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A Vida no Seminário

05 Sexta-feira Abr 2013

Posted by marcosmarinho33 in Da Santa Igreja

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A instituição na qual um futuro sacerdote recebe sua formação intelectual e espiritual é conhecida como seminário. A Igreja nem sempre formou seus sacerdotes exatamente da mesma maneira, e parece que o Cardeal inglês Reginald Pole foi o primeiro a usar a palavra “seminário”, em 1556, no presente sentido de uma instituição exclusivamente dedicada à formação do clero.

Para os primeiros séculos da Igreja, a escassa documentação nos leva a crer que os jovens que desejavam abraçar o sacerdócio recebiam sua instrução privadamente, vivendo, aprendendo e ajudando o Bispo local e com seu presbitério. Gradualmente, um treinamento mais formal resultou nos colégios das catedrais, sob a supervisão do Bispo, e dos mosteiros; depois, na Idade Média, ao redor das grandes Universidades.

Mas várias circunstâncias levaram a abusos e uma progressiva degeneração dos estudos e da disciplina até o Concílio de Trento. Este santo Concílio, o qual deu atenção bastante meticulosa para o aprimoramento da disciplina da Igreja em todos os domínios, preocupava-se de modo especial com a questão da formação sacerdotal. Finalmente, em 1563, em sua 23ª sessão, o Concílio sancionou seu decreto para os seminários, que permanece até hoje a lei fundamental para a formação clerical.

O seminário existe, por conseguinte, para formar padres. O que essa formação abrange? A natureza do sacerdócio nos dá a simples resposta: o padre vai receber poderes espirituais extremamente gigantescos sobre tanto o Corpo como o Sangue de Cristo, que ele consagra na Missa e distribui na Sagrada Comunhão, e sobre o Corpo Místico de Cristo, isto é, os membros da Igreja, cujos pecados ele absolve; além disso ele deve instruir os fiéis nos ensinamentos e na lei de Deus.

Sua preparação no seminário corresponde a essas tarefas futuras: ele estuda em grandes detalhes os vários aspectos da doutrina que um dia ele deverá transmitir aos outros, e defender em nome da Igreja; e ele se santifica para que seja verdadeiramente um alter Christus (“um outro Cristo”) em sua vida, assim como ele o é pelos poderes que recebe. Cada detalhe de sua vida e de seus estudos no seminário procura preparar o jovem em sua vocação.

A Vida Cotidiana

Horários

A vida diária no Seminário nem sempre é fácil, especialmente para os recém-chegados. O dia começa com o toque do despertar às 6:00. Às 6:30, a comunidade se reúne para recitar o Ofício da Prima na capela-mor. Uma meditação de 25 minutos se segue à Prima, e a Santa Missa é oferecida às 7:15. Concluída a Missa, é feita uma ação de graças de dez minutos.

A comunidade então se reúne no refeitório para um rápido café-da-manhã, e depois uma série de tarefas precisa ser feita antes da primeira aula do dia. Essas tarefas incluem arrumar mesas, lavar louças, limpar banheiros, varrer o chão, limpar as salas de aula, e geralmente manter tudo em boa ordem. Todas as tarefas são colocadas num mural, e elas mudam a cada semana, dando aos seminaristas experiência variada das diferentes tarefas designadas para eles.

As aulas da manhã começam às 9:00 e terminam às 11:50, com um intervalo de dez minutos entre cada uma das três aulas. Ao som do sino de 11:50, aqueles que foram designados para arranjar as mesas e lavar as louças na semana vão à cozinha e ao refeitório para arrumar a refeição comunitária e almoçar meia hora mais cedo. O resto da comunidade vai a capela às 12:15 para recitar o Ofício da Sexta. Depois da Sexta, é rezado o Angelus e todos vão para o refeitório almoçar.

Durante esta refeição, bem como durante o jantar, é lido um trecho do Novo Testamento em Latim, seguido de uma leitura, em Inglês, de um livro de interesse religioso, político ou histórico. A leitura geralmente dura por cerca de três quartos da refeição, e no fim, toca-se um sino; a leitura para, e a comunidade tem permissão para conversar. Nos Domingos e dias de festa, o sino é tocado imediatamente depois do pequeno trecho da Escritura. Quando o sino toca novamente, ao final da refeição, todos se levantam para dar graças a Deus.

O lazer da tarde começa então para aqueles que não têm nenhum trabalho para fazer. Dura cerca de 55 minutos. Pode-se passar o recreio fazendo uma caminhada, descansar na sala de recreação com uma leitura, jogando jogos de tabuleiro, ping-pong, futebol. Dependendo da estação, pode-se também jogar basquete, vôlei, futebol, hóquei, sledding ou até mesmo guerra de bola de neve! Alguns seminaristas gostam de passar este tempo na Sala de Música desenvolvendo seu talento musical com o piano ou outros instrumentos.

Das 14:00 às 17:30, é hora de estudar para a maior parte da comunidade, com uma pausa para o lanche de quinze minutos às 15:30. Às 17:30, nas segundas, terças, quintas e sábados, o reitor ou o vice-reitor dá uma conferência espiritual. Nas sextas-feiras, canto gregoriano é praticado pela comunidade antes da conferência espiritual.

Às 18:00 é rezado o Terço por toda a comunidade. Nas quintas-feiras, a Benção do Santíssimo Sacramento toma o lugar do Terço, que então é rezado privadamente.

O jantar é às 18:30 e é seguido de uma curta recreação de cerca de quarenta minutos. Para a recreação da noite, os seminaristas fazem caminhadas, jogam jogos de tabuleiros ou de cartas, leem, ou jogam futebol, bilhar, ping-pong. No fim da primavera e começo do verão, futebol, vôlei, e basquete são bastante apreciadas (bem como hóquei no inverno).

Às 19:45 o sino toca acabando com o tempo para o lazer e o começo da hora de estudo, que dura até 20:40. Para os estudantes de Humanidades e do Primeiro Ano, o tempo de estudo é feito no Salão de Estudos. Aqui, em uma das salas, um diácono é designado para auxiliar os seminaristas enquanto estudam.

Às 20:45, o Ofício noturno das Completas é cantado na capela para agradecer a Deus pelas graças e bençãos do dia, e para pedir Seu contínuo auxílio e proteção. Quando as Completas terminam, o dia termina e o silêncio desce sobre o Seminário com mais rigidez do que o silêncio habitual. Desde cerca de 21:05 até 22:00, os seminaristas podem ficar na capela ou ir para seus quartos para se prepararem para dormir e para um outro dia a serviço de Deus. Às 22:00, os seminaristas devem desligar as luzes e ir dormir. Durante o Grande Silêncio, das 22:00 às 6:00 do outro dia, nenhuma torneira deve ser aberta e todo barulho deve ser evitado.

