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O último desejo de Santa Mônica

25 Segunda-feira Jun 2012

Posted by marcosmarinho33 in Da Doutrina, Dos Santos e Santas

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Em seu leito de morte, disse Santa Mônica a seus filhos, depois de um deles preocupar-se em enterrá-la em sua terra natal:

“‘Enterrai este corpo em qualquer lugar, e não vos preocupeis com ele. Faço-vos apenas um pedido: lembrai-vos de mim no altar do Senhor, seja qual for o lugar onde estiverdes’.

Depois, continua Agostinho:

“[…] acolhe, Senhor, as livres oferendas de meus lábios. Aproximando-se o dia de sua morte, minha mãe não se preocupou em ter seu corpo suntuosamente revestido ou embalsamado com aromas, não desejou ter rico monumento, nem mesmo ter sepultura na própria pátria. Não nos pediu nenhuma dessas coisas, mas desejou somente que nos lembrássemos dela diante de Teu altar, ao qual ela não deixou um só dia de servir, porque sabia que aí se oferece a Vítima santa, pela qual ‘foi destruído o libelo contra nós’, e foi vencido o inimigo, aquele inimigo que conta as nossas faltas e procura com que nos acusar, e nada encontra naquele mediante o qual fomos vencedores.”

(Trechos extraídos das “Confissões” de Santo Agostinho, filho de Santa Mônica, falecida em 387 d.C.)

Não são poucas as vezes em que nos deparamos com a falta de Esperança entre os cristãos. Em minha família, mais de uma vez os vi lamentando a morte como o derradeiro fim; para alguns, realmente é, mas o problema é que, para essas pessoas, isso não se resume àqueles que tem motivos para temer a morte, como os infiéis, e sim para a morte em geral. A maioria das pessoas, ao mesmo tempo que acha que todos vão para o Céu, no fundo reconhece a falha de seu argumento, pois, pelo visto, não tem Esperança nenhuma na Salvação, que é mais uma das consequências da evangelização deficiente: o Sacrifício de Cristo torna-se desconhecido aos próprios cristãos.

Funeral de Santa Fina

Pergunte aos católicos “o que é a Missa?”. Alguns (muitos) vão responder algo que lembrará um culto, uma reunião, no máximo uma Ceia. Se alguém responder Sacrifício, dê graças a Deus, pois isso é raro. Esse desconhecimento já é um problema em si, e uma série de problemas o seguem: os conhecidos abusos litúrgicos, a perca da fé, da esperança de Vida Eterna, e etc. Aqui, quero focar na perda da Esperança.

Esta é uma das virtudes teologais, infusa por Deus em nossa alma, e pela qual temos como certa a ajuda divina para alcançarmos o céu. Subentende-se, então, que isso trará para a alma grande paz em seu leito de morte, assim como o trouxe para Santa Mônica. De fato, diz Agostinho: “Quando seu corpo foi levado, fomos a sepultura, e de lá voltamos sem chorar. Nem mesmo chorei durante as orações, quando oferecemos por ela o sacrifício de nossa redenção, com o corpo já colocado ao lado do túmulo, antes do enterro, segundo era costume do lugar. Nem durante essas preces chorei.” 

Não que haja problema em chorar por um querido falecido; até Cristo chorou por Lázaro. Mas é a incoerência entre a suposta fé de que todos vão pro Céu (afinal, nunca vi ninguém falar: “esse deve ter ido pro Inferno”) e a tristeza como se a pessoa simplesmente tivesse sido deletada da existência. Uma vez cheguei a ouvir: “ah, a gente fica triste porque sabe que nunca mais vai ver a pessoa.”; e tenho certeza de que isso não é porque acreditam que a pessoa foi pro Inferno e esta vai pro Céu ou vice-versa. É a descrença.

Isto contrasta com a antiga (e bota antiga nisso) sociedade brasileira, católica. Quando se pergunta para alguém “o que você faria se fosse morrer amanhã?”, muitos dirão: “faria tudo que tenho direito, coisas que nunca pude, gastaria toda minha grana em diversão, bebida, etc.”, que no fundo não passa de um medo de encarar aquilo que evitou-se pensar na vida inteira, o encontro com Cristo Juiz. Pois esta resposta pareceria, no mínimo, irracional aos nossos antepassados; estes, sabiam receber a morte como uma boa amiga. Eles realmente agradeceriam a Deus quando este lhe mandasse uma doença terminal, pois muito melhor era morrer “de sobreaviso” do que ser pego de surpresa.

