidelidade em lugar de ir para o “sucesso”, não estatísticas lisonjeiras.

89. O pentecostalismo enfatiza freqüentemente o crescimento numérico em lugar de crescimento espiritual individual.

90. O pentecostalismo é presentemente obcecado com ego-cumprimento, ego-ajuda, e o egoísmo no lugar de uma tensão Cristã tradicional em sofrer, sacrificar, etc..

91. O protestantismo tem uma visão truncada e insuficiente do lugar de sofrer na vida Cristã. Ao invés, “saúde-e-riqueza” tudo em “nome-disto-e-reivindicação-daquilo” Movimentos dentro do Protestantismo pentecostal estão florescendo, mas não estão em harmonia com a Bíblia, Cristianismo e Tradição.

92. O protestantismo, em geral, adotou uma forma mais capitalista que o Cristianismo. Riqueza e ganho pessoal é buscado mais que piedade, e é visto como uma prova do favor de Deus, como o Puritano, que secularizou o pensamento americano, indo contra a Bíblia e ensinamento Cristão.

93. O protestantismo crescentemente não está tolerando perspectivas políticas de esquerda em acordo com visões do Cristianismo, especialmente. em seus seminários e faculdades.

94. O protestantismo está tolerando heterodoxia crescentemente teológica e liberalismo, para tal uma extensão que muitos líderes evangélicos estão alarmados, e prediz uma decadência adicional dos padrões ortodoxos.

95. Os pentecostais adotaram visões de Deus sujeito aos caprichos frívolos do homem e desejos do momento.

96. As seitas anteriores normalmente ensinam totalmente ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia.

97. O evangelho, especialmente na televisão, é vendido da mesma forma que McDonalds vende hambúrgueres. Tecnologia de mercado e técnicas de relações públicas substituíram cuidado da pastoral pessoal e preocupação social em grande parte pelo irreligioso.

98. “Pecar”, em alguma denominações protestantes, crescentemente, é visto como um fracasso psicológico ou uma falta de amor próprio, em lugar da revolta voluntariosa que é contra Deus.

99. O Protestantismo, em todos os elementos essenciais, somente pede emprestado por atacado da Tradição católica, ou torce o mesmo. Todas as doutrinas nas quais os católicos e protestantes concordam, é claramente católico em origem (Trindade, Nascimento da Virgem, Ressurreição, 2ª Vinda, Cânon da Bíblia, céu, inferno, etc.). Qualquer verdade que está presente em cada idéia protestante, sempre é derivada do Catolicismo que é o cumprimento das aspirações mais fundas e melhores dentro do Protestantismo.

100. Um dos princípios fundamentais do Protestantismo é a sola Scriptura que não é bíblico e também é inexistente até o 16º século). Na própria Bíblia, não se encontra essa palavra, ou outra com o mesmo significado. Porém é uma falsa tradição humana protestante.

101. A Bíblia não contém todos os ensinamentos de Jesus, como acreditam muitos protestantes (Marcos 4,33; 6,34; Lucas 24,25-27; João 16,12-13; 20,30; 21,25; Atos 1,2-3).

102. A Sola Scriptura é um abuso da Bíblia. Uma leitura objetiva da Bíblia, conduz a pessoa para Tradição e a Igreja católica, em lugar do oposto.

103. O Novo Testamento não foi escrito nem recebeu no princípio como a Bíblia, mas só gradualmente, e o Cristianismo primitivo não poderia ter acreditado na sola Scriptura.

104. Tradição não é uma palavra ruim na Bíblia, ela recorre a algo passado de um para outro. A Tradição é falada em 1 Cor 11,2; 2 Tessalonicenses 2,15, 3,6, e Colossenses 2,8. Mesmo assim, os protestantes não aceitam a Tradição. Eles confundem tradição humana, como a Sola Scriptura, com Tradição que os próprios Apóstolos deixaram.

105. A Tradição Cristã, de acordo com a Bíblia, pode ser oral ou escrita (2 Tessalonicenses 2,15; 2 Tim 1,13-14; 2,2).Que São Paulo faz sem nenhuma distinção qualitativa entre as duas formas.

106. em Atos e as Epístolas, muitas coisas da Bíblia era originalmente oral (por exemplo, todo o ensino de Jesus – Ele não escreveu nada.

107. Ao contrário de muitas reivindicações protestantes, Jesus não condenou a tradição. Por exemplo, Mateus 15,3,6; Marcos 7,8-9,13, onde Ele só condena a tradição humana corrupta, não a Tradição deixada aos 12 Apóstolos.

108.Tradição Cristã, apostólica acontece em Lucas 1,1-2; Rom 6,17; 1 Cor 11,23; 15:3; Judas 1,3, ou Tradição Cristã “receptora” acontece em 1 Cor 15,1-2; Gal 1,9,12; 1 Tess 2,13.

109. Os conceitos de “Tradição”, “evangelho”, “palavra de Deus”, “doutrina”, e “a Fé” é essencialmente sinônima, e tudo são predominantemente orais. (2 Tess 2,15; 3, 6; 1 Tess 2,9,13 (cf. Gal 1,9; Atos 8,14). Se Tradição é uma palavra suja, então assim é “evangelho” e “palavra de Deus!”

110. São Paulo, em 1 Tim 3,15, põe a Igreja sobre a Bíblia como fundamento da verdade, e como ensina o Catolicismo.

111. Os protestantes defendem a sola Scriptura em 2 Tim 3,16. O Catolicismo concorda em grande para estes propósitos, mas não exclusivamente assim, como no Protestantismo. Secundariamente, quando São Paulo fala aqui de “Bíblia”, o NT ainda não existia (não definitivamente durante mais de 300 anos depois dos Apóstolos), assim ele só está recorrendo ao Antigo Testamento. Isto significaria que o Novo Testamento não era necessário para a regra de fé, se sola Scriptura seja verdade, e se fosse aludido supostamente para este verso!

112.O Catolicismo mantém a Tradição que é consistente com a Bíblia, até mesmo onde ela é muda em alguns assuntos. Para o Catolicismo, toda necessidade da doutrina não é achada somente na Bíblia, e o princípio do Protestantismo é a sola Scriptura. Por outro lado, a maioria dos teólogos católicos reivindicam que todas as doutrinas católicas podem ser achadas na Bíblia, em forma de núcleo, ou por uso extenso e conclusão.

113. Estudantes protestantes pensativos mostraram, que uma posição irrefletida da Sola Scriptura pode se transformar em “bibliolatria”, quase uma adoração da Bíblia em lugar de Deus que é seu Autor. Esta mentalidade é semelhante à visão muçulmana, onde a Revelação para eles, está somente no Alcorão.

114. Cristianismo é inevitavelmente histórico. Todos os eventos da vida de Jesus (Encarnação, Crucificação, Ressurreição, Ascensão, etc.) era histórico, como era a oração dos apóstolos. Então, tradição de algum tipo, é inevitável, ao contrário de numerosos protestantes míopes que reivindicaram que sola Scriptura aniquila Tradição. Toda negação de uma tradição particular envolve um preconceito (escondido ou aberto) para a própria tradição alternada da pessoa (Por exemplo, se toda a autoridade da Igreja é rejeitada, até mesmo a autonomia individualista é uma “tradição”.

115. A Sola Scriptura não poderia ter sido literalmente verdade, falando praticamente, para a maioria dos cristãos ao longo da história. A Tradição oral, junto com as práticas devotas, os feriados Cristãos, a arquitetura de igrejas e outra arte sagrada, era os portadores primários do evangelho durante 1400 anos. Durante todos estes séculos, a Sola Scriptura teria sido considerada como uma abstração absurda e impossível.

116. O Protestantismo diz que a Igreja católica acrescentou à Bíblia.Isto não é verdade porque ela tirou somente as implicações da Bíblia (desenvolvimento da doutrina), e seguiu a compreensão da Igreja primitiva, e que os protestantes subtraíram da Bíblia ignorando grandes porções que sugestionam posições católicas.

117. A Sola Scriptura é o calcanhar de Aquiles do Protestantismo. Invocando somente a Sola Scriptura, não há nenhuma solução ao problema da autoridade, contanto que as interpretações múltiplas existam. Se a Bíblia estivesse tão clara, os protestantes simplesmente concordavam entre si, pois existem (a multiplicidade de denominações).

118. A interpretação da Bíblia é inevitável sem a tradição. É necessário então falar na Igreja católica, ela é a que evita a confusão, o erro, e a divisão.

119. O Catolicismo não considera a Bíblia inacessível aos leigos, como se afirma no protestantismo, mas é vigilante para proteger-se de uma exegese toda arbitrária e aberrante As melhores tradições protestantes buscam fazer o mesmo, mas é inadequado e ineficaz desde que eles são divididos.

