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Catedral de Brasília: um templo criado por um ateu.

29 Quarta-feira Fev 2012

Posted by marcosmarinho33 in Uncategorized

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aparecida, bispo, bosco, brasília, cabala, capital, casamento, catedral, catolico, congresso, dúvidas, dom, egípcios, episcopal, exoterismo, federal, fertilidade, gregos, hebraica, igreja, maçonaria, metropolitana, nossa, paganismo, pároco, pietá, ponto, romanos, símbolos, sede, segredos, senhora, tarô, templo, turístico

Recentemente, uma megaigreja protestante dos Estados Unidos, muito famosa pelo visto, chamada de Catedral do Cristal, foi comprada pela Diocese local. Eles já planejavam fazer uma catedral para abrigar o grande número de fiéis da região, e a falência da tal igreja foi uma oportunidade para eles conseguirem sua catedral. Dizem eles que o ‘templo’ já era um ponto turístico do lugar. Bom, realmente é uma grande construção, seria ótimo para um prédio de negócios ou para um shopping… mas como igreja… é ridículo. E enquanto eles desperdiçam o dinheiro querendo trocar a arte viva do Catolicismo pela esterilidade do Protestantismo, nós aqui lamentamos a terrível ideia futurista dos fundadores de Brasília.

Bem no centro da Capital Federal, ergue-se a Catedral Metropolitana de Brasília, que tem como padroeira Nossa Senhora Aparecida. É o tipo de lugar que não passa despercebido em meio a homogeneidade dos ministérios que o cercam. No mínimo, curioso. De fato, exprime algum mistério, mas não hesito em dizer que não é bem nenhum dos mistérios da nossa Fé.

Em primeiro lugar, vamos olhar o contexto em que ela foi criada. Seu criador, Oscar Niemeyer, ateu e comunista. Os que ‘encomendaram a obra’ estavam sedentos de modernidade, de futurismo, de progresso. Não é só a Catedral que sofreu com isso, podem observar que Brasília toda é uma cidade modelada ao estilo dos Jetsons. Isso é algo que toda criança de 3ª série de Brasília sabe. Porém, as igrejas, e com isso as catedrais, sempre foram projetadas para se diferenciarem dos prédios profanos ou laicos ao seu redor. Não que eles fossem feios ou piores, mas os templos deviam transparecer seu objetivo. Por isso, é justo crer que, na construção de Brasília, as igrejas, em especial a Catedral, seriam mais afetadas que o resto. Porque se o Congresso ou o Teatro tem aparências esquisitas, vá lá.. mas quando isso chega à Sede Episcopal, aí as coisas mudam um pouco. Modernismo e seus modismos temporais nunca combinaram com a Igreja.

Como uma grande torre-janela-telhado, ela tem o formato hiperboloide, e toda de vidro. Devo admitir que a luz do dia, tem lá sua beleza. Mas não como quando a luz do Sol passa pelos vitrais das catedrais góticas… me lembra mais uma nave espacial, ou uma sala particularmente iluminada no filme torpe “Nosso Lar”. Ela simplesmente não nos leva a meditação, não nos chama ao nosso interior, e sim ao exterior, ao palpável, ao material. E a Capela do Santíssimo, que fica numa cripta embaixo do altar, é a antítese da catedral: escura e sombria. Mal se percebe o Sacrário ali, bem opaco pra uma construção em que tudo é tão exuberante.

Agora, vamos falar das questões mais ‘Teoria da Conspiração’. Tenho que admitir, tem umas coisas bem estranhas ali. Dizem que ela é cheia de semelhanças com os templos egípcios. As imagens dos 4 evangelistas do lado de fora é semelhante a dos templos egípcios, mas até aí nada demais, embora tenham uma aparência não muito bela. A entrada é subterrânea, assim como no antigo Egito. Ela é formada por 16 colunas, que é o número do templo no tarô e na cabala hebraica. Falam também que remete a adoração ao Sol dos egípcios, pois assim como na construção da egípcia Akhetaton, o faraó quis um templo iluminado pela luz solar, e também dizem que a forma dela lembra a do sol (circular com raios), mas essa eu acho meio forçada.