Havia mesmo uma certa idade, lá pelos 60 anos, em que as pessoas tornariam-se ainda mais piedosas, mais frequentes aos sacramentos, assíduas diariamente à Santa Missa, preparando-se o melhor que pudessem para o encontro com o Divino Mestre. Nos testamentos, sempre deixavam espólios para a celebração de Missas pedindo por aquela alma depois que morresse. Houve até mesmo um senhor que pediu que se rezasse uma Missa por ele até o dia do Juízo Final.

É perceptível a diferença do modo de encarar a morte entre esses dois “tipos de católicos”. Enquanto uns fingem que serão imortais e vão matando-se lentamente, os outros vêm nela, finalmente, a sua entrada na Vida Eterna.

Um aparatoso cortejo do viático leva os últimos sacramentos ao moribundo com a presença dos irmãos do Santíssimo Sacramento, do pároco, de militares, a banda de música de negros e numerosos acompanhantes.

Não é fácil, para nós, conseguir pensar como eles. Nossa sociedade não ajuda nem um pouco. Em primeiro lugar, quando estava próxima da morte, a pessoa prepararia-se bem para ela. Em segundo, quando fosse receber o Santo Viático (porque ninguém ia querer morrer sem recebê-lo), ele viria numa procissão digna e majestosa, e todos que passassem pela procissão, teriam que acompanhá-la, rezando pela alma daquele que padece. E, ainda, em terceiro lugar, o falecido seria realmente velado, em vigília de oração, tanto pelos parentes, quanto por vizinhos e até mesmo desconhecidos. Isto era normal: quando se visse um velório, entrar na casa e participar das orações. Ademais, os sinos das igrejas tratariam de avisar a todos. Quem não pudesse comparecer, rezaria por ele.

Outra coisa interessante é o Dia de Finados. É quase como se as pessoas de hoje quisessem fingir que nada aconteceu, que “não é tão importante”. Quando fui visitar meus parentes falecidos, alguns desoportunamente comentavam sobre o tijolo do túmulo, ou o galho da árvore. Rezavam um pai-nosso e uma ave-maria (se muito), e iam embora, como se tivessem visto menos que um cachorro morto. Claro que estou exagerando, e sei que o sentimento de tristeza com certeza era grande, mas visitar um túmulo não adianta muita coisa se não for para rezar! Tem até aqueles que vão num dia antes ou num dia depois, pra não pegar o cemitério muito cheio. Imagina se essas almas terão quem aplique indulgências para elas…

Eu, somente graças ao bom Deus, não tenho medo de morrer. As pessoas o têm mais frequentemente do que querem admitir; basta observar como lidam com a morte. Mas, pelas virtudes que nos infunde o Espírito Santo, temos a Esperança, que nos faz poder dizer como São Paulo “viver para mim é Cristo, e morrer para mim é ganho”.

Rezemos muito, e façamos todos os dias o Ato de Fé, de Esperança e de Caridade, que não sejam meras palavras, mas que sejam verdadeiras expressões do íntimo do coração, pedindo ao Espírito Santo que nos conserve sempre a buscar os bens celestiais. Ah, e é claro, rezemos pelas almas do purgatório, pedindo que se ofereçam Missas por elas.

Meu Deus, espero com firme confiança, que me concederás, pelo mérito de Jesus Cristo, tua graça neste mundo e a felicidade eterna no outro, porque assim o prometeste e sempre és fiel a tuas promessas.

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“Jesus, eu confio em vós!”

28 Sábado Jan 2012

Posted by marcosmarinho33 in Da Doutrina

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amor, água, coração, cristo, deus, devoção, faustina, hora, jesus, misericórdia, missa, piedade, prece, redenção, sacrifício, salvação, sangue, santa, terço

A Hora da Misericórdia

Em 1933, Deus ofereceu a (Santa) Irmã Faustina uma impressionante visão de Sua Misericórdia. A Irmã nos conta:

“Vi uma grande luz, e nela Deus Pai. Entre esta luz e a Terra vi Jesus pregado na Cruz de tal maneira que Deus, querendo olhar para a Terra, tinha que olhar através das chagas de Jesus. E compreendi que somente por causa de Jesus Deus está abençoando a Terra.”