120. Protestantismo tem um problema enorme com o Cânon Bíblico. O processo de determinar os livros exatos que constituem a Bíblia durou até o ano de 397 D.C., quando o Concílio de Cartago com finalidade, certamente prova que a Bíblia não está autenticada, como acredita o protestantismo. Alguns cristãos sinceros, devotos, e instruídos duvidaram da canocidade de alguns livros que estão agora na Bíblia, e outros consideraram livros que não estavam incluídos no Cânon.

121. O Concílio de Cartago, decidindo o Cânon da Bíblia inteira em 397, incluiu os livros “Deuterocanônicos” que os protestantes chutaram fora da Bíblia. Antes do 16º século os cristãos consideravam esses livros, e eles não eram separados, como se vê no protestantismo.O protestantismo aceita a autoridade deste Concílio para o NT, mas não para AT.

122. A Igreja católica venerou sempre a Bíblia. Isto é provado pelo laborioso cuidado dos monges, protegendo e copiando manuscritos, e as traduções constantes em línguas vernáculas (ao invés das falsidades sobre só Bíblias latinas), entre outras evidências históricas abundantes e indisputáveis. A Bíblia é um livro católico, e não importa quantos protestantes estudam e proclamam isto peculiarmente, eles têm que reconhecer a dívida inegável para a Igreja católica por ter decidido o Cânon, e por preservar a Bíblia intata durante 1400 anos.

123. O Protestantismo nega o Sacrifício da Missa, ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (Gen 14,18; Isa 66,18,21; Mal 1,11; Heb 7, 24-25; 13,10; 5,1-10; 8,3; 13,8). que transcende espaço e tempo.

124. O Protestantismo descrê, em geral, no desenvolvimento da doutrina, ao contrário da Tradição Cristã e muitas indicações bíblicas implícitas, mas seguem a Doutrina da Trindade, que foi desenvolvida na história, nos três primeiros séculos do Cristianismo. É tolice negar isto. A Igreja é o “Corpo” de Cristo, e é um organismo vivo que cresce e desenvolve como corpos todo vivos. Não é uma estátua, simplesmente para ser limpada e polida com o passar do tempo, como muitos protestantes parecem pensar.

125.O Protestantismo separa justificação de santificação, ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (por exemplo, Mt 5,20; 7,20-24; Rom 2,7-13; 1 Cor 6,11).

126. O Protestantismo desconsidera que as obras contribuam para a salvação, rejeitando assim a Tradição Cristã e o ensino explícito da Bíblia (Mt 25,31-46; Lucas 18,18-25; João 6,27-29; Gal 5,6; Efésios 2,8-10; Filipenses 2,12-13; 3,10-14; 1 Tessalonicenses 1,3; 2 Tessalonicenses 1,11; Heb 5,9; Judas 1,21. Estas passagens também indicam que a salvação é um processo, não um evento instantâneo, como no Protestantismo.

127. O protestantismo rejeita a Tradição Cristã e ensino bíblico que sempre foi ensinado na Igreja Católica, onde as boas ações feitas na fé contribuem para a salvação (Mt 16,27; Rom 2,6; 1 Cor 3,8-9).

128. O protestantismo tem convicção, de que aceitando Jesus como Salvador, já estão salvos. Não é bem isso que a Igreja Primitiva e a Bíblia ensina ( Filipenses 3,11-14) (Hebreus 4,1) (Tito 1,2) (1 Tessalonicenses 5,8) ( Tito 3,7) e (Mateus 25,1-13) onde se diz, que devemos ser sempre vigilantes. Vigilante não é o mesmo que certeza.

129. Muitos protestantes (especialmente os presbiterianos, calvinistas e batistas) acreditam em segurança eterna, ou, perseverança dos santos (convicção daquele que não pode perder a “salvação”. Isto está ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia: 1 Cor 9,27; Gal 4,9; 5,1,4; Col 1,22-3; 1 Tim 1,19-20; 4,1; 5,15; Heb 3,12-14; 6,4-6; 10,26,29,39; 12,14-15.

130. Ao contrário do mito protestante, a Igreja católica não ensina que é salvo através de trabalhos aparte, porque a fé e obras são inseparáveis.
Esta heresia da qual o Catolicismo é acusado freqüentemente, estava na realidade condenado pela Igreja católica, em 529 D.C. é conhecido como Pelagianismo, (visão que o homem pudesse se salvar pelos próprios esforços naturais dele, sem a graça sobrenatural necessária de Deus). Continuar acusando a Igreja católica desta heresia é um sinal de preconceito e ignorância do manifesto da história da teologia, como também o ensino católico é claro no Concílio de Trento (1545-63). Ainda o mito é estranhamente prevalecente.

131. protestantismo eliminou virtualmente a prática da confissão a um sacerdote (ou pelo menos pastor), ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (Mt 16,19; 18,18; Jo 20,23). (Atos 19,18) (Tiago 5 15-16) (Neemias 9,2) (Neemias 1, 6). (João 3,6).

132. O protestantismo descrê na penitência, ou castigo temporal para (perdoar) pecado, indo contra a Tradição Cristã e a Bíblia (por exemplo, Num 14,19-23; 2 Sam 12,13-14; 1 Cor 11,27-32; Heb 12,6-8).

133. O protestantismo tem pouco conceito da Tradição e doutrina bíblica de mortificar a carne, ou, sofrendo com Cristo: Mt 10,38; 16,24: Rom 8,13,17; 1 Cor 12,24-6; Filipenses 3,10; 1 Pedro 4,12,13.

134. Igualmente, o protestantismo perdeu a Tradição e doutrina bíblica de compensação vicária, ou sofrimento remissório de Cristãos com Cristo, por causa de um ao outro, Êxodo 32,30-32; Num 16,43-8; 25,6-13; 2 Cor 4,10; Col 1,24; 2 Tim 4,6.

135. O protestantismo rejeitou a Tradição e doutrina bíblica do purgatório, como conseqüência de sua falsa visão de justificação e penitencia, apesar de evidências suficientes na Bíblia: Miquéias 7, 8-9; Malaquias 3,1-4; 2 Macabeus 12, 39-45; Mt 5, 25-6; 12,32; Lucas 16,19-31; 1 Pedro 3,19-20; 1 Cor 3,11-15; 2 Cor 5,10.

136. O protestantismo rejeitou a doutrina das indulgências que são simplesmente, o perdão do castigo temporal para pecado (penitência), pela Igreja (aqui na terra, Mt 16,19; 18,18, e João 20,23). Isto não é diferente do que São Paulo fez, em relação a um irmão errante na Igreja de Corinto. Primeiro, ele impôs uma penitência a ele (1 Cor 5,3-5), parte então remetida (uma indulgência: 2 Cor 2, 6-11). Só porque aconteceram alguns abusos antes da Revolta protestante (admitida e retificada pela Igreja católica), não tem nenhuma razão para lançar fora contudo outra doutrina bíblica. É típico do Protestantismo queimar completamente uma casa no lugar de limpá-la, “joga fora o bebê com a água de banho”.

137.O protestantismo jogou fora as orações para os mortos, em oposição a Tradição Cristã e a Bíblia (Tobias 12,12; 2 Macabeus 12, 39-45; 2 Tim 1, 16-18; também versos que têm a ver com purgatório, desde que estas orações estão lá para os santos).

138. O protestantismo rejeita, em chãos inadequados, a intercessão dos santos. Por outro lado, a Tradição Cristã e a Bíblia apoiaram esta prática. (Mt 22, 30; 1 Cor 15, 29) Mt 17, 1-3; 27,50-53; e então pode interceder por nós (2 Macabeus 15,14; Apocalipse 5, 8; 6, 9-10).

139. Alguns protestantes descrêem nos Anjos da guarda, apesar da Tradição Cristã e a Bíblia (Mt 18,10; Atos 12,15; Heb 1,14).

140. A maioria dos protestantes nega que os anjos possam interceder por nós, ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (Apocalipse 1,4; 5,8; 8,3-4; Zacarias 1,12-13; Oséias 12,5 Gêneses 19, 17-21).

141.O protestantismo rejeita a Imaculada Concepção de Maria, apesar da Tradição Cristã desenvolvida e indicada pela Bíblia,: Gen 3,15; Lucas 1,28 (“cheia de graça” interpretam os católicos, em chãos lingüísticos, significa “sem pecado”); Maria representando a Arca da Aliança (Lucas 1,35 Ex 40,34-8; Lucas 1,44 2 Sam 6,14-16; Lucas 1,43 2 Sam 6,9: A Presença de Deus requer santidade extraordinária).