Há algumas outras coisas que podem até ser verdade, mas que são muito forçadas pro meu gosto. Coisas como circumponto, que é a representação do Deus único, mas também é um símbolo da Nova Era. Dessas coisas meio bitoladas, eu me abstenho. E por fim, que diabos é aquilo em cima do crucifixo, acimo do altar? De acordo com meu pároco, um OVO CHOCO! Pode parecer engraçado, mas é o que é. Claro que tem toda uma história sobre representar a vida, e o azul o útero, mas ainda assim, é muito inapropriado. Parece o tipo de coisa que é colocada por razões mais obscuras e explicada com uma desculpa esfarrapada. Há quem diga que esse mais é um dos segredos esotéricos do templo, pois tem certa conotação sexual, o que lembra o ritual em que os sacerdotes e sacerdotisas tinham relações nos templos como tributo a fertilidade. É ÓBVIO que não fazem isso na Catedral, assim como também não fazem adoração ao Sol e outras coisas acima citadas, mas temos que lembrar que não é como a Basílica de São Pedro, que foi criada com uma intensa supervisão do Papa. Essa Catedral foi criada por pessoas de índole duvidosa, e Brasília está tão cheia desses símbolos que não seria surpresa eles estarem no principal templo da cidade. Na verdade, ficaria surpreso se não houvesse.

Bom, tem também os anjos nada angelicais, e pra lá de grotescos. São três, que ficam suspensos acima da nave, como se estivessem voando ali, mas parece mais que estão caindo. A igreja em si não é nada prática, tem tão poucos bancos pra uma Catedral! Acho que minha paróquia tem lugar para mais pessoas. Então a opção é sempre aqueles bancos de plástico. Pois é, um lugar tão grande, mas tão mal aproveitado. E tem até uma loja! Ali, bem no meio da nave! Quer dizer, se foi planejado, fico imaginando o que aquelas pessoas tinham em mente. E as obras de arte simplesmente foram jogadas pro lado e deixaram ali. Tem uma réplica da Pietá, um busto de S. João Bosco, uma réplica do Santo Sudário e foram simplesmente jogadas ali pro lado. No presbitério, uma réplica de Nossa Senhora Aparecida que só é percebida se chegar perto. E o Crucifixo também fica bem apagadinho. O batistério, não tive oportunidade de olhar muito bem, mas parece ser escuro como a Capela do Santíssimo.

Não estou dizendo que a Catedral é feia e horrorosa, mas dizer que ela nos leva a Deus é forçar a barra. Ela é mais uma representação de como a fumaça do Inimigo entrou na Igreja. Muitos chegam a dizer, inclusive professores, que ela originalmente era um templo ecumênico, que depois foi tomado pelos católicos, o que é um absurdo! Porém, facilmente se se entende de onde vem essa afirmação: devido ao grande contraste que tem a Catedral com os templos católicos tradicionais. Não foi só uma vez que ouvi essa afirmação esdrúxula de que a Catedral era pra ser um templo ecumênico (algo por si só contraditório), mas caso queiram vender e construir uma Catedral digna, por mim tudo bem!

Obra de arte? Pode ser. Templo sinceramente católico? Dificilmente. Não graças a arquitetura, pelo menos.

Catedral de Brasília, país católico

Catedral de Nova York, país de maioria protestante

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Roupas do Clero

24 Terça-feira Jan 2012

Posted by marcosmarinho33 in Da Doutrina, Da Liturgia, Da Santa Igreja

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adereços, antiguidades, batina, bispo, cardeal, castidade, celibato, entrega, escolha, hierarquia, moda, modéstia, mundano, padre, papa, pureza, roupas, sacerdote, sangue, símbolos, tradição, vestimenta

A batina ou sotaina é uma veste eclesiástica, própria de diáconos, presbíteros, bispos e seminaristas. Tradicionalmente, possui 33 botões de alto a baixo, representando a idade de Cristo, e cinco botões em cada punho, representando as cinco chagas de Cristo. Pode ser usada com uma faixa à cintura, cuja cor varia segundo o grau na hierarquia católica. Sua cor mais comum é o preto, usado por seminaristas, diáconos e presbíteros, com um colarinho branco. O preto representa a morte para o mundo, e o branco, a pureza.