Jesus disse à Santa Irmã Faustina:

“Às três horas da tarde implora à Minha Misericórdia, especialmente pelos pecadores, e, ao menos por um breve tempo, reflete sobre a Minha Paixão, especialmente sobre o abandono em que Me encontrei no momento da agonia. Esta é a hora de grande Misericórdia para o mundo inteiro…
Nessa hora nada negarei à alma que Me pedir em nome da Minha Paixão.”
(Diário no. 1320) 

“Lembro-te, Minha filha, que todas as vezes que ouvires o bater do relógio, às três horas da tarde, deves mergulhar toda na Minha misericórdia, adorando-a e glorificando-a. Invoca a sua onipotência em favor do mundo inteiro e especialmente dos pobres pecadores, porque nesse momento ela está largamente aberta para cada alma. Nessa hora, conseguirás tudo para ti e para os outros. Naquela hora, o mundo inteiro recebeu uma grande graça: a Misericórdia venceu a Justiça.
Procura rezar nessa hora a Via-Sacra, na medida em que te permitirem os teus deveres, e se não puderes rezar a Via-Sacra, entra ao menos por um momento na capela, e adora a meu Coração, que está cheio de Misericórdia no Santíssimo Sacramento. Se não puderes ir à capela, recolhe-te em oração onde estiveres, ainda que seja por um breve momento.” 
(Diário, no. 1572) 

“São poucas as almas que contemplam a Minha Paixão com um verdadeiro afeto. Concedo as graças mais abundantes às almas que meditam piedosamente sobre a Minha Paixão.” (Diário, no. 737)

Uma invocação que se pode dizer às três horas da tarde é:
“Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus como fonte de Misericórdia para nós, eu confio em Vós.”
(Diário no. 187)

Jesus estabeleceu três condições indispensáveis para atender às orações feitas na Hora da Misericórdia:

  • a oração deve ser dirigida a Jesus;
  • deve ter lugar às três horas da tarde;
  • deve apelar ao valor e aos méritos da Paixão do Senhor.

Devido a esse pedido de Jesus, é costume dos devotos da Divina Misericórdia rezar o Terço da Misericórdia às 15h.

 

Terço da Misericórdia

No início: Pai-Nosso, Ave-Maria, Creio

Nas contas do Pai-Nosso, reza-se:
Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro.
Nas contas das Ave-Marias, reza-se:
Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.
(10 vezes)
Ao final do terço, reza-se:
Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro. (3 vezes)

Este terço foi ensinado durante uma visão que Irmã Faustina teve em 13 de setembro de 1935:

“Eu vi um anjo, o executor da cólera de Deus… a ponto de atingir a terra … Eu comecei a implorar intensamente a Deus pelo mundo, com palavras que ouvia interiormente. À medida em que assim rezava, vi que o anjo ficava desamparado, e não mais podia executar a justa punição…”

No dia seguinte, uma voz interior lhe ensinou essa oração nas contas do rosário.
Mais tarde, Jesus disse a Irmã Faustina:

“Pela recitação desse Terço agrada-me dar tudo que Me pedem. Quando o recitarem os pecadores empedernidos, encherei suas almas de paz, e a hora da morte deles será feliz.
Escreve isto para as almas atribuladas: Quando a alma vê e reconhece a gravidade dos seus pecados, quando se desvenda diante dos seus olhos todo o abismo da miséria em que mergulhou, que não desespere, mas se lance com confiança nos braços da minha Misericórdia, como uma criança nos braços da mãe querida.
Estas almas têm sobre meu Coração misericordioso um direito de precedência.
Dize que nenhuma alma que tenha recorrido a minha Misericórdia se decepcionou nem experimentou vexame…”
“….Quando rezarem este Terço junto aos agonizantes, Eu me colocarei entre o Pai e a alma agonizante, não como justo Juiz, mas como Salvador misericordioso”.

[Retirado de http://devocoes.leiame.net/]

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“A mão da Igreja é doce também quando golpeia, pois é a mão de uma mãe.” S. Pio de Pietrelcina

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‎”Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica. Um me distingue, o outro me evidencia. É por este sobrenome que nosso povo é diferenciado dos que são chamados heréticos.” São Paciano de Barcelona

‎”Foi Sempre privilégio da Igreja, Vencer quando é ferida, Progredir quando é abandonada, e Crescer em ciência quando é atacada.” (Santo Hilario de Potiers, Dr. da Igreja).

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