142. O protestantismo rejeita a Assunção de Maria, apesar da Tradição Cristã desenvolvida e indicações bíblicas. Ocorrências semelhantes na Bíblia não fazem a Suposição improvável. (Henoc em Gen 5,24 e Heb 11,5) (Elias em 2 Reis 2,11) (Paulo em 2 Cor 12, 2-4) (“Êxtase” em 1 Tessalonicenses 4,15-17) (subindo os santos em Mt 27,52-53).

143. Muitos protestantes negam a virgindade perpétua de Maria, apesar da Tradição Cristã (e o acordo unânime dos fundadores protestantes (Lutero, Calvino, Zwingli, etc.).

144. O protestantismo nega a Maternidade Espiritual de Maria, ao contrário da Tradição Cristã e a Bíblia (João 19, 26-27: “Veja a mulher do Céu” Apocalipse 12, 1,5,17. Os Católicos acreditam que Maria é uma santa, e que as orações dela são de grande efeito para nós. Compare com Apocalipse 5,8; 8,4; 6,9-10).

145. O Protestantismo rejeita o papado, apesar da Tradição Cristã profunda, e a forte evidência na Bíblia da preeminência de Pedro como a pedra da Igreja. Ninguém nega que ele fosse algum tipo de líder entre os apóstolos. Como sabemos, o papado é derivado desta primazia: Mt 16,18-19; Lucas 22,31-2; João 21,15-17 são as passagens “papais” mais diretas. O nome de Pedro aparece primeiro em todas as listas dos apóstolos; até mesmo um anjo insinua que ele é o líder deles (Marcos 16,7), e ele andou pelo mundo como tal (Atos 2,37-8,41). Ele faz o primeiro milagre na Igreja (Atos 3,6-8), profere o primeiro anátema (Atos 5,2-11), Trouxe a vida novamente, a um morto (Atos 9,40), o primeiro a receber os Gentios (Atos 10,9-48), e o nome dele é mencionado mais freqüentemente que todos os outros discípulos reunidos (191 vezes). Essas, são algumas evidências que destaca Pedro dos outros Apóstolos.

146. Desde o princípio, a Igreja de Roma e os papas têm o governo e a direção teológica e a ortodoxia da Igreja Cristã. Isto é inegável.

147. O protestantismo, em seu desespero, tenta suprir algum tipo de continuidade histórica aparte da Igreja católica, às vezes tenta reivindicar uma linhagem de seitas medievais como os valdenses, Cátaros, Montanistas ou Donatistas. Porém, este empenho é sentenciado a um fracasso quando a pessoa estuda de perto no que estas seitas acreditaram.

148. Os Católicos tem o Cristianismo mais sofisticado e pensativo da filosofia socio-econômica e política, uma mistura de elementos “progressivos” e “conservadores” distinto da retórica que tipicamente dominam a arena política. Catolicismo tem a melhor visão da igreja em relação ao estado e cultiva como bem.

149. O Catolicismo tem a melhor filosofia Cristã. Trabalhou por vários séculos de reflexão e experiência. Como em sua reflexão teológica e desenvolvimento, a Igreja Católica é sábia e profunda, para uma extensão que verdadeiramente tem um selo divino e seguro. Eu já me maravilhava, logo antes da minha conversão, de como a Igreja católica poderia ser tão certa sobre tantas coisas. Eu fui acostumado a pensar, como um bom evangélico, que a verdade sempre era uma pluralidade de idéias de muitas denominações protestantes, “todas juntas.” Mas afinal de contas, a Igreja católica faz a diferença!

150. Por último, o Catolicismo tem a espiritualidade mais sublime e espírito de devoção, manifestado de mil modos diferentes. Do ideal monástico, para o celibato heróico do clero e religioso, os hospitais católicos, a santidade completamente de um Thomas, um Kempis ou um Santo Inácio, os santos incontáveis canonizados e como ainda, Madre Teresa, Papa João Paulo II, Papa João XXIII, os mártires primitivos, São Francisco de Assis, os eventos à Lourdes e Fátima, o intelecto deslumbrante de John Henry Newman, a sabedoria e perspicácia do Arcebispo Sheen de Fulton, São João da Cruz, a inteligência santificada de um Chesterton ou um Muggeridge, mulheres anciãs que fazem as Estações da Cruz ou o Rosário. Este espírito devoto é incomparável em sua extensão e profundidade, apesar de muitas contraposições protestantes.

“A IGREJA É A COLUNA E O FUNDAMENTO DA VERDADE” (1 TIM3,15)

“ TODO AQUELE QUE DIVIDE JESUS É UM ANTI-CRISTO” (1 JO 4,3)

Fonte: Universo Católico http://www.universocatolico.com.br

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Ecclesia Militans: Revelação Divina, Autoridade da Bíblia e da Igreja: Respostas católicas

13 Segunda-feira Fev 2012

Posted by marcosmarinho33 in Da Doutrina, História da Igreja

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Se a Bíblia é o único documento deixado por Deus aos homens, quem garante que os escritos adversos de qualquer igreja, vem da parte de Deus?

S. Paulo divinamente inspirado ao escrever suas EpistolasAntes de responder a este questionamento, proponho uma breve reflexão: O cânon da Igreja ao fim do terceiro século definiu quais eram os livros inspirados e quais não eram considerados Sagrada Escritura. Ou seja, para a Igreja católica o Velho Testamento constitui-se de 46 livros, enquanto para os protestantes 7 livros do VT foram excluídos. Assim, podemos argumentar do seguinte modo: Se os protestantes acatam a autoridade do cânon da Igreja para definir o que é inspiração Divina no Novo Testamento, por que então se recusam a aceitar o cânon do Velho Testamento? Ora, todo cristão  concorda que a Bíblia Sagrada, ou seja, Velho + Novo Testamento, foi definida por inspiração do Espírito Santo. Por que, pergunta-se o católico, o Espírito Santo de Deus iria permitir que a Igreja incluísse 7 livros não inspirados na Sagrada Escritura, causando com isso fontes de ‘erros’, como por exemplo a doutrina do purgatório – exposta no livro 2 Macabbeus – para somente séculos mais tarde corrigir o ‘erro’ através de Martinho Lutero?   Se o cânon do Velho Testamento estava incorreto, o que garante ao protestante que o cânon do Novo Testamento também não esteja? Eis um desafio que a ser respondido pelos opositores da Igreja e não por ela mesma.

Voltando ao questionamento, esclareço em primeiro lugar que a Igreja católica reconhece a bíblia com única fonte de revelação Divina escrita. E ela o faz de modo consistente, diferentemente dos Protestantes, pois manteve todos os livros incluídos no cânon  pelos Patriarcas da fé Cristã. A igreja afirma ainda que Deus em Seu Verbo ( Jesus Cristo ) disse tudo.  Ora, o argumento católico não é se a bíblia esta completa ou não, mas sim se ela afirma ser auto-explanatoria ou não. Em outras palavras, a questão é se a bíblia em si é a única autoridade disponível ao cristão bem intencionado aprender a fé Cristã ou não. A Igreja católica afirma que não.

Como eu já apontei aqui, a própria bíblia afirma que a Igreja é o sustentáculo da Verdade. Afirma também que Jesus não disse tudo aos Seus apóstolos e que o Espírito Santo revelaria no tempo certo todo o conhecimento necessário para a salvação dos homens: ” 12“Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora. 13Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anunciará. Jo 16:12-13

Sendo assim, a Igreja entende que o Espírito da Verdade não Revelou tudo em uma só parcela aos Santos apóstolos num determinado ponto da historia, mas sim conduziu os cristãos e a Igreja, através dos séculos, ao amadurecimento da fé. Não com NOVAS revelações, mas no ENTENDIMENTO daquilo que Deus  havia Revelado em Cristo. Um claro exemplo disso é a formulação da Doutrina da Santa Trindade. A Igreja, portanto, tem como missão anunciar o evangelho a todos os homens tal e qual foi ensinado por Jesus e seus apóstolos. Isso equivale dizer que não é a bíblia por si só que ensina a fé, mas a Igreja através da bíblia.

A bíblia fala ainda claramente que não devemos desprezar a Sagrada Tradição, ou seja, não tradições humanas – aquelas podem ser mudadas e deixar de existir sem causar danos ao ensinamento da fé – mas a Tradição Apostólica, da qual São Paulo fala em suas epístolas.

15Assim, pois, irmãos, estai firmes e conservai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa. 2 Tessalonicenses 2:15

O povo de Deus não questionava a autoridade de  Moisés porque não existia a bíblia.  