Padres

Veste comum dos sacerdotes em geral, bem como dos seminaristas e diáconos transitórios. Em regiões de clima quente, é permitido que se use batinas de cores mais claras, como cinza, creme ou branco. A mozeta é a peça que cobre os ombros e o pescoço, pode ser circular ou retangular. No século 7, quando foi criado, ela era uma espécie de capuz que simbolizava a disciplina dos sentidos e do pensamento do sacerdote.  A faixa que eles levam na cintura representa rins cingidos, ou seja, castidade.

Bispos

Bispos usam batina preta ou violácea, com filetes vermelhos e faixa violácea. Também há a possibilidade de usar uma batina toda roxa. Além disso, alguns bispos também usam a batina com detalhes vermelhos, própria de cardeais. Outros, por sua vez, usam a batina comum preta, sem detalhes, no seu dia-a-dia.

Cardeais

Já os cardeais usam batina preta ou vermelha, com filetes e faixa vermelhos. O vermelho representa o sangue que eles estão dispostos a perder pelo Santo Padre e pela Santa Igreja. Também há a possibilidade de usar uma batina toda vermelha.

Papa

O Papa veste batina inteiramente branca. Isso se deve ao fato de que São Pio V, que era dominicano, quando foi eleito Pastor Universal da Igreja, não queria deixar seu hábito. A partir daí, tornou-se padrão entre os Papas.

O uso da batina por clérigos católicos tem início com a preservação da parte destes das vestes talares dos antigos romanos. A cor preta padronizou-se a partir do seu uso pela Companhia de Jesus. Desde o Concílio Vaticano II, é permitido ao clérigo católico a opção da camisa clerical, mas a batina continua sendo sua veste eclesiástica própria, e a Igreja recomenda que na medida do possível não seja dispensada.

*Monges e Frades

Hábito é o nome que se dá à determinadas vestes de ordens monásticas, que variam de acordo com a Ordem. As ordens religiosas são a forma mais comum da vida consagrada na Igreja. Umas das mais comuns são:

Franciscano: Hábito como de um eremita, representa a pobreza e desapego das coisas do mundo, com um cordão na cintura e frequentemente um capuz. Feita normalmente de tecidos simples, duráveis, identifica de longe o franciscano, que ao exemplo do pobrezinho de Assis, procura afastar-se o máximo dos bens materiais para alcançar maior glória espiritual. Lembra-nos das palavras do Senhor: “Enviou-os a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos. Disse-lhes: Não leveis coisa alguma para o caminho, nem bordão, nem mochila, nem pão, nem dinheiro, nem tenhais duas túnicas” (Lucas 9, 2-3). Uma curiosidade é que o hábito de São Francisco era originalmente cinza, diferente da maioria das representações que vemos hoje.

Franciscanos

Carmelita: Constituído por um hábito marrom, encimado pelo Escapulário de Nossa Senhora e por vezes com uma capa amarela por cima, estas vestes são uma das mais antigas da história das Ordens, remontando a aparição da Virgem Maria no Monte Carmelo. Esta ordem é a primeira Ordem a ter Nossa Senhora como sua padroeira por excelência, daí sua relação direta com o Escapulário.

Carmelita

Beneditino: O hábito dos monges de São Bento é geralmente preto, composto por túnica, cinto, escapulário, e capuz, e um traje maior para a adoração pública. Durante a Idade Média, os beneditinos eram chamados de Monges Negros. Se o preto da batina representa a morte para o mundo, isso fica mais evidente nesta ordem, que tem por base o “ora et labora” (reza e trabalha), que sempre se caracterizou como eremitas que se retiravam do mundo para uma maior e mais perfeita união com Deus.