Nos Domingos e dias de festa, o horário varia um pouco por causa da solenidade das cerimônias litúrgicas. Não há aulas nesses dias, e há períodos maiores de recreação; os seminaristas também tem as tardes de quarta-feira de folga para lazer ou (com permissão) para ir a cidade fazer compras necessárias.

O espírito de oração, nutrido tantas vezes durante o dia na capela, e na devoção pessoal de cada um, permeia toda a existência do seminarista, enquanto este se esforça para se conformar plenamente com o exemplo de Nosso Senhor, cujo ministro ele espera se tornar. Todos os demais convivem em espírito de caridade fraternal, assim como a Igreja sempre considerou ideal tanto para os padres quanto para os futuros padres, ajudando-se mutualmente pela amizade, auxílio e encorajamento.

Silêncio

O fervor de uma casa religiosa pode ser medido pela observância da regra do silêncio. O silêncio é um meio indispensável para a oração, para o recolhimento, e para a união com Deus. Ele é, consequentemente, a regra mais importante do Seminário. Com raras exceções, deve-se guardar o silêncio em todos os momentos, fora das horas de lazer. Além do silêncio geral, há o Grande Silêncio. Este começa quando o sino toca para as Completas, às 20:45. Às 22:00, um silêncio ainda mais perfeito deve ser observado, não fazendo correr água até as 6:00 da manhã seguinte.

Depois do café da manhã, quando recomeça o serviço das refeições, termina o Grande Silêncio. É permitido falar, se necessário, durante as refeições, para melhor cumprir a tarefa, mas o silêncio geral ainda deve ser observado. Desta maneira, os seminaristas são lembrados que seu trabalho deve ser feito em união com Deus, e oferecido a Ele com uma intenção sobrenatural.

Trabalhos manuais

Os trabalhos manuais constituem grande parte do dia para os seminaristas no Sábado, bem como para os irmãos religiosos nos outros dias da semana. O dito trabalho pode incluir qualquer coisa desde cortar madeira a varrer folhas, cuidar da sacristia, digitar algo nos computadores, trabalhar nas caldeiras do Seminário, consertar carros, pintar, limpar, e por aí vai. Todo esse trabalho é feito a tarde, logo após a hora de lazer do meio-dia, e dura aproximadamente duas horas e meia.

Lazer

Nos Domingos e nas quartas-feiras, após o almoço, a comunidade tem uma hora de lazer maior. Há várias possíveis atividades e todos são livres para fazerem o que quiserem, embora seja necessário estar fora do prédio do seminário e com pelo menos um outro seminarista por duas horas.

Na primavera e no verão, pode-se ocupar em várias atividades como futebol, basquete, vôlei, bocce, e cavalgar; no outono e no inverso: beisebol, futebol americano, sledding, e guerra de bolas de neve! Há sempre um grupo regular de seminaristas fazendo caminhada e bastante espaço para andar no seminário para aqueles que se interessam.

Além da recreação de Domingo e de quarta-feira, há também vários dias de festas e solenidades durante o ano. Nesses dias, o cronograma é o mesmo do Domingo. Durante o ano, o Seminário concede cinco dias livres: o Dia de Ação de Graças, três dias de fevereiro seguidos às provas de meio do ano e à recepção da batina e da tonsura, e na segunda-feira após Pentecostes. Nos dias livres, depois de assistir a Santa Missa, os seminaristas podem passar o dia como quiserem, contanto que voltem ao Seminário às 20:45 para as Completas.

As trilhas em comunidade são outra atividade de lazer pela qual todos esperam ansiosamente. Estas trilhas consistem em uma atividade que toma o dia todo, preparada previamente por alguns seminaristas, onde um caminho de oito a dez milhas é percorrido por toda a comunidade. Na véspera do grande dia, os organizadores devem garantir comida o bastante para o almoço. No dia, todos amontoam-se no ônibus do Seminário e nos carros de apoio às 9:00, ansiosos por esquecer ao menos por um tempo seus estudos e relaxar. As trilhas normalmente acabam às 16:00 e na volta para o Seminário, os trilheiros fatigados asseiam-se para rezar o Terço. Os seminaristas sempre esperam ansiosamente para o almoço na trilha, pois geralmente é de pizza e cerveja!

O quarto do seminarista

O quarto do seminarista é modesto. Tem uma cama, uma escrivaninha e uma cadeira, uma pia, uma cômoda e um guarda-roupa para as roupas, algumas estantes para livros, e um crucifixo. O seminarista deve aprender a amar seu quarto com os propósitos de estudo e oração. É principalmente aqui que ele deve aprender a adquirir as duas condições indispensáveis para o apostolado sacerdotal: a doutrina e a piedade.

Os estudos do seminarista

O dia do seminarista é equilibrado entre estudo, oração, trabalho e lazer, com ênfase no estudo. Estudo e piedade são qualidades necessárias para um futuro padre, por isso o cronograma do Seminário é feito visando este equilíbrio.

Humanidades

O propósito do ano extra de Humanidades é dar aos estudantes uma base nas matérias que são fundamentais para fornecer uma formação sólida e natural para os futuros sacerdotes; uma formação que falta em muitos dos jovens que se apresentam ao Seminário hoje.

Em Religião, as verdades básicas de Fé são vistas como em uma típica catequese. Em História, os jovens são ensinados sobre a Antiguidade Clássica e como a civilização cristã foi inconscientemente preparada pelos gregos e romanos. Em Literatura, os seminaristas aprendem os vários estágios do desenvolvimento da literatura através dos séculos, e como este instrumento poderoso formou os pensamentos, discursos e acordos da civilização cristã. Gramática e Redação ajudam o jovens a se expressar com inteligência e clareza, e a serem capazes de compreender os textos que lhe são dados. Latim também é ensinado para dar ao recém-chegado uma introdução à língua da Igreja. Uma compreensão e apreciação de boa música é uma outra ferramenta para o apostolado sacerdotal, e por isso os estudantes são apresentados às músicas dos grandes compositores e são ensinados um pouco de história e teoria da Música.

Ano de Espiritualidade (1º ano)

O primeiro ano, ou ano da espiritualidade, pretende fazer o novo seminarista a se acostumar com as coisas de Deus e à vida espiritual da alma, e prepará-lo melhor para os estudos sacerdotais.

O estudo de Teologia Mística e Ascética constitui a essência do ano da espiritualidade. O seminarista aqui conhece o que é a vida espiritual, e os princípios de como alcançar a perfeição cristã.