De fato, este argumento refuta a doutrina da bíblia como única autoridade, pois os cristãos dos primeiros quatro séculos também não tinham uma bíblia compilada e  portanto, tal e qual os judeus bíblicos – que na verdade foram os primeiros cristãos – a idéia de uma autoridade humana, no caso a dos apóstolos e mais tarde seus sucessores, não era alienígena aos fieis primitivos. Por esse motivo, a autoridade do bispo era de extrema importância no ensino da fé, pois  mesmo depois da bíblia ter sido compilada, apenas com a invenção da imprensa escrita – que ocorreu somente durante o chamado Santo império Romano em 1440 –  os cristãos do mundo todo tiveram acesso a uma bíblia. Até então as bíblias existentes do mundo eram manuscritas pela igreja católica. Apesar da invenção da imprensa escrita, a disseminação da bíblia doméstica só foi ocorrer somente muitos séculos mais tarde, por duas razoes primordiais: o alto índice de analfabetismo na mundo e o alto preço de um exemplar bíblico.  Por esse motivo, era senso comum que o cristão acatasse a autoridade da Igreja, bem como a da bíblia Sagrada no ensino da fé. A doutrina da Sola Scriptura e em sua essência é uma doutrina criada apenas com o protesto de Martinho Lutero. Portanto, não determina ou comprova o que era aceito e praticado nos primeiros 15 séculos de Cristianismo.

Assim, é conveniente citar o exemplo de Moisés, para abrir os olhos daqueles que criticam a Igreja católica para um fato de que Deus é coerente e não mudou o Seu propósito. Ou seja, garantir que toda criatura obtenha a salvação. No passado, Deus usou os profetas, sendo o maior deles Moisés por meio de quem Deus escolheu falar com seu povo até a vinda Seu filho Jesus Cristo. Cristo, por sua vez, antes de subir ao céu ordenou aos apóstolos, primeiros membros da Igreja, que proclamassem em todo o mundo o que Ele lhes havia revelado. A igreja apostólica tem essa missão desde o principio, ou seja, anunciar , ensinar e proteger o evangelho revelado em Cristo e por Cristo. E justamente dai que vem sua autoridade.

Jesus nunca usou de sua própria autoridade, mas sim, dizia que nada fazia de si próprio, mas o que recebia do seu Pai. João 10:37 – Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis;

Este entendimento de João 10:37  é incorreto. Esta passagem  não trata da autoridade, e sim sobre a obediência de Cristo ao Pai. Tampouco ela afirma que Jesus ‘nunca usou de Sua própria autoridade’,  mas  que Jesus veio para fazer as Obras do Pai, porque era obediente aquele que O enviou. Na verdade, Jesus tinha TODA autoridade do Pai e não era como os profetas do Antigo Testamento que diziam: “Assim diz o Senhor”.  Pelo contrario, Cristo sempre fazia referencia as Escrituras quando ensinava e pregava o Reino de Deus, pois era pelas escrituras e pelos profetas que Deus havia se Revelado ao Seu povo.  E foi por meio delas que Deus antecipou ao seu povo a vinda do Salvador. Quanto a autoridade de Jesus, Ele mesmo nos disse:

18E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo:Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra.  Mateus 28:18. 28Ao concluir Jesus este discurso, as multidões se maravilhavam da sua doutrina; 29porque as ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas.  Mateus 7:28-29

Ou seja, Ele SEMPRE falou com a autoridade recebida do Pai, mas que era Dele.

A partir de hoje em diante, vá para as missas e todos os outros eventos religiosos, com uma bíblia na mão, e abra-a, e leia-a, a vista de todos. Depois de algum tempo, volte aqui e dê o seu próprio testemunho disso.

No decorrer de 3 anos todo católico que frequenta a Santa Missa assiduamente, em qualquer parte do mundo,  lê a bíblia inteira. Isso porque a Santa Sé, selecciona as leituras da Missa para todo o ano litúrgico. A seleção das passagens não é feita de modo aleatório, mas coerente com o calendário litúrgico. Sendo assim, na Liturgia da Palavra, quando são lidas as passagens da bíblia, temos uma sequência coerente de passagens cuidadosamente selecionadas para transmitirem a mensagem que se culmina com a aclamação do Evangelho, sobre o qual a homilia – ou sermão – é pregada.  Porém, a Missa católica não se constitui apenas pela Liturgia da Palavra. Temos também a Liturgia da Eucaristia, a Seia do Senhor, onde cumprimos a ordem de Cristo: “Fazei isto em memoria de mim”. O culto católico não se configura como um encontro de estudo da bíblia, mas de adoração extrema a Deus! O católico adora a Deus no cantos dos Salmos, nos cantos de Louvor como o Gloria in Excelsis Deo – Gloria a Deus nas Alturas – ou ainda Sanctus, Sanctus, Sanctus… A missa católica constitui-se de uma liturgia feita para a adoração perfeita do Criador do Universo e Seu Filho Jesus Cristo. A Bibilia e apenas um elemento importante do Culto, mas o foco esta em Deus, desde o ofertório, o ato de contrição, quando os católicos admitem em publico que são pecadores e pedem o perdão de Deus, porque reconhecem que o perdão vem Dele. Nesse momento da Missa cantamos o Kyrie Eleison, Christe Eleison – Senhor, tende piedade; Cristo, tende piedade…

O católico durante a missa ouve uma passagem do antigo testamento. Canta pelo menos um Salmo e escuta a leitura de duas passagens do Novo Testamento. Tudo isso pode ser acompanhado por meio do missais, ou seja, um livro que contem as passagens devidamente organizadas de acordo com as leituras de cada Missa diária.

Portanto, recomendar que um católico leia a bíblia durante a Missa não passa de uma redundância, que eu imagino se deva a falta de conhecimento do que seja uma Missa católica!

Roma sempre foi solo fértil para heresias. Ao contrário do que muitos católicos pensam, Jesus nunca colocou os pés em Roma para evangelizar.

A Igreja católica JAMAIS em nenhum momento da historia afirmou que Jesus tivesse ido pessoalmente pregar em Roma.  Se alguem lhe disse isso, ignore!

[ Fonte (recomendo, ótimo site): http://igrejamilitante.wordpress.com/2012/02/13/revelacao-divina-autoridade-da-biblia-e-da-igreja-visao-catolica-e-protestante/ ]

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“Sola Scriptura” – Somente a Escritura (Bíblia)

13 Segunda-feira Fev 2012

Posted by marcosmarinho33 in Da Doutrina

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bíblia, canon, católica, contradições, doutrina, escrituras, evangélicos, heresias, incoerências, lutero, magistério, papa, protestantismo, reforma, sagradas, scriptura, sola, tradição

Conceito

Sola scriptura é uma frase em latim, cujo significado é “somente a Escritura”.

(wikipédia)

Argumentação

Não há muito o que inventar:

  1. A Bíblia é a única fonte de doutrina cristã (*).

(*) Por “doutrina cristã”, entenda-se “tudo o que um cristão precisa saber para se salvar”, ou “tudo o que Deus queria que você soubesse”, ou algo parecido. Está mais ou menos esclarecido nos comentários, mas qualquer problema, é só perguntar.

Crítica

A Sola Scriptura é auto-contraditória

Logo de início já temos um problema insolúvel: a Sola Scriptura é, em si, uma doutrina cristã. O problema é que a Sola Scriptura não aparece em lugar algum da Bíblia. Daí se conclui que a Sola Scriptura não pode ser fonte de doutrina cristã. Ou seja: como a Bíblia não ensina a Sola Scriptura, então a Sola Scriptura nega a si mesma como fonte de doutrina cristã, sendo auto-contraditória, e portanto inválida.

Só isso já bastaria para dar um veredito, mas os problemas não acabam aqui.

A Sola Scriptura leva ao relativismo bíblico

Se a Bíblia é a única fonte de doutrina, então ela é a única coisa em que um cristão deve confiar. Daqui surge outro problema sério: quem já leu pelo menos alguns trechos da Bíblia sabe que sua interpretação não é fácil, e que é muito comum que duas pessoas interpretem o mesmo trecho de formas diferentes, às vezes até contraditórias. Então, como saber qual das interpretações é a correta? Não posso recorrer à explicação de outra pessoa, pois isso feriria a Sola Scriptura: essa outra pessoa não pode ser fonte de doutrina cristã. Daí se concluiria que não há apenas uma verdade, pois qualquer interpretação da Bíblia seria correta, mesmo quando houver duas interpretações contraditórias de um mesmo trecho. Isso acaba levando a uma forma de relativismo bíblico, o que seria um grande absurdo para qualquer doutrina séria.