Beneditinos

Dominicano: O historiador dominicano William Hinnebusch afirma que “a vestimenta, a cor e o corte expressam a pobreza, castidade e obediência (que o frade) assumiu”. O hábito da ordem é composto por túnica, escapulário e capuz brancos, juntamente com capa e capuz negros, cinto de couro e rosário. O capuz costumava ser simplesmente acoplado ao escapulário, mas tornou-se desvinculado deste e evoluiu para uma bastante elegante capa de ombros com capuz. Estes, devido a sua capa, ganharam o nome de Frades Negros, ainda que boa parte de suas vestes sejam brancas; esta era uma capa que cobria quase todo o hábito, usada para aquecer e viajar.

Dominicanos

Adereços: 


Cruz peitoral – 
Usada por bispos, deve ficar na altura do peito como símbolo de que os sacerdotes guardam a cruz no coração. A cruz do Papa normalmente é dourada.


Anel do Pescador/Episcopal – 
O Anel do Pescador é o anel do Papa. Este contém o seu brasão e antigamente era usado para selar as cartas pontifícias. É dito “do Pescador” porque São Pedro era um pescador, e foi chamado por Cristo para ser pescador de homens; o Papa é o sucessor de Pedro. Sempre que um Papa morre, o anel é destruído, e com o material deste, fabrica-se o do próximo Pontífice. Os anéis episcopais são colocados no dedo anelar, como uma aliança, que representa o compromisso que o bispo tem de guiar a Igreja, esposa de Jesus Cristo. Este anel deve ser beijado sempre que se cumprimenta um bispo ou o Papa, em sinal de respeito e obediência.


Báculo – 
Símbolo de autoridade e jurisdição, só pode ser usado no território de domínio do bispo. Representa o pastor que zela por seu rebanho, ao mesmo tempo que os lidera. O Papa, no lugar do báculo, usa a férula papal, que é encimado por um crucifixo, enquanto que os báculos tem a ponta curvada para ilustrar a submissão deste ao Sumo Pontífice.

Dom Tarcísio Nascentes dos Santos

Solidéu – é um pequeno barrete usado na cabeça por clérigos da Igreja Católica, semelhante à quipá judaica. Na Igreja Católica o solidéu foi adotado inicialmente por razões práticas — para manter a parte tonsurada da cabeça aquecida em igrejas frias ou úmidas — e sobreviveu como um item tradicional do vestuário clerical. Ele consiste de oito partes costuradas, com um pequeno talo no topo. Todos os membros ordenados da Igreja Católica podem usar o solidéu. Como grande parte da indumentária eclesiástica, a cor do solidéu denota o grau hierárquico de quem o usa: o solidéu do Papa é branco, o dos cardeais é vermelho e designa-se por barrete cardinalício, e o dos bispos, abades territoriais e prelados territoriais é violeta. Monsenhores usam solidéu negro com algumas linhas violeta. Padres e diáconos usam solidéu negro, embora o uso do solidéu por padres (com exceção dos abades) seja extremamente raro, e ainda mais raro entre diáconos. Todos os clérigos que possuem caráter episcopal (isto é, que são bispos), retêm o solidéu durante a maior parte da missa, removendo-o no início do cânon e recolocando-o depois de concluída a comunhão. Os demais clérigos não podem usá-lo senão fora da liturgia. O solidéu marrom é usado pelos franciscanos, que usam o hábito desta cor.

Solidéis franciscano, cardinalício, episcopal e prebiteral, respectivamente.


Barrete – 
Barrete eclesiástico ou litúrgico é usada pelo clero e seminaristas durante as celebrações litúrgicas e/ou sempre que estejam de vestes corais (batina e sobrepeliz) ou sagradas para cobrir a cabeça. Tem vários formatos, mas o mais comum é de forma quadrada com três palas na parte superior e com uma borla ao meio. A parte desprovida de pala fica para o lado da orelha esquerda. A cor do tecido que reveste o cartão, dos vivos e da borla é de acordo com a dignidade eclesiástica de quem o usar. Representa a autoridade de quem o usa.