Em Atos do Magistério, os seminaristas estudam a doutrina da Igreja contida nas encíclicas papais, especialmente os Papas dos dois últimos séculos, até e inclusive Pio XII, que lidou com os erros do modernismo, liberalismo, naturalismo e afins.

Latim continua sendo estudado pelos seminaristas para desenvolver uma maior proficiência na linguagem da Igreja e em sua Liturgia.

No primeiro ano de Escrituras, os seminaristas aprendem a história das Sagradas Escrituras e termos peculiares como inspiração, autenticidade, canonicidade, e sua inerrância em relação a Verdade Revelada.

Nas aulas de Liturgia, a história da Sagrada Liturgia da Igreja é revista, com uma explicação do belo simbolismo em todos os elementos que constituem a Liturgia. A revolução litúrgica da última metade do séc. XX é uma importante parte do curso.

Canto gregoriano é outra parte importante da formação de um seminarista. Diferenciando-se substancialmente da música moderna, tanto na notação e na estrutura geral, o Canto aparenta ser um desafio para a maioria dos seminaristas, mas é a música litúrgica mais antiga e valorizada música litúrgica da Igreja.

Nos cinco anos de estudo intenso e exigente que se seguem, o seminarista estudará cada um dos seguintes temais gerais por um período de dois, três, ou quatro anos, cuidadosamente fiel ao ensinamento do Doutor Angélico, Santo Tomás de Aquino, cuja obra a Igreja adotou oficialmente como base para a educação sacerdotal.

Segundo Ano

 O curso de Filosofia é uma rotação de dois anos, compreendendo o segundo e o terceiro ano no currículo normal do Seminário. Aqui os seminaristas são introduzidos a um campo que é, para a maioria deles, desconhecido. Lógica, Cosmologia e Psicologia, Ética, Apologética, e História da Igreja são as novas matérias que serão estudadas no Segundo Ano.

Em Lógica, os seminaristas são ensinados a pensar com retidão, a debater um assunto com clareza, e reconhecer error ou falácias nos argumentos que lhes sejam apresentados. Os seminaristas de segundo e terceiro ano juntam-se para estudar um dos cursos “menores” de Filosofia – Cosmologia, Psicologia, Introdução a Filosofia, e Ética – cada um durando um semestre. Em Cosmologia, os seminaristas aprendem como os antigos filósofos observaram, explicaram, e categorizaram o Universo físico. Psicologia é a matéria na qual se estuda a alma humana de acordo com os ensinamentos de Aristóteles e Sto. Tomás de Aquino. Ética consiste no estudo dos princípios de conduta moral e, assim, serve de introdução básica para o estudo de Teologia Moral. Além de Filosofia, os seminaristas de segundo ano estudam Apologética, História da Igreja, e Sagrada Escritura.

Apologética, um curso de dois anos, estabelece a veracidade, autenticidade e a autoridade da Revelação Divina, e os meios para provar o papel único da Igreja como a única intérprete da Revelação. O alvo primário não é provar as verdades de Fé, mas mostrar que elas estão em perfeita harmonia com a razão, e que é adequado crer nelas. O curso demonstra, por exemplo, a possibilidade da Revelação Divina pela qual nós possuímos os artigos de Fé. Períodos posteriores do curso provam que Nosso Senhor fundou uma Igreja visível que é Una, Santa, Católica e Apostólica, que não é outra além da presente Igreja Católica.

A História da Igreja, que começa no segundo ano, extende-se até o quinto ano, e familiariza o seminarista com os vinte séculos da gloriosa história da Igreja, proporcionando-lhe inestimáveis exemplos e lições, e munindo-lhe para refutar as falsidades históricas dos hereges e inimigos da Fé contemporâneos.

Sagradas Escrituras é o único curso que é estudado em todos os seis anos de Seminário. Durante esses anos de formação, o seminarista nunca deixa os livros sagrados através dos quais, juntamente com a Tradição, Deus nos ensina aquilo que devemos crer. Cursos gerais oferecem uma introdução ao Antigo e Novo Testamentos; outros cursos tomam um livro em particular, ou uma série de livros, e examinam-nos mais detalhadamente, preparando o futuro sacerdote para fazer o mesmo com aqueles que ele não estudará nas aulas.

Terceiro Ano

O terceiro ano, ou segundo ano de Filosofia, é o ano de Metafísica. A maioria das matérias do segundo ano continuam também no terceiro, por isso Metafísica é a única que pede explicação. Aqui o seminarista aplica-se ao estudo meticuloso das mais elevadas leis e princípios gerais do Ser, e a Teodicéia, o estudo de Deus à luz da razão humana. É indiscutivelmente a matéria mais “assustadora” a ser encarada no seminário, mesmo para aqueles seminaristas de mente mais especuladora. O conhecimento adquirido, porém, é a recompensa do esforço necessário para aprender bem a matéria. Ela é fundamental para uma real compreensão da Teologia, especialmente no que tange à Ssma. Trindade, a Encarnação, e os Sacramentos.

Quarto, Quinto e Sexto Ano

O quarto, quinto, e sexto ano do Seminário são primeiramente dedicados ao estudo de Teologia Dogmática e Moral, e Direito Canônico. Os seminaristas desses anos assistem aulas juntos num ciclo de três anos. Os estudos de Sagrada Escritura e História continuam nesses anos.

Teologia Dogmática é dividida em duas classes separadas: Dogma I e Dogma II. O propósito de Dogma I é dar ao seminarista um conhecimento mais profundo das principais verdades de Fé. Em Dogma II é estuda as doutrinas que ou surgem ou complementa as verdades principais. Em ambas as disciplinas, estuda-se a divina Revelação contida nas Escrituras e na Tradição de um outro ponto de vista: o que o seminarista deve crer, e o que ele irá um dia explicar para os outros. Aqui o seminarista contempla Deus, Uno e Trino; a Criação; graça e pecado; Cristo e a Redenção; os Sacramentos; e os Novíssimos.

Em suas aulas de Teologia Moral, o seminarista começa a estudar em detalhes a Lei de Deus que um dia ele deverá pregar, e que será o fundamento de seu ministério no confessionário. Ele aprende os princípios gerais da moralidade, e depois estuda cada uma das virtudes e os pecados e culpas opostos a elas, considerando com especial atenção os casos mais particulares que ele poderá encontrar.

Em Direito Canônico, os seminaristas tem uma visão geral do livro eclesiástico em que a prudência está codificada. Tanto o antigo quanto o novo Código de Direito Canônico são estudados para que os seminaristas vejam a diferença entre os dois códigos e sejam capazes de fazer um prudente julgamento a respeito da apricação da mente tradicional da Igreja na legislação vigente.