Portanto, se a Bíblia é realmente a verdade revelada, então tem que haver uma única interpretação dela, ou haverá várias “verdades” diferentes. Dessa forma, para que se tenha uma doutrina coerente, tem que haver uma autoridade externa à Bíblia, que diga qual é a maneira correta de se interpretar a Bíblia. Essa autoridade externa seria uma fonte de doutrina, o que contraria a Sola Scriptura.

A Bíblia é subordinada à Tradição Católica

O cânon bíblico é uma fonte de doutrina. Porém, a Bíblia não contém seu próprio cânon, que foi definido pela Tradição Católica. Portanto, para que aceitemos a Bíblia como infalível, devemos aceitar também que há pelo menos uma outra fonte de doutrina: o concílio que definiu o cânon bíblico. Essa aceitação contraria a Sola Scriptura.

As primeiras gerações de cristãos não tinham base doutrinária

Se a Sola Scriptura está correta, então os primeiros cristãos viviam sem nenhuma base doutrinária, pois o cânon bíblico só foi definido no século IV. Isso inclui os próprios apóstolos.

A própria Bíblia nega a Sola Scriptura

O último versículo do evangelho de João afirma claramente que há inúmeras verdades históricas que não estão escritas na Bíblia.

No quarto capítulo da epístola aos Filipenses, São Paulo pede claramente que pratiquem o que aprenderam, receberam, ouviram e observaram. Se a Sola Scriptura fosse uma preocupação de São Paulo, certamente apareceria nesse trecho. É interessante notar que além de recomendar a observação de meios não escritos de transmissão da doutrina, simplesmente nem se menciona a exigência de seguir algo que esteja escrito.

Outra visão

Há uma outra visão, menos radical que a apresentada, chamada de “Prima Scriptura” (primeiro a Escritura), que afirma que a Bíblia é apenas a mais importante fonte de doutrina cristã. Ou seja: por essa visão, a Bíblia não seria a única fonte de doutrina cristã, mas está acima de todas as outras. Essa visão evita a contradição implícita, pois não nega que haja doutrina cristã fora da Bíblia.

Porém, ainda temos um grave problema aqui: como explicado anteriormente, o cânon bíblico não existiria sem a Tradição Católica, e portanto a Bíblia está necessariamente subordinada à Tradição, não podendo ser superior a ela. Mesmo os outros cânones existentes estariam necessariamente subordinados à autoridade da pessoa ou grupo que o definiu, e portanto podem ser vistos como uma autoridade secundária.

Conclusão

A Sola Scriptura traz consigo tantas contradições graves, que se torna impossível tratá-la como uma doutrina confiável.

Fonte

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“Sola Fide” (A fé basta!)

13 Segunda-feira Fev 2012

Posted by marcosmarinho33 in Da Doutrina

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erros, falhas, fide, fideísmo, incoerências, lutero, protestantismo, reforma, sola, tiago

Conceito

A Doutrina da sola fide ou “fé somente” afirma que é exclusivamente baseado na Graça de Deus, através somente da fé daquele que crê, por causa da obra redentora do Senhor Jesus Cristo, que são perdoadas as transgressões da Lei de Deus. (wikipédia)

Argumentação

Essa talvez seja a maior diferença entre as diversas denominações cristãs. O conceito por trás de toda essa discussão é a justificação. A Reforma Protestante criou o conceito da justificação apenas pela fé, ao contrário do que dizia a doutrina católica na época (e até hoje), que além da fé seriam necessárias boas obras. A premissa mais comum da Sola fide é a seguinte:

A justificação é somente por intermédio da fé.

Não há divergência em relação à necessidade da fé, pois todas as maiores denominações cristãs concordam que a fé é necessária para a justificação. O problema aqui, portanto, é em relação às boas obras: seriam elas necessárias para a justificação ou totalmente irrelevantes? Dessa forma, como discutir a premissa acima daria margem a desvios do assunto que causa a divergência, acho mais produtivo basear a crítica em uma outra premissa, que apesar de normalmente não ser encontrada de forma explícita, é o motivo central de toda a divergência:

  1. As boas obras são irrelevantes para a justificação.

Argumentos

Para analisar a premissa acima, devemos excluir a Tradição Católica da discussão, afinal, os reformadores não a reconhecem como fonte de doutrina. Portanto, decidi utilizar apenas argumentos bíblicos para analisar a questão. Mesmo sabendo que há argumentos para ambos os lados no Antigo Testamento, vou me ater somente ao Novo Testamento, que apesar de não desfazer a antiga aliança, faz uma nova aliança. Na Bíblia encontraremos argumentos a favor e contra a interpretação:

A favor

  • João 3,16: Jesus afirma que todo aquele crê terá a vida eterna.
  • Atos dos Apóstolos 16,30-31: quando o carcereiro pergunta a São Paulo o que é necessário para a salvação, a resposta é “crê no Senhor Jesus e serás salvo”.
  • Romanos 3,20-28: aqui, São Paulo deixa claro que o homem é justificado pela fé, sem as observâncias da lei.
  • Romanos 10,9-10: São Paulo afirma claramente que quem tiver fé será salvo, e que é crendo que se chega à salvação.
  • Romanos 11, 6: São Paulo afirma que a salvação não é pelas obras, mas pela graça.
  • Gálatas 2,16: São Paulo deixa bem claro que ninguém se justifica pela prática da lei, mas somente pela fé em Jesus Cristo, e que nenhum homem será justificado pela prática da lei.
  • Gálatas 3,11: aqui também fica bem claro que ninguém é justificado pela lei, mas pela fé.
  • Gálatas 3,23-26: aqui se afirma que a lei é o “professor” que nos leva à fé em Cristo, mas que depois de ter a fé, esse “professor” não é mais necessário.
  • Efésios 2,8-9: a salvação não provém dos nossos méritos nem das nossas obras.
  • I João 5,13: São João afirma que quem crê no Filho de Deus tem a vida eterna.

Contra

  • Mateus 5 (sermão da montanha): Neste trecho, além de citar as boas obras (versículo 16), Jesus afirma que não veio para abolir a lei, deixando claro que esta mantém sua importância (versículo 17). O versículo 20 é bem claro: quem não pratica a justiça não entrará no reino dos céus. Os versículos 23 a 26 deixam bem claro que a graça pode ser perdida e que é necessário pedir perdão para reconquistá-la. Por fim, no último versículo, vem o resumo de tudo: “sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito”, o que mostra que a lei continua tendo importância fundamental para a salvação.
  • Mateus 6,1-6: as boas obras receberão recompensas (versículos 4 e 6). Textos parecidos aparecem mais à frente, nos versículos 16 e 18
  • Mateus 6,15: Deus não perdoará aqueles que não perdoarem.
  • Mateus 7,16-20: na forma de parábola, Jesus afirma que as árvores que não dão bons frutos serão cortadas e lançadas ao fogo.
  • Mateus 7,21-27: Jesus deixa claro que nem todos os que creem serão salvos, mas somente os que põem os ensinamentos em prática.
  • Mateus 10,42: as boas obras terão recompensas.
  • Mateus 19,16-19: Quando perguntado sobre o que é necessário para ter a vida eterna, Jesus pede que o jovem observe os mandamentos.
  • Mateus 25,1-13 (parábola das dez virgens): o esposo rejeita as virgens que estavam com as lâmpadas apagadas, dando a entender que a graça pode ser perdida.
  • Mateus 25,14-30 (parábola dos talentos): manda jogar o “servo inútil” nas trevas porque ele não fez nada com os talentos que lhe foram confiados.
  • Mateus 25,31-46 (descrição do juízo final): Jesus deixa bem claro que os que não fizeram boas obras durante a vida serão mandados para o castigo eterno.
  • Lucas 19,12-27 (parábola das minas): semelhante à parábola dos talentos (provavelmente a mesma, contada de maneira ligeiramente diferente): aquele que não multiplicou as minas perdeu até a única mina que possuía.
  • Romanos 2: nos versículos 5 e 6, São Paulo afirma claramente que no dia do juízo final cada um será cobrado segundo suas obras. Isso é confirmado um pouco mais à frente, no versículo 12, que diz que seremos julgados pela lei. O versículo seguinte também é claro ao afirmar que serão tidos por justos os que praticam a lei.
  • Romanos 6,23: neste versículo, São Paulo deixa bem claro que o salário do pecado é a morte. Isso significa que ao pecar a graça é perdida, e portanto, a fé sozinha não basta para a salvação.
  • Romanos 13,2: aqui São Paulo afirma que a resistência à autoridade é motivo de condenação, deixando claro novamente que a fé sozinha não é bastante para obter a salvação.
  • I Coríntios 13: todo o capítulo exalta o valor a caridade, o que já seria um indício de sua importância, mas o versículo 2 não deixa dúvida alguma, ao deixar bastante explícito que a fé sozinha não basta. O último versículo também é bem claro ao colocar a caridade acima da fé.
  • I Timóteo 2,15: a salvação se dá através da fé, da caridade e da santidade.
  • I Timóteo 4,8: a piedade tem a promessa da vida presente e da futura.
  • Hebreus 12,4-17: São Paulo explica a importância da luta contra o pecado e do arrependimento, dizendo claramente no versículo 14 que sem a santidade ninguém pode ver o Senhor.
  • Tiago 2,14-26: aqui, São Tiago deixa bastante claro que a fé não basta, mas deve ser acompanhada de boas obras.
  • I Pedro 3,21: a salvação pela consciência boa.
  • I João 3,17-18: no primeiro versículo, São João afirma que quem não ajudar um irmão com necessidade não tem o amor de Deus, e no segundo versículo pede que não amemos somente com palavras, mas também com atos.