Barretes presbiterais


Mitra – 
é uma insígnia episcopal utilizada pelos prelados da Igreja sejam eles: abades, bispos, arcebispos, cardeais ou mesmo o Papa. A mitra é a cobertura de cabeça prelatícia de cerimônia. Simboliza um capacete de defesa que deve tornar o prelado terrível aos adversários da verdade. Por isso, apenas aos bispos, salvo por especial delegação, cabe a imposição do Espírito Santo no sacramento do Crisma ou Confirmação. A Mitra oriental é fechada e assemelha-se a uma coroa.

Mitra

Vale lembrar que no caso do Sumo Pontifíce há uma outra insígnia, que hoje não se usa mas existe na Igreja há séculos, que é a Tiara Papal. De acordo com a Catholic Encyclopedia, está é “uma rica cobertura para a cabeça, ornamentada com pedras preciosas e pérolas, que tem a forma de uma colméia, possuí uma pequena cruz no ponto mais alto, e também é equipada com três diademas reais“. Vale lembrar que é usada em atos não-litúrgicos, como procissões papais ou solenes atos de jurisdição. Nas funções litúrgicas, o papa veste uma mitra pontifícia.

Tiara Papal

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Objetos Sagrados

20 Sexta-feira Jan 2012

Posted by marcosmarinho33 in Da Liturgia

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ambula, anagramas, aspersório, bolsa, caldeira, cálice, círio, cibório, corporal, cristo, crucifixo, cruz, custódia, deus, espirito, eucaristia, galhetas, graça, jesus, litúrgicos, manustérgio, naveta, objetos, ofertório, ostensório, pai, pala, paramentos, pascal, patena, pão, píxide, rito, ritual, sacrário, sacrifício, sanguíneo, santificante, santo, símbolos, significados, sineta, tabernáculo, teca, turíbulo, viático, vinho

Hoje em dia, a maioria dos fiéis já não conhece nem entende o significado, a utilidade, e o valor dos objetos litúrgicos. A maioria das pessoas que ainda o sabe são os próprios sacerdotes, os coroinhas e (alguns) catequistas. É importante conhecê-los para que a participação na Liturgia renda mais frutos. Por isso, aqui listo os principais objetos litúrgicos da Igreja:

  • Crucifixo: Fica sobre o altar ou acima dele, lembra que Cristo é o centro da nossa vida, da Igreja, e principalmente da Missa, que é a renovação do Sacrifício da Cruz.

  • Cálice: Taça onde se coloca o vinho que será consagrado. Deve ser feita de material nobre, normalmente ouro. Se o exterior não for de ouro, ao menos o interior deve ser.
  • Âmbula ou Cibório ou Píxide: Recipiente onde é colocado o pão (as hóstias). Também deve ser feita de material nobre, e também o interior deve ser de ouro. Após a Missa, é guardada no sacrário, junto com as hóstias. Quando é guardada no sacrário, é colocado ainda um ‘véu’ ou ‘pano’ sobre a âmbula, chamado conopeu.

  • Patena: É onde a hóstia maior é colocada, para a consagração. Também é feita de ouro. É usada também na comunhão dos fiéis, colocando-se abaixo do queixo  deles, para que nenhuma partícula caia.
  • Jarra e Bacia: Usada para a purificação das mãos do sacerdote, para que ele possa fazer a consagração.

  • Manustérgio: pequena toalha que o sacerdote usa para enxugar as mãos.
  • Galhetas: recipientes onde são colocados o vinho e a água. O vinho representa, e depois será, Deus, e a água representa o Povo de Deus, e depois, a agonia e as dores que Jesus sofreu por nossos pecados. Representam, ainda, o sangue e a água que jorraram do coração perfurado de Nosso Senhor.