Avaliações

Os seminaristas fazem provas duas vezes no ano. As primeiras provas acontecem no final do primeiro semestre, no fim de Janeiro, enquanto as provas finais no segundo semestre acontecem no começo de Junho, pouco antes das ordenações. Aqueles que estão em Humanidads e seminaristas do primeiro e segundo ano fazem provas escritas, enquanto os seminaristas do terceiro ao sexto ano fazem tanto provas escritas quanto orais.

Os Irmãos

No Seminário, os Irmãos formam uma parte importante da comunidade. O Arcebispo Lefebvre escreveu no Estatuto da Fraternidade que os irmãos deveriam ser como anjos da guara de nossas comunidades. Por sua vida de oração e simplicidade e generosidade amigável, eles são uma fonte de constante edificação para todos. O Seminário é a cada de formação dos irmãos onde eles fazem um postulantado de um ano e um noviciado de também um ano. Depois disso, eles tipicamente servem um ano ou mais como irmãos professos no Seminário até que sejam mandados para assistir às escolas ou outros priorados.

O objetivo primário dos irmãos da Fraternidade Sacerdotal São Pio X é a glória de Deus, sua própria santificação, e a salvação das almas. Seu papel particular é ajudar os padres no apostolado dos priorados, seminários e escolas. Por sua vida de oração regular, e, mais concretamente, por fazerem tudo que sejam capazes, seja cuidar do jardim, cozinhar, carpintaria, secretariado; ou mais diretamente ajudar no apostolado fazendo o trabalho de sacristia, catequese, ensino, e por aí vai, eles contribuem formidavelmente para a obra e a glória de Deus.

A Capela do Seminário

A capela do Seminário é de estilo neo-gótico. Construída no final da década de 40 por dominicanos, ela está cheia de imagens próprias da Ordem Dominicana. No centro da capela, está um crucifixo preto e branco, de mármore alemão, medindo doze pés, com uma representação de São Domingos, ajoelhado com as mãos tocando os pés da Cruz. O altar também é de mármore, e ostenta um emblema mariano do Rosário em seu centro. Quase todas os vitrais representam santos e símbolos dominicanos.

Neste lugar, a capela-mor, a Missa diária é oferecida para a comunidade e para os fiéis que desejam assisti-la. O Santo Sacrifício da Missa é o ato litúrgico central na Liturgia da Igreja. É aqui que o jovem levita vai fomentar e nutrir sua fé e amor pela Vítima do Calvário, Jesus Cristo, a Quem ele poderá ser chamado um dia a imitar como sacerdote, e a oferece-Lo a Deus Pai sobre o altar.

A benção do Santíssimo Sacramento é dada toda quinta-feira e aos Domingos, e depois das Vésperas II nas festas de primeira classe. Nesse momento, o fiel louva a Deus com hinos e orações, e Deus por sua vez abençoa o fiel através de Seu sacerdote, quando ele eleva o ostensório e faz o sinal da cruz sobre aqueles presentes.

Canto Gregoriano

O Canto Gregoriano tem sido usado na Liturgia da Igreja por séculos para adicionar esplendor aos Sagrados Ritos, e para elevar as mentes e os corações dos fiéis para as coisas de Deus. Por conseguinte, é parte importante da formação do seminarista aprender como cantar canto Gregoriano e, se possível, ensiná-lo a outros.

O coral do Seminário consiste de uma dúzia de seminaristas, escolhidos pelo diretor do coral, e aprovados pelo padre responsável pelo Canto Gregoriano. O coral ensaia duas vezes por semana para a Missa Solene no Domingo e para qualquer Missa Cantada durante a semana. Para o resto da comunidade, um ensaio separado é feito uma vez por semana, e chama-se Aula Comum. Na Aula Comum, o diretor do coral, ou um membro do coral escolhido por ele, prepara a comunidade para cantar nas Missas e Vésperas da semana, e ocasionalmente revisa alguns princípios teóricos do Canto Gregoriano.

Os sermões dos diáconos

Além de serem obrigados a rezar o Breviário inteiro todos os dias, e ocasionalmente fazer a purificação dos objetos litúrgicos, os diáconos também pregam aos fiéis nas Missas Rezadas nos Domingos.

Ordenações

Em seu caminho para o sacerdócio, o seminarista recebe sete ordens da Igreja, cuja sétima é o próprio sacerdócio. Essas ordens são vários degraus calcados pelo seminarista que vai se aproximando do momento de oferecer o Santo Sacrifício. Cada ordem dá ao que a recebe uma tarefa e função específica para realizar na vida da Igreja, e m correspondente aumento de responsabilidade. No seminário, as ordens são precedidas de dois degraus preliminares os quais são necessários para sua digna recepção.

Primeiros Passos

O primeiro passo importante que o novo seminarista dá em direção ao sacerdócio, embora relativamente pequeno em si mesmo, é em seu primeiro ano, quando ele recebe a batina ou o hábito clerical, de modo que se despoja das roupas de um leigo e se alista no serviço de Deus. A batina negra lembra ao seminarista, e a aqueles que o vêm, que ele está morto para o mundo e para as coisas do mundo. Ele é lembrado no sermão que agora ele deve agir como um sacerdote, já que todos que o vêm hão de pensar isto.

Essa cerimônia toma lugar no dia 2 de fevereiro, festa da Purificação, bem como a recepção da tonsura clerical pelos seminaristas do segundo ano. Pela tonsura, o seminarista torna-se um clérigo, um membro oficial do clero da Igreja. Na cerimônia, cinco mechas de cabelo são cortadas na forma de cruz, significando a renúncia às vaidades do mundo e a disposição em tomar a cruz e seguir a Jesus Cristo.

Ordens menores

Depois destes passos preparatórios, o seminarista está pronto para receber as primeiras ordens. As primeiras quatro ordens são conhecidas como “menores” porque, diferentemente das ordens maiores, elas não conferem caráter permanente.

Os seminaristas de terceiro ano recebem as duas primeiras ordens menores de Ostiário e Leitor. É trabalho do Ostiário cuidar da Casa de Deus e das coisas que nela há, de trazer os fiéis para dentro da igreja e manter os infiéis ou irreligiosos fora.

O Leitor tem a obrigação de ler os vários ensinamentos da Igreja com clareza de discurso, para que todos possam escutá-las bem.

Os seminaristas do quarto ano recebem aos outras duas ordens de Exorcista e Acólito. O Exorcista recebe participação do poder sacerdotal de expulsar demônios. Embora o seminarista nunca será realmente chamado a realizar um exorcismo, ele tem, no entanto, uma responsabilidade de viver de maneira que os demônios não se aproximem. O Acólito é o portador das luzes nas cerimônias litúrgicas da Igreja. Portanto, ele está obrigado a fazer a luz de seu bom exemplo brilhar perante os homens.