Crítica

Aqui colocarei trechos próximos dos trechos citados (dentro do mesmo contexto, portanto), que possam dar a entender que o trecho isolado não tem o sentido que aparentemente foi mostrado acima:

Trechos com argumentos a favor

  • João 3,16: apesar de falar que todo aquele crê terá a vida eterna, nos versículos seguintes Jesus condena as más obras (versículos 19 e 20) e exalta as boas obras (versículo 21).
  • Atos dos Apóstolos: não vejo contra-argumentos próximos a essa parte do livro. Porém, ao analisarmos o livro dos Atos dos Apóstolos como um todo, vemos que ele é uma narrativa da primeira geração de cristãos, e sua intenção principal e registrar fatos, e não descrever ou embasar doutrinas. Dessa forma, confiar cegamente em uma descrição como sendo o embasamento de uma doutrina me parece um ato imprudente, pois como o autor não tinha a intenção de embasar a doutrina, pode ter deixado de registrar outras partes da conversa, que foram suprimidas por não acrescentar nada ao contexto descritivo desejado.
  • Romanos: como apresenta trechos aparentemente contraditórios, essa epístola é analisada de forma mais detalhada, mais abaixo.
  • Gálatas: no capítulo 2, São Paulo afirma que se se a justiça pudesse ser obtida pela lei, então Cristo teria morrido em vão (versículo 21). Esse trecho parece ser justamente o argumento central de Paulo: a fé é absolutamente necessária à justificação, e a lei sozinha simplesmente não é suficiente. Em outras palavras: quem segue a lei mas não tem fé não está justificado. Dessa forma, me parece claro que a preocupação de São Paulo nessa epístola é em afirmar que a fé é indispensável, mas não negar a lei, ou afirmar que esta tornou-se dispensável. É também interessante notar que o capítulo 3 cita dois trechos do Antigo Testamento que reafirmam a importância da lei: Deuteronômio 27,26 no versículo 10 e Levítico 18,5 no versículo 12. Isso também dá a entender que a ênfase de Paulo está em lembrar a necessidade da fé, mas nunca negar a necessidade de seguir a lei. Olhando isoladamente os versículos 23 a 26 do capítulo 3, realmente parece que São Paulo pretende afirmar que lei foi revogada, mas se olharmos todo o contexto, em especial o conteúdo dos capítulos 2 e 3, vemos que não é exatamente isso que está sendo dito.
  • Efésios 2,8-9: os primeiros versículos deste capítulo mostram que o pecado leva à morte. O final do capítulo seguinte (3) também é claro ao afirmar que a caridade consolida a fé.
  • I João 5: logo em seguida, no versículo 16, São João afirma claramente que há pecados que levam à morte. Daí se deduz que a fé sozinha não é suficiente para a salvação. Os últimos versículos do capítulo 3 afirmam que é pela observância aos mandamentos que permanecemos em Deus.

Trechos com argumentos contrários

  • Não encontrei contra-argumentos próximos a nenhum dos trechos citados, à exceção da Epístola aos Romanos, comentada abaixo.

Textos aparentemente contraditórios

  • Romanos: como aparentemente temos argumentos contraditórios, temos que analisar a epístola mais profundamente, de forma a tentar entender a intenção de São Paulo de escrevê-la. Ao fazer essa análise, percebemos que a epístola foi feita para criticar a situação dos que dizem ter fé mas que não cumprem a lei. Portanto, fica claro que a intenção não foi afirmar que a lei é dispensável. Pelo contrário: percebe-se que a intenção foi enfatizar que quem diz ter fé deve agir conforme a lei. Além dos trechos já citados acima como argumentos contra a Sola fide, ainda há outros pontos da epístola que confirmam essa intenção:
    • 2,5-8: este trecho diz que Deus retribuirá a cada um segundo as suas obras.
    • 3,31: este versículo é bastante claro quando diz que de modo algum a lei é destruída pela fé, mas pelo contrário, a fé dá força à lei.
    • 6,1-2: este trecho mostra que devemos continuar observando a lei, mesmo já tendo fé. Os versículos 12 e 13, mais à frente, reafirmam que o pecado deve ser evitado.
    • 6,15: este versículo me parece o mais claro de todos,  pois mostra que quando São Paulo falou que o homem é justificado pela fé, sem as observâncias da lei, queria na verdade dizer que o homem que tem fé já não precisa se preocupar em cumprir a lei, porque isso já é uma consequência natural. Ou seja: o homem de fé não está dispensado de cumprir a lei. Pelo contrário: ao decidir se tornar um servo da justiça, também se comprometeu em manter-se afastado do pecado.
    • 8,13: aqui fica claro que quem vive segundo a carne há de morrer, o que mostra que a lei não está abolida.
    • 9,32: esse até parece ser um versículo a favor da Sola fide, mas São Paulo é claro ao afirmar que Israel não conseguiu a justificação porque buscava só obras e não a fé. Ou seja: o versículo mostra que obras sem fé não são suficientes para a justificação, mas de maneira alguma pretende dizer que as obras são desnecessárias.
    • 12 a 14: estes capítulos são inteiramente dedicados a citar obras, algumas que devem ser feitas e outras que devem ser evitadas pelos cristãos.

Conclusão

Vejo nos trechos que supostamente contêm argumentos a favor da Sola fide, textos que exaltam a fé, mas em momento nenhum vejo uma declaração explícita de que as boas obras são desnecessárias. Em todos os pontos onde essa interpretação pode ser dada, vemos que há trechos do mesmo livro que desfazem essa possibilidade de interpretação.

Outro ponto interessante é que esse conceito (de irrelevância das obras) praticamente inexiste nos Evangelhos. O único trecho aparentemente favorável a essa interpretação (João 3,16) é esclarecido ainda no mesmo capítulo. Mais um ponto importantíssimo é o levantado na epístola de Tiago: a fé sozinha não significa muita coisa, afinal os demônios também têm fé (Tg 2,19).

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Jesus teve irmãos?

28 Sábado Jan 2012

Posted by marcosmarinho33 in Da Doutrina, Da Virgem Maria

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Introdução

Os cristãos protestantes costumam ensinar que Maria, Mãe de Jesus, teve outros filhos além de Nosso Senhor. Que o Verdadeiro Espírito Santo nos permita mostrar aos nossos irmãos separados a verdade sobre os “irmãos” do Senhor.

Jesus, o primogênito

No Evangelho de São Lucas lemos: “Maria deu à Luz o seu filho primogênito” (Lc 2,7). Aqui os protestantes enxergam indícios de que o Senhor foi somente o primeiro filho de Maria. Ora, a palavra “primogênito” só significa primeiro filho, podendo ele ser filho único ou não.

A própria Escritura Sagrada dá testemunho disto, vejamos:

“O Senhor disse a Moisés: “Faze o recenseamento de todos os primogênitos varões entre os israelitas, da idade de um mês para cima, e faze o levantamento dos seus nomes.” (Num 3,40) (grifos meus).

Se para que seja primogênito é preciso que haja outros irmãos, como pode haver primogênitos “da idade de um mês para cima”?

Um outro exemplo está no livro do Êxodo: “e morrerá todo primogênito na terra do Egito, desde o primogênito do faraó, que deveria assentar-se no seu trono, até o primogênito do escravo que faz girar a mó, assim como todo primogênito dos animais.” (Ex. 11,5).

E a promessa de Deus se cumpre, onde lemos: “Pelo meio da noite, o Senhor feriu todos os primogênitos no Egito, desde o primogênito do faraó, que devia assentar-se no trono, até o primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais. O faraó levantou-se durante a noite, assim como todos os seus servos e todos os egípcios e fez-se um grande clamor no Egito, porque não havia casa em que não houvesse um morto” (Ex. 12,29-30).

A própria tradição ensina que o Faraó só tinha um único filho. Desta forma, a palavra “primogênito” em Lc 2,7 não prova que o Senhor teve outros irmãos.