  • Naveta e Turíbulo: Na naveta é colocado o incenso, e no turíbulo, a naveta. É usada para incensar nas diversas ocasiões da Liturgia
  • Caldeira e Aspersório: Na caldeira, deposita-se a água benta, e o aspersório, como diz o nome, é usado para aspergi-la, seja nos fiéis, seja em objetos, seja em lugares. A aspersão da água benta nos fiéis serve também para relembrar-nos de nosso Batismo e suas promessas, e para purificarmos para participar dos santos mistérios.

  • Sineta: É usada para chamar a atenção da assembléia e anunciar a parte mais importante da Missa, a consagração.
  • Círio Pascal: vela que representa a Luz de Cristo. É usada em todas as celebrações do Tempo Pascal, e também em solenidades fora desse tempo, como batizados, crismas, etc. Símbolos: O alfa ou a letra A: Cristo é o Princípio. O ômega ou a letra Z: Cristo é o Fim. O ano em curso: Ele é o tempo e a eternidade. A Cruz: Ele é o Redentor. O (Chi) ‘Χ’ e o (Rho) ‘ρ’ são letras gregas que são anagrama de Cristo (Χριστός). Durante a Vigília Pascal, o sacerdote insere no Círio cinco grãos de incenso no círio, para representas as cinco chagas de Cristo na Cruz:
    • a coroa de espinhos,
    • o prego da mão direita,
    • o prego da mão esquerda,
    • o prego dos pés, e
    • o corte feito no lado direito do seu peito pelo soldado romano.

  • Sacrário ou Tabernáculo: é um pequeno cofre colocado sobre o altar para guardar as partículas excedentes da Eucaristia, seja dentro da âmbula, seja no ostensório. Muitas vezes fica em uma capela própria, a Capela do Santíssimo. Normalmente é feita de ouro. Nos primórdios da Igreja, os sacerdotes, após a fracção do pão (a Missa), guardavam dentro do sacrário os excedentes a fim de dá-los aos irmãos doentes ou que faltaram a celebração. Quando se iniciou a Paz na Igreja, foi estabelecida a prática de manter a Eucaristia sempre no sacrário.

  •  Ostensório ou Custódia: É usado para expor o Santíssimo ou levá-lo em procissão. Manifesta a glória da Eucaristia, e quando está com o Santíssimo, o sacerdote não toca nele com as mãos. Para isso, deve usar o véu umeral.

  • Pala: tira de papelão ou cartolina em formato retangular, cobrido com tecido (geralmente linho na cor branca), que é utilizado para cobrir o cálice com o vinho, para que não caiam impurezas como poeira ou insetos.

  • Corporal: é o pano quadrangular de linho, com uma cruz no centro, sobre o qual são colocados o cálice, a patena e a âmbula para a consagração.

  • Sanguíneo ou Sanguinho: pequeno pano usado para enxugar a boca, os dedos, bem como o cálice, após o rito de comunhão.

  • Teca: pequeno compartimento onde se leva a Sagrada Comunhão para os doentes.

  • Bolsa de Viático: Bolsa pequena, quase sempre de pano, onde se coloca a teca.

Acho desnecessário dizer isso, mas por causa de algumas coisas absurdas que ouvi sobre os objetos litúrgicos serem feitos de materiais preciosos, quero frisar que a Igreja deve ter o maior zelo e preocupação com a Liturgia na Santa Missa, que é afinal o centro e o cume da vida da Igreja. Por isso, ela deve dar o melhor de si para que tudo na celebração manifeste a glória de Nosso Senhor e Redentor. São, sim, feitos do melhor que podemos oferecer, e isso em nada prejudica a Igreja em sua atividade caritativa e missionária; pelo contrário, pois meditando melhor os santos mistérios na Liturgia, nós somos mais modificados pela Graça Santificante, e assim, podemos exercer nossa atividade cristã de maneira bem mais produtiva. Para Deus, sempre o melhor!