Ordens maiores

O quinto ano é, normalmente, o ano da recepção do subdiaconato. A característica mais marcantedesta cerimônia é o verdadeiro passo a frente que o ordenando dá, significando sua total entrega ao serviço de Deus, e sua perpétua renúncia a possibilidade de casamento e vida familiar. Eles estavam, até agora, livres para voltar para o mundo. De agora em diante, eles devem dedicar-se inteiramente ao serviço da Igreja. Os subdiáconos devem também rezar diariamente as oraões do Breviário, fazer a purificação dos panos usados no Santo Sacrifício da Missa. Eles estão obrigados, portanto, a uma maior pureza de vida para que possam dignos de tal ofício.

Durante o sexto e útimo ano de seminário, o ordenando recebe o diaconato. Para os diáconos, há uma íntima participação no Sacramento da Ordem. Sua principal tarefa é proclamar o Evangelho, mas eles também podem, se necessário, distribuir a Sagrada Comunhão, administrar o Batismo, e dar a Extrema-unção. No ano seguinte, eles serão elevados a dignidade do sacerdócio se forem considerados preparados.

O dia das ordenações diaconais e presbiterais no final de Junho é o maior evento no ano do Seminário. É uma ocasião de alegria para toda a comunidade e para os fiéis presentes, que vem em grande número de todo o país, para testemunhar a criação de novos sacerdotes; sacerdotes que vão dedicar suas vidas à salvação das almas em imitação a Jesus Cristo; sacerdotes que serão fiéis a sua tarefa, e ao espírito da Fraternidade e de seu amado fundador; a espírito do sacrifício e da generosidade, o espírito de oração e união com Deus. Para os ordenandos, é a culminação de seis ou mais anos de oração, estudo, e disciplina. Tudo que eles fizeram foi em vista desse momento – o momento no qual eles receberão o caráter sacerdotal. Com o Sacramento da Ordem, o novo sacerdote recebe o poder de consagrar, de perdoar pecados, e de abençoar os fiéis.

Na cerimônia de ordenação, o bispo consagrante é o primeiro a impor suas mãos na cabeça dos ordenandos, seguido de algum outro bispo presente, e finalmente de todo o clero presente. Isso é o que é conhecido como “matéria” do sacramento.

Após o canto do prefácio e a leitura da “fórmula” sacramental do rito de ordenação, as estolas dos ordenandos são cruzadas, e eles recebem a casula. Eles agora são sacerdotes. Entoa-se o Veni Creator para implorar a assistência do Espírito Santo e então as mãos dos ordenandos são ungidas com o óleo dos catecúmenos. Suas mãos são limpas com uma toalha e eles tocam na patena, na hóstia e no cálice com seus dedos.

Quando ofertam suas velas, os novos sacerdotes concelebram a Missa junto ao bispo ordenante. Os padres assistentes ajudam-nos a seguir o Missal. Depois da comunhão, o Bispo novamente impõe suas mãos sobre os novos sacerdotes e solicita sua futura obediência. Segurando as mãos do recém-ordenado entre as suas, o Bispo o admoesta e pede-lhe que prometa-lhe obediência. O padre responde, “Promitto” – “Eu prometo”. Então o Bispo lhe dá o sinal da paz, o abençoa, e lhes dá uma “penitência”. Canta-se o Te Deum, o hino de agradecimento, e todos os servidores, ministros e novos padres e diáconos fazem uma alegra procissão de volta a sacristia para tirar fotos e dar a benção final.

Depois da cerimônia, os fiéis ansiosamente esperam por uma oportunidade de receber a primeira benção dos novos sacerdotes. O sino do Seminário toca para chamar todos os ordenados e seus convidados para o almoço de comemoração. Para os fiéis que não possuem um convite especial, o Seminário fornece uma refeição separada. O outro dia começa com a primeira Missa dos padres recém-ordenados. Um padre assistente ajuda o jovem sacerdote a seguir as rúbricas do Missal, e dá o sermão em seu lugar. Depois de assistir a uma das primeiras Missas, a maioria dos fiéis retorna para casa. Eles retornam, sem dúvidas, com força renovada para a batalha espiritual, e com gratidão para com Deus por nos conceder o dom de novos sacerdotes.

Conclusão

Este é, portanto, o santo sacerdócio; a vocação a qual cada sacerdote é chamado; a Fraternidade de São Pio X, cuja principal preocupação são os sacerdotes e a formação de bons sacerdotes; e o programa de formação que seus membros recebem. Nós esperamos que muitas de suas dúvidas tenham sido respondidas. Para aquelas que ainda permanecem, e particularmente para dúvidas mais práticas que tenham a ver com a possibilidade de entrar no seminário, nós cordialmente lhe convidamos a contactar o Reitor de nosso seminário no seguinte endereço:
Director of Vocations
St. Thomas Aquinas Seminary
21077 Quarry Hill Rd.
Winona, Minnesota 55987
507-454-8000

———————————————————————————————————

(Tradução livre da página oficial do Seminário St. Thomas Aquinas, em Winona, nos EUA: http://www.sspxseminary.org/seminary-life/life-at-the-seminary.html )

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As quinze promessas do Santo Rosário

07 Terça-feira Ago 2012

Posted by marcosmarinho33 in Da Virgem Maria, Dos Santos e Santas, História da Igreja

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[Agradeço ao Pe. Ernesto Cardozo que me enviou este texto.]

“Alguém que rezava o Saltério da Virgem Maria foi assaltado, durante sete longos anos, por espantosas tentações dos demônios, às vezes em seus sentimentos, às vezes fisicamente. E, por todo esse tempo, quase não teve consolação, a mínima que fosse. Por misericórdia de Deus, apareceu-lhe enfim a Rainha da Clemência que, acompanhada por alguns santos, visitando-o, de quando em quando, e derrotando Ela mesma a tentação, libertou-o do perigo […] e lhe confiou a tarefa de pregar este Rosário”.

No início do ano de 1475, o frade dominicano Alano da Rocha[1] decidia passar para o papel os eventos miraculosos dos quais havia sido protagonista alguns anos antes. Naquele momento, encontrava-se em Lille, onde participava, como professor de Teologia, do Capítulo da Congregação Reformada da Holanda.

Decidiu escrever seu memorial bem em tempo. A 8 de setembro daquele mesmo ano, o frade dominicano morreria em odor de santidade, no convento de Zwolle, na Holanda, aos 47 anos, entregando ao povo cristão um tesouro de inestimável valor, recebido diretamente da Virgem Maria durante uma de suas aparições: quinze promessas “a todos os que rezarem meu Rosário com devoção”.