José “conheceu” Maria?

No Evangelho de São Mateus lemos: “José não conheceu Maria [não teve relações com ela] até que ela desse à luz um filho.” (Mt 1,25).

Neste trecho os protestantes entendem que depois do parto, José “conheceu” Maria.

Quem entende o mínimo de exegese bíblia e cultura judaica, saberá que o Evangelho de Mateus é coberto de “aramaísmos”, isto é, expressões típicas da língua aramaica e hebraica, que quando traduzidas para outra língua não possuem o mesmo significado.

A expressão “até que”, “até” ou “enquanto” na linguagem bíblica, diz respeito somente ao passado. Para que isso fique mais claro vejamos outros exemplos na própria Escritura:

Ainda em Mateus, encontramos a promessa do Senhor à Igreja: “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” (Mt 28,20) (grifo meu). Será que o versículo quer dizer que após a consumação dos séculos, Jesus não estará mais com a Sua Igreja?

“Micol, filha de Saul, não teve filhos até ao dia de sua morte” (2 Sam 6,23) (grifo meu). O escritor sagrado quer dizer que depois de sua morte, Micol teve filhos?

Falando Deus a Jacó do alto da escada que este vira em sonhos, disse-lhe: “Não te abandonarei,enquanto não se cumprir tudo o que disse” (Gn 28,15) (grifo meu). Depois que se cumprir o que o Senhor disse, Ele então deveria abandonar Jacó?

Em Gênesis lemos: “[Noé] Soltou o corvo que foi e não voltou até que as águas secassem sobre a terra” (Gn 8,7) (grifos meus). Aqui não significa que o corvo voltou após as águas secarem, o que se quer é dar ênfase ao fato de que ele não voltou, mostrando que as águas finalmente secaram.

Desta forma, em Mt 1,15, não significa que depois do parto José deveria “conhecer” Maria. O Evangelista quer mostrar aqui o milagre da encarnação do Verbo, que aconteceu por obra do Espírito Santo, sem a intervenção do homem (cf. Is 7,14).

A palavra “irmãos” na Escritura Sagrada

Nossos irmãos protestantes alegam que em diversos lugares, o Evangelho fala dos “irmãos” de Jesus, como por exemplo: “estando Jesus a falar, disse-lhe alguém: eis que estão lá fora tua mãe e teus irmãos querem ver-te” (Mt 12, 46-47; Mc 3,31-32; Lc 8,19-20).

É importante dizer que nas Sagradas Letras, as palavras “irmão”, “irmã”, “irmãos” e “irmãs” podem denotar qualquer grau de parentesco. Isto porque, as línguas hebraica e aramaica não possuem palavras que traduzem o nosso “primo” ou “prima”, e serve-se da palavra “irmão” ou “irmã”. A palavra hebraica “ha“, e a aramaica “aha“, são empregadas para designar irmãos e irmã do mesmo pai, e não da mesma mãe (Gn 37, 16; 42,15; 43,5; 12,8-14; 39-15), sobrinhos, primos irmãos (1 Par 23,21), primos segundos (Lv 10,4) e até parentes em geral (Jó 19,13-14; 42,11). Existem muitos exemplos na Sagrada Escritura.

Observamos no Gênesis que “Taré gerou Abraão, Naor e Harã; e Harã gerou a Ló” (Gn 11,27). E Ló então era sobrinho de Abraão. Contudo no mesmo Gênesis, mais adiante Abraão chama a Ló de irmão (Gn 13,8).

Ainda em Gn 14,12, o Evangelho nos relata a prisão de Ló; e no versículo 14 observamos: “Ouvindo, pois Abraão que seu irmão estava preso, armou os seus criados, nascido em sua casa, trezentos e dezoito, e os perseguiu até Dã“.

Jacó se declara irmão de Labão, quando na verdade era filho de Rebeca, irmã de Labão (Gn 29,12-15).

Assim a qualificação de alguém pela palavra “irmão” ou “irmã” em relação ao Senhor, não significa necessariamente que fossem irmãos de fato. A única certeza que se pode ter neste caso é que eram parentes do Senhor.

A quem os Evangelhos chamam de “irmãos” do Senhor?

Os Evangelhos qualificam algumas pessoas como “irmãos” do Senhor. A primeira referência que encontramos está em São Mateus, onde lemos:

“Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe? Não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?” (Mt 13,55).

Uma passagem correspondente encontramos em São Marcos:

“Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui entre nós também suas irmãs? E ficaram perplexos a seu respeito” (Mc 6,3).

1. A importância da expressão “uiós Marias“.

Interessante notar que São Marcos usa a expressão grega “uiós Marias“, em português “o filho de Maria“. Considerando Mateus e Lucas, observe o leitor que apenas o “o filho do carpinteiro” é chamado de “o filho de Maria” e não “um dos filhos de Maria“. Isso pode não fazer muita diferença em português, mas em grego é muito significativo.

Primeiramente pelo fato da mulher ser a última das criaturas no mundo antigo, normalmente a filiação de alguém sempre referenciava o pai. Por exemplo: “o filho de Jonas”, “o filho de Alfeu”, etc. Mas São Marcos ao falar da filiação de Cristo, não aponta para José, mas para Santa Maria, utilizando uma expressão que normalmente só era usada para designar filhos únicos.

É claro que esta ocorrência incomum no Evangelho de Marcos não é sem propósito. O Evangelista que mostrar que Cristo era o único filho de Santa Maria.

2. A Carta de São Paulo aos Gálatas

Segundo nossos irmãos protestantes, os supostos irmãos de sangue de Jesus seriam: Tiago, José, Simão e Judas. É o que o eles afirmam lendo Mt 13,55 e Mc 6,3, confiando que estão sendo guiados pelo Espírito Santo. Dizem ainda que São Paulo confirma isto, pois na carta aos Gálatas ele escreve: “Três anos depois subi a Jerusalém para conhecer Cefas [Pedro], e fiquei com ele quinze dias. E dos outros apóstolos [que estão em Jerusalém] não vi a nenhum, senão a Tiago, irmão do Senhor? (Gl 1,18-19).

Segundo a referência paulina acima, este Tiago, “irmão do Senhor“, é de fato um Apóstolo.

Tiago, filho de Alfeu

Segundo as listas de Mateus, Marcos e Lucas, existiram dois apóstolos de nome Tiago. Vejamos:

“Eis os nomes dos doze apóstolos: o primeiro, Simão, chamado Pedro; depois André, seu irmão.Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão. Filipe e Bartolomeu. Tomé e Mateus, o publicano. Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu. Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, que foi o traidor” (Mt 10, 2-4) (grifos meus).

“Escolheu estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer Filhos do Trovão. Ele escolheu também André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador;  e Judas Iscariotes, que o entregou” (Mc 3,16-19) (grifos meus).

“Ao amanhecer, chamou os seus discípulos e escolheu doze dentre eles que chamou de apóstolos: Simão, a quem deu o sobrenome de Pedro; André, seu irmão; Tiago, João, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Simão, chamado Zelador; Judas, irmão de Tiago; e Judas Iscariotes, aquele que foi o traidor” (Lc 6,13-16) (grifos meus).

Conforme podemos observar, um Tiago era filho de Zebedeu e o outro filho de Alfeu. Agora eu pergunto aos meus irmãos protestantes: o que tem Zebedeu e Alfeu com Santa Maria, Mãe de Jesus”

Ora, é ponto pacífico entre todos os cristãos que Santa Maria só foi casada com São José, e que não se casou depois. Portanto, este Tiago, o qual São Paulo se refere em sua carta aos Gálatas não era irmão de sangue do Senhor Jesus; logo, as palavras do Apóstolo não dão suporte à tese protestante.

3. Distinguindo os Tiagos

Primeiro é preciso fazer uma distinção entre os dois “Tiagos” que foram apóstolos. O Tiago, filho de Alfeu (cf. Mt 10,3; Mc 3,18; Lc 6,15) era também chamado de “o menor”, veja:

“E também estavam ali algumas mulheres, olhando de longe. Entre elas estavam Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago o menor e de José, e Salomé” (Mc 15,40) (grifos meus).

Este Tiago que era irmão de José, não é filho de Zebedeu conforme vemos em São Mateus:

“Havia ali também algumas mulheres que de longe olhavam; tinham seguido Jesus desde a Galiléia para o servir. Entre elas se achavam Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu” (Mt 27,55-56) (grifos meus).

Como vemos acima, a Mãe de Tiago e José não é a mãe dos filhos de Zebedeu. Desta forma, o Tiago chamado “o menor” em Mc 15,40 era o filho de Alfeu. Com efeito, tanto São Marcos quanto São Lucas identificam este Tiago como irmão de José.