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Estado laico não é Estado ateu

15 Domingo Jan 2012

Posted by marcosmarinho33 in Da Santa Igreja

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aborto, aliança, aparecida, ateu, bispo, brasil, cnbb, congresso, constituição, crucifixos, cultos, cultura, deus, direito, ecumenico, ecumenismo, estado, federal, governo, homoafetiva, homossexual, igreja, interesse, intolerante, intolerância, laicismo, laico, legalização, legalizar, lei, liberdade, ministérios, moral, nação, obrigatória, oficial, público, públicos, religiosa, religiosos, símbolos, tolerante, tolerância, união

Em 1889, acabaram com a ligação entre a Igreja e o Estado no Brasil, e este tornou-se laico. Segundo a Constituição Federal de 1988, Artigo 19, inciso I, “é vedado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos Munincípios: estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles os seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma de lei, a colaboração de interesse público“.

Mas mesmo depois de tanto tempo, as pessoas ainda tem uma ideia errada do que significa ‘laico’. Um Estado laico é simplesmente aquele que não exprime uma religião oficial ou obrigatória. Ele não se opõe nem recusa a religião; ao contrário, ele convive pacificamente com as religiões. Ele simplesmente não tem um caráter próprio de religião.

No entanto, muitos ainda pensam que um Estado laico é, logicamente, um Estado ateu, pois deve rejeitar todas as crenças. Mas não é bem por aí. Um Estado Laico deve tolerar todas as crenças. Há algum tempo, queriam retirar os símbolos religiosos das repartições públicas, com a alegação de que as pessoas poderiam se sentir ofendidas. Mas espera aí, onde está a tolerância aí? Afinal, todos hão de reconhecer que a Igreja Católica tem um papel fundamental na formação do Brasil, e isso a torna parte da nossa cultura. Não se pode simplesmente ignorar isso. Sem falar que essa seria uma tolerância bastante intolerante, afinal, estaria aí sufocando a religião. Outro erro é pensar que o Estado está ‘insento de crenças’, pois já no Preâmbulo da Constituição Federal, lemos: “Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte, para instituir um Estado Democrático, […] , promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil“.

Não há motivo para suprimir os símbolos religiosos, porque isso já seria uma atitude de intolerância, e arruinaria a própria lei que defende a liberdade religiosa. Além disso, se alguém ainda acha que a Igreja tem alguma ‘moral’ no governo, fiquem tranquilos (ou não). O fato da Catedral estar bem próxima do Congresso não impediu que fosse legalizada a união homoafetiva e quase legalizassem o aborto.

fontes de pesquisa: Revista ‘Brasília Católica’, nº4. ; http://jus.com.br/revista/texto/10823/o-preambulo-da-constituicao-brasileira-de-1988 ;

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“A mão da Igreja é doce também quando golpeia, pois é a mão de uma mãe.” S. Pio de Pietrelcina

"A mão da Igreja é doce também quando golpeia, pois é a mão de uma mãe." S. Pio de Pietrelcina

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‎”Foi Sempre privilégio da Igreja, Vencer quando é ferida, Progredir quando é abandonada, e Crescer em ciência quando é atacada.” (Santo Hilario de Potiers, Dr. da Igreja).

‎"Foi Sempre privilégio da Igreja, Vencer quando é ferida, Progredir quando é abandonada, e Crescer em ciência quando é atacada." (Santo Hilario de Potiers, Dr. da Igreja).

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aborto amor apostólica arquitetura ateísmo batina bispo bíblia castidade catolicismo catolico católica conversão cristianismo cristo cruz de deus devoção doutrina ecumenismo erros espirito eucaristia evangelho feminismo fátima fé heresias história igreja Igreja Católica inquisição jesus liturgia lutero mae maria matrimonio mentira mentiras missa mito mitos modernismo modéstia morte mosteiro mulher mulheres padre pai papa penitência piedade protestantismo pureza religiosa religião roma roupas sacerdote sacerdócio sacrifício salvação santa santidade santo santíssima são tradição vaticano verdade vida virgem

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