Mas quem era Alano de la Roche, para ser alvo de tanto afeto e predileção? Um nome que provavelmente só os historiadores da Ordem Dominicana conhecem. Nascido na Bretanha (França) em 1428, foi acolhido entre os seguidores de São Domingos no mosteiro de Dinan, diocese de Saint-Malo. Ali, muito jovem, fez a profissão religiosa, para mais tarde transferir-se para o convento de Lille. Depois dos estudos de filosofia e teologia no Colégio São Tiago, de Paris, recebeu do Capítulo Geral da Ordem, em 1459, a tarefa de lecionar durante o ano escolar de 1460-1461. Nesse meio tempo, durante uma visita a Lille, em 1460, foi nomeado membro da Congregação Reformada da Holanda, para tentar levar os conventos de volta à regra de observância.

“Quando Santa Maria o salvou”

Naqueles anos cheios de afazeres, a fama de grande teólogo se espalhou por toda a Ordem. Mas se espalhou ainda mais a fama ligada a sua extraordinária devoção a Nossa Senhora. “O mencionado padre […] havia muito tempo costumava oferecer o Rosário de Maria, numa assídua devoção diária a Deus, por intermédio da advogada Maria, Mãe de Deus”, escreve Alano, falando dele mesmo em terceira pessoa. Portanto, levava “uma vida segura com Deus na Ordem de sua vocação”. Esse estado de graça, infelizmente, não durou muito. Alano conta que, a partir de 1457, “foi muito afligido por uma doença enorme e importuna, por outras tentações e em combates muito cruéis, que teve de travar”. “Deus assim permitindo (uma vez que só Ele podia livrá-lo da tentação: coisa que a Igreja conhece por experiência, e também hoje sofre), eis que foi tentado muito cruelmente pelo diabo por sete anos inteiros, foi açoitado e duramente chicoteado”.

A vida do religioso se transformara num verdadeiro calvário. A tal ponto que, num dia não especificado do ano de 1464, quando vivia no convento da cidadela francesa de Douai, como professor, chegou a decidir acabar com a própria vida. “Certo dia, passava por um lúcido desespero da alma, na igreja de sua Sagrada Ordem”, escreve Alano. “Em verdade – Deus tenha piedade de nós! –, tendo a mão estendida do tentado retirado a faca, dobrou ele o braço e desferiu contra o pescoço com a lâmina afiada um golpe tão decidido e certeiro, para matar, que teria, sem sombra de dúvida, cortado o pescoço”. Mas, no momento em que tudo já parecia comprometido, alguma coisa aconteceu, de repente. “Sim, aproximou-se, com extrema misericórdia, a salvadora Maria e, com um gesto decidido em seu socorro, segurou seu braço, não lhe permitindo continuar, deu uma bofetada no desesperado e lhe disse: ‘Que estás fazendo, infeliz? Se tivesses pedido minha ajuda, como fizeste outras vezes, não terias incorrido em perigo tão grande’. Tendo dito isso, desapareceu, e o infeliz ficou sozinho”.

As quinze promessas

Depois daquela primeira aparição, as coisas não mudaram nem um pouco. Aliás, pioraram: as tentações voltaram a se apresentar com tamanha insistência, que fizeram amadurecer nele a ideia de abandonar a vida religiosa. Como se não bastasse, adoecera também gravemente, a ponto de convencer seus confrades a lhe darem a extrema unção. Mas, uma noite, quando “jazia miseravelmente em ardentíssimos gemidos”, pôs-se a invocar a Virgem Maria. E pela segunda vez ela o visitou. Uma luz ofuscante, “entre a décima e a undécima hora”, iluminou sua cela e “apareceu, majestosa, a Beatíssima Virgem Maria, que o saudou com extrema ternura”. Como verdadeira mãe, Nossa Senhora curvou-se para tratar das enfermidades do pobre homem. Dependurou-lhe ao pescoço uma corrente feita de seus cabelos, da qual pendiam cento e cinquenta pedras preciosas, entremeadas por outras quinze, “segundo o número de seu Rosário”, anota o frade. Maria travou um pacto não apenas com ele, mas que se estendia, “de modo espiritual e invisível, àqueles que rezam seu Rosário com devoção”.

Nesse momento, Nossa Senhora lhe disse: “Exulta, portanto, e alegra-te, ó esposo, pois me fizeste exultar muitas vezes, tantas quantas me saudou com meu Rosário. No entanto, enquanto eu estava feliz, tu muitas vezes estavas angustiado […]; mas por quê? Eu estabelecera dar-te coisas doces, por isso, por muitos anos, levava-te coisas amargas. […] Vamos, exulta agora”.

E assim se deu: após sete anos de inferno, começava para Alano uma outra vida. “Quando rezava o Rosário de Maria, ficava particularmente iluminado, tomado de uma letícia admirável, unida a uma inexplicável alegria.” Um dia, justamente quando estava rezando, a Virgem, outra vez, “dignou-se fazer-lhe muitas e brevíssimas revelações”, anota. “Aqui estão elas, e estas palavras são da Mãe de Deus:

1. Aquele que perseverar na oração de meu Rosário receberá qualquer graça que pedir.

2. A todos os que rezarem meu Rosário com devoção, prometo minha especialíssima proteção especial e grandes benefícios.

3. O Rosário será um escudo fortíssimo de defesa contra o inferno; destruirá os vícios, libertará do pecado e dissipará as heresias.

4. O Rosário fará florescerem as virtudes e obterá para seus devotos a misericórdia divina; substituirá no coração dos homens o amor ao mundo pelo amor a Deus, e os elevará a desejar as coisas celestes e eternas. Quantas almas se santificarão por esse meio!

5. A alma que se encomenda a mim por meio do Rosário não perecerá.

6. Quem rezar meu Rosário com devoção, meditando seus mistérios, não será oprimido pela desgraça, nem morrerá morte desgraçada. Se converterá, se for pecador; perseverará nas graças, se for justo; e em todo caso será admitido à vida eterna.

7. Os verdadeiros devotos de meu Rosário não morrerão sem os Sacramentos da Igreja.

8. Quero que todos os devotos do meu Rosário tenham durante sua vida e em sua morte a luz e a plenitude da graça, e sejam participes dos méritos dos bem-aventurados.

9. Libertarei muito prontamente do Purgatório as almas devotas do meu Rosário.

10. Os filhos verdadeiros de meu Rosário gozarão no Céu uma glória singular.

11. Tudo o que me pedirem por meio de meu Rosário, obterão prontamente.

12. Aqueles que propagarem meu Rosário serão socorridos por mim em todas as suas necessidades.

13. Todos os que rezem o Rosário terão por irmãos, durante a vida e na hora da morte, os bem-aventurados do Céu.

14. Aqueles que rezam meu Rosário são todos meus filhos amantíssimos, e irmãos de meu filho unigênito Jesus Cristo.

15. A devoção a meu Rosário é um sinal de predestinação à glória”[2].

Depois de “entregar” as quinze promessas, a Virgem se despediu, pedindo a Alano um gesto de obediência: “Prega as coisas que viste e ouviste. Não tenhas nenhum receio: eu estou contigo; eu te ajudarei e a todos os meus salmodiantes. Castigarei aqueles que se opuserem a ti”.

E Alano obedeceu prontamente: do biênio 1464-1465, período das aparições, até sua morte, o dominicano não faria mais nada a não ser defender, por meio da pregação, a amada devoção mariana, e instituir as Irmandades relacionadas com ela. Chegou mesmo a convencer, em 1474, o Capítulo dos dominicanos da Holanda a prescrever, pela primeira vez, o Rosário como oração a ser rezada pelas intenções dos vivos e dos mortos. Também nesse ano, em Frankfurt, na igreja dos dominicanos, era erigido o primeiro altar para uma Irmandade do Rosário

Enquanto isso, no último ano de sua vida, 1475, Alano pôs-se a escrever a Apologia do Rosário de Maria, dirigida a Ferrico[3], Bispo de Tournai (França), a fim de contar tudo o que lhe havia acontecido onze anos antes. Antes de voltar a Rostock, para reiniciar o ano letivo, parou em Zwolle, onde, em 15 de agosto, festa da Assunção de Maria Santíssima, adoeceu gravemente.

Cercado pelos confrades, que havia tempo já o consideravam beato, morreu na vigília da festa da Natividade da Bem-Aventurada Virgem Maria, celebrada a 8 de setembro.

Ele foi o grande apóstolo da propagação do Rosário, oração mariana que ele preferia chamar “Saltério da Virgem”, para o qual estabeleceu as características atuais, aumentando as 50 Ave-Marias que já se costumava rezar, mais 100, num total de 150, divididas em dezenas, intercaladas por 15 Pater-Noster; também fixou os cinco temas de meditação que hoje chamamos mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos. É seu mérito ter restabelecido a devoção ao Santo Rosário ensinada por São Domingo apenas um séculos antes e esquecida após sua morte.

Relata o Beato Alano uma aparição de São Domingos, na qual este lhe narrou o seguinte episódio: Rezando o Rosário, estava ele preparando-se para fazer na Catedral de Notre Dame de Paris um sermão sobre São João Evangelista. Apareceu-lhe então Nossa Senhora e lhe entregou um pergaminho, dizendo: “Domingos, por melhor que seja o sermão que decidiste pregar, trago aqui outro melhor”. Muito contente, leu o pergaminho, agradeceu de todo coração a Maria e se dirigiu ao púlpito para começar a pregação. Diante dele estavam os professores e alunos da Universidade de Paris, além de grande número de pessoas de importância. Sobre o Apóstolo São João, apenas afirmou o quanto este merecera ter sido escolhido para guardião da Rainha do Céu. Em seguida, acrescentou: “Senhores e mestres ilustres, estais acostumados a ouvir sermões elegantes e sábios, porém, eu não quero dirigir-vos as doutas palavras da sabedoria humana, mas mostrar-vos o Espírito de Deus e sua virtude”. E então São Domingos passou a explicar a Ave-Maria, como lhe tinha ensinado Nossa Senhora, comovendo assim, profundamente, aquele auditório de homens cultos.

Muitos foram os escritos dele, entre os quais figura o Saltério de Jesus e Maria (PDF), publicado em 1478 por Adriano Van der Meer, Superior da Congregação Dominicana da Holanda.

Fontes: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8.


[1] Alain de La Roche (1428-1475). Para mais informações sobre este beato podem ser lidos os artigos em inglês publicados no Catholic Online, com o título de “Bl. Alan de la Roche” e na The Catholic Enciclopedia com o título de “Alanus de Rupe“.

[2] Revisado com base nesta fonte.

[3] Ferry de Cluny.

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Por que os Católicos fazem isso?

14 Terça-feira Fev 2012

Posted by marcosmarinho33 in Uncategorized

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Entenda os ‘por quês’ dos costumes Católicos

Fonte: http://igrejamilitante.wordpress.com/

A adoração católica é chamada Santa Missa e, ao contrário do que as pessoas possam pensar, não é o mesmo que um culto cristão comum. Na verdade, a Missa católica não é um culto, mas sim um Sacrifício e uma Celebração de ação de Graças. No entanto,  antes mesmo que a Santa Missa comece, há  várias tradições que se vêem na igreja, como a bênção com água benta, o sinal da Cruz e assim por diante, que podem parecer estranhas num primeiro olhar, mas que seguramante  podem ser explicadas, pois todas têm uma razão de ser e se remetem aos primórdios da Cristandade.

Sinal da Cruz fora da igreja – Toda Igreja Católica possui um altar onde se encontra o tabernáculo. Semelhantemente à Arca da Aliança do Antigo Testamento, que guardava o Maná celestial e se encontrava no Lugar Sagrado do Templo Judeu, o tabernáculo Católico possui a presença perpétua de Nosso Senhor Jesus Cristo. Como sinal de reverência à presença de Cristo no Altar, o Católico devoto faz o sinal da Cruz, em honra à Santíssima Trindade, ou a genuflexão do joelho direito, ao passar diante de uma igreja. Não por superstição, como alguns imaginam, mas por devoção e reverência ao Cristo Salvador.

Velas na Igreja – Simbolizam os ensinamentos de Cristo, ‘a luz do mundo “(João, 8:12). Elas também simbolizam a oração. Sempre que alguém não pode estar fisicamente ou permanecer na igreja para orar por um pedido especial, é comum que se acenda uma vela para simbolizar a oração que será feita em outro lugar, enquanto a vela se queima na Igreja, o templo de Deus.

Incenso – Usado como um símbolo de oração desde os tempos bíblicos. A fumaça flutua para cima à Deus, e representa nossas orações (Apocalipse 5:8, 8:3-4). O incenso é usado igualmente como um símbolo de purificação, um costume cristão-judaico.

Estátuas, esculturas e imagens de santos – Esse costume remonta à Bíblia, quando Deus ordenou aos israelitas para preencherem o local de culto com imagens de anjos (Êxodo 25:18-20, 1 Crônicas 28:18-19, Ezequiel 41 :17-20). Isso ocorre porque lugares sagrados simbolizam o céu, e para nos lembrarmos de Deus, são portanto representações dos habitantes do céu no lugar de adoração na terra. Além disso, os cristãos antigos, antes da Bíblia ter sido compelida pela Igreja, na sua maioria eram pessoas iliteradas e não sabiam ler. O uso de pinturas, estátuas e imagens representando cenas do Evangelho ou personagens bíblicos era uma maneira prática e eficaz de ensinar o Evangelho, transmitindo-o e mantendo vivos os ensinamentos de Jesus.

O Tabernáculo – É o lugar onde a Eucaristia é mantida para devoção dos fiéis. O Tabernáculo é como a Arca da Aliança Bíblica que detinha o maná que Deus enviou do céu para os israelitas comerem no deserto (Êxodo 16:4). Jesus na Eucaristia é o maná que Deus enviou do céu para os cristãos católicos (Jo 6:32,41). Desta forma, o Tabernáculo detém a Eucaristia, como a Arca da Aliança no Antigo Testamento. Os católicos acreditam que Jesus está realmente presente na Eucaristia, é por isso em sinal de respeito e reverência, elas genuflexionam brevemente quando passam na frente do tabernáculo, ou se benzem ao passar em frente a uma igreja.

As vestes Sacerdotais – Padres católicos não podem usar qualquer roupa durante a celebração eclesial – (Ex 28:4-42), sobretudo ao celebrarem o Santo Sacrifício da Missa. As vestes litúrgicas,  de maneira alguma,  se preservaram as mesmas desde a fundação da Igreja até os dias atuais. Não são tão grandes, entretanto, as diferenças entre as vestimentas usadas durante o Santo Sacrifício no período pré-Constantino, e mesmo nos séculos seguintes, e os agora hábitos usados nas celebrações da Igreja, entre o rito da Igreja primitiva, e nos tempos modernos. Os parâmentos litúrgicos do Rito Latino são: o amice, alva, cíngulo, manípulo, a estola, tunicle, dalmática, sobrepeliz, casula, enfrentar, sandálias, meias (ou coturnos), luvas de mitra, pálio succinctorium, Fanone.

A bênção com água benta – Igrejas católicas têm, frequentemente, fontes de água benta, ou uma pia batismal, logo na entrada principal da igreja, em que os fiéis vão mergulhar seus dedos ao entrarem na Igreja, para se  benzerem ao fazerem o sinal da cruz. Os Judeus do Antigo Testamento lavavam-se com água antes de entrarem no recinto do Templo. Partindo de um ritual familiar para os judeus, João Batista utilizou-se da água para executar o ritual do batismo, quem então representava o arrependimento dos pecados e purificação. Então, quando nós bezemos com o sinal da Cruz e a água benta ao entrarmos e sairmos da igreja, lembramos essa tradição.  Essa prática se refere, portanto, ao nosso batismo, pois com água somos regenerados em Cristo e recebidos em Sua Igreja.

Por que os católicos rezam sete vezes ao dia?

O Divino Ofício, ou Liturgia das Horas, é uma antiga tradição que vem do Antigo Testamento, desde o rei Davi, “sete vezes por dia louvarei o teu nome, ó Senhor”. Esta tradição católica é observada obrigatoriamente por religiosos ordenados, mas também expontâneamente por membros leigos da Igreja.

Por que marcam as frontes com cinzas na quarta-feira de cinzas?

Para os judeus antigos, vestir-se com pano de saco e cobrir-se ou sentar em cinzas mostrava arrependimento e humildade, esse costume era tido como uma penitência. Assim, a igreja primitiva adotou a prática do uso de cinzas no início da Quaresma para mostrar arrependimento e conversão à Deus. As cinzas hoje nos lembram “Convertei-vos e permanecei fiéis ao Evangelho”, bem como que o nosso tempo na terra passará, mas a nossa vida no céu dura para sempre.

Por que acreditamos que o Papa é o chefe da Igreja na terra?

A Igreja é o corpo de Jesus Cristo, onde Jesus é a Cabeça e nós somos os membros. Jesus deu a Pedro o seu nome, que significa pedra, e declarou que construiria sua Igreja sobre aquela pedra, Pedro. Jesus também deu a Pedro as “chaves do reino dos céus” (Mateus 16:19) e prometeu aos Apóstolos que as “portas do inferno não prevaleceriam contra Sua Igreja”.

Nos dias de Jesus, a pessoa que possuía as chaves do reino representava o rei, e somente o rei poderia confiar as chaves do seu reino para quem ele decidisse. Quando Jesus entregou as chaves do seu Reino à Pedro ele estava fazendo uma referência simbólica ao gesto do Rei Davi no Antigo Testamento; quando ele deu as chaves do seu reino ao seu primeiro-ministro, confiando a ele reconhecimento público de sua autoridade enquanto seu leal representante. Este foi um gesto de confiança, mas também um sinal para os outros ministros de aquele que portava a chave era o líder dentre os ministros, e poderia agir com a autoridade de tal. Do mesmo modo, Jesus sinalizou que à Pedro fora dado um papel especial de liderança. Os Católicos acreditam que a autoridade de São Pedro não terminou com sua morte, mas foi passada aos seus sucessores, que também tornaram-se chefes da Igreja.

Porque nós cantamos canções de Natal?

A palavra “carol” significa canção de alegria. São Francisco de Assis introduziu pela primeira vez o espírito alegre das corolas ou canções de Natal na Europa no século 13. Ele criou presépios da natividade onde os atores cantavam a história do nascimento de Cristo na linguagem do público. São Francisco incentivava aos ouvintes a juntarem-se ao tempo festivo, as canções da espalharam da Itália para o resto da Europa e depois para as Américas.

Por que dizem “amém” ao final de algumas orações?

Em hebraico, a palavra “Amém” compartilha a mesma raiz que a palavra “acreditar”. Esta raiz também expressa confiança e fidelidade. Quando você lê os evangelhos, em algumas traduções verá que às vezes Jesus usa a palavra “Amém” duas vezes em uma linha para sublinhar a confiabilidade de seu ensinamento. Ele queria que seus ouvintes prestassem uma atenção especial ao que estava a dizer. Assim, quando dizemos “amém” no final de uma oração, reforçamos a nossa fé no que foi dito. Também expressamos nossa confiança de que Deus ouve nossas orações.

Por que os católicos dão o sinal da paz durante a missa?

As primeiras palavras de Jesus aos seus apóstolos depois da ressurreição foram: “A paz esteja convosco” (João 20:21). Depois disso o medo dos Apóstolos desapareceu. Ao oferecer um ao outro o sinal da paz na missa, partilhamos essa paz com todo o Corpo de Cristo. Jesus também nos disse para nos reconciliarmos uns com os outros antes de nos aproximarmos do altar de Deus (