Podemos então distinguir os dois “Tiagos” assim: Tiago, o Maior, é filho de Zebedeu e Tiago, o Menor, é filho de Alfeu.

4. Os irmãos dos Tiagos

Na lista dos apóstolos de São Lucas, Judas era irmão do Tiago filho de Alfeu (cf. Lc 6,16), o que corrobora com o livro de Ato, onde encontramos:

São Judas Tadeu

“Tendo entrado no cenáculo, subiram ao quarto de cima, onde costumavam permanecer. Eram eles: Pedro e João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelador,e Judas, irmão de Tiago” (At 1,13) (grifos meus).

Segundo São Mateus e São Marcos este Judas era também chamado Tadeu (cf. Mt 10,3; Mc 3,18).

Até aqui os filhos de Zebedeu são Tiago (o Maior) e João (cf. Mc 3,16; Mt 10,2). Os filhos de Alfeu são Tiago (o Menor), Judas Tadeu e José (cf. Mt 10,3; Mc 3,18; Lc 6,15; At 1,13).

5. Quem é o Tiago referido na carta aos Gálatas?

São Paulo chama um dos “Tiagos” de “irmão do Senhor” (cf. Gl 1,19). Vimos ele ou é um dos filhos de Zebedeu ou Alfeu, e não de José, portanto, não é irmão de sangue do Senhor Jesus.

Quem é este Tiago a quem o Santo Apóstolo se refere? O Maior (filho de Zebedeu e irmão de João) ou o Menor (filho de Alfeu e irmão de Judas)?

Em Atos lemos que o Tiago, irmão de João foi morto após perseguição de Herodes:

“Por aquele mesmo tempo, o rei Herodes mandou prender alguns membros da Igreja para os maltratar. Assim foi que matou à espada Tiago, irmão de João” (At 12,1-2) (grifos meus).

Isto aconteceu depois que São Paulo esteve em Jerusalém para ver os Apóstolos, pois o seu relato em Gl 1,18-19 é o mesmo evento narrado por São Lucas em Atos 9:

“Chegando a Jerusalém, [Paulo] tentava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o temiam, não querendo crer que se tivesse tornado discípulo. Então Barnabé, levando-o consigo, apresentou-o aos apóstolos e contou-lhes como Saulo vira o Senhor no caminho, e que lhe havia falado, e como em Damasco pregara, com desassombro, o nome de Jesus. Daí por diante permaneceu com eles, saindo e entrando em Jerusalém, e pregando, destemidamente, o nome do Senhor” (At 9, 26-28).

Assim, quando São Paulo esteve em Jerusalém para conhecer os apóstolos, os dois “Tiagos” estavam vivos, mas se prestarmos atenção na seqüência entre os capítulos 1 e 2 da carta aos Gálatas, veremos que o Tiago referido em Gl 2,9 parece ser o mesmo de Gl 1,19. O capítulo 2 da carta aos Gálatas se refere ao Concílio de Jerusalém, narrado em At 15, quando o Tiago, filho de Zebedeu já havia sido morto (cf. At 12,1-2).

Com efeito, Rufino (“Comentário ao Credo dos Apóstolos“, 37) e Eusébio de Cesaréia (“História Eclesiástica“, II,23), ambos historiadores da Igreja Antiga, registraram a Tradição Apostólica que identifica Tiago, autor da Epístola de Tiago, como irmão do Senhor. É sabido que o autor da Epístola a Tiago, é o Tiago filho de Alfeu, irmão de Judas Tadeu (cf. Jd 1,1), o autor da Epístola de Judas.

6. Identificando os “irmãos” de Jesus

Vimos que São Paulo dá testemunho da Tradição Apostólica de identificar Tiago, filho de Alfeu, como irmão do Senhor Jesus. Lembremos que este Tiago tem com irmãos Judas Tadeu e José.

Ora, exatamente os nomes Tiago, Judas e José que encabeçam a lista dos “irmãos” de Jesus na lista dos Evangelistas, lembremos:

“Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui entre nós também suas irmãs? E ficaram perplexos a seu respeito” (Mc 6,3) (grifos meus).

“Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe? Não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?” (Mt 13,55) (grifos meus).

7. Identificando a mãe dos “irmãos” de Jesus

Para ficar ainda mais claro que Tiago, José e Judas são primos de Jesus, vamos identificar mãe deles.

Os evangelistas relataram que além da Mãe de Jesus, outras mulheres estavam próximas ao calvário. Vejamos:

“Havia ali [no Calvário] também algumas mulheres que de longe olhavam; tinham seguido Jesus desde a Galiléia para o servir. Entre elas se achavam Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu” (Mt 27,55-56) (grifos meus).

Segundo São Mateus eram elas: Maria Madalena, Maria mãe de Tiago e José e a mãe dos filhos de Zebedeu. Com efeito, Tiago e José que também são irmãos de Judas Tadeu tem por mãe uma Maria que não é a mãe do Senhor. Os filhos de Zebedeu são Tiago Maior e São João, cuja mãe também estava na cena da crucificação.

“E também estavam ali algumas mulheres, olhando de longe. Entre elas estavam Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago o menor e de José, e Salomé” (Mc 15,40).

São Marcos eram elas: Maria Madalena, Maria mãe de Tiago e José que também são irmãos de Judas e Salomé. Em concordância com São Mateus, Salomé só pode ser a mãe dos filhos de Zebedeu, isto é, a mãe de Tiago Maior e São João. Novamente a Maria mãe de Tiago, Judas e José não é a Maria mãe de Jesus. Esta Maria tinha por marido Alfeu.

“Estavam junto à cruz de Jesus sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria [esposa] de Cleofas, e Maria de Mágdala” (Jo 19,25).

São João identifica Maria esposa de Cleofas como tia de Jesus, isto é, irmã de Santa Maria. Ora, sabemos que Tiago Maior e São João não são primos de Jesus, caso contrário seriam chamados “irmãos do Senhor”; assim, Salomé não é a Maria esposa de Cleofas.

Esta Maria, esposa de Cleofas, é a mãe de Tiago, José e Judas. Portanto, estes “irmãos” de Jesus, são na verdade seus primos, filhos de Maria, tia de Jesus.

Como na antiguidade os homens normalmente eram conhecidos por dois nomes, alguns acreditam que Cleofas é o outro nome de Alfeu. Outros sustentam a tese de que Cleofas é o marido de um segundo casamento de Maria, tia de Jesus. Com efeito, somente Tiago é referido como filho de Alfeu (ver item 2 deste artigo), enquanto se diz apenas que Judas e José são seus irmãos.

Sendo Alfeu e Cleofas, a mesma pessoa ou não, isso não oferece qualquer problema, pois de fato Tiago, Judas e José, são filhos de Maria, tia de Jesus; não importando se Tiago Menor é filho de Alfeu e Judas e José filhos de Cleofas.

8. Quem é Simão?

Em Mt 13,55 e Mc 6,3 encontramos o nome de Simão junto com os de Tiago, José e Judas.

Quando São Mateus e São Marcos elencam os apóstolos, sempre colocam o nome dos irmãos em seqüência. Ex: Pedro e André, Tiago Maior e João, etc.

Nestas mesmas listas, próximo aos nomes dos irmãos Tiago Menor e Judas Tadeu, os evangelistas citam um Simão: “Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu. Simão, o cananeu […]” (Mt 10,3-4) e “[…] Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador” (Mc 3,18).

Com efeito, Eusébio de Cesaréia em sua “História Eclesiástica” registra que este Simão era primo do Senhor e filho de Cleofas:

“Após o martírio de Tiago [menor] e a destruição de Jerusalém, ocorrida logo depois, conta-se que os sobreviventes dos Apóstolos e discípulos do Senhor vindos de todas as partes se congregaram e com os consangüíneos do Senhor ‘havia um grande número deles ainda vivos’ reuniram-se em conselho para verificar quem julgariam digno de suceder a Tiago. Todos unanimemente consideraram idôneo para ocupar a sede desta Igreja Simeão, filho de Cléofas, de quem se faz memória no livro do Evangelho (Lc 24,18; Jô 19,25). Diz-se que era primo do Salvador. Efetivamente, Hegesipo [historiador antigo] declara que Cléofas era irmão de José” (HE III,11).

Conclusão

Os “irmãos” de Jesus são seus primos, filhos da irmã da Mãe do Senhor, cujo nome é também Maria; são eles Tiago, José, Judas Tadeu e Simão. Este é o testemunho da Sagrada Escritura e da Memória dos primeiros cristãos.

Autor: Alessandro Lima

Texto tirado de: http://www.veritatis.com.br/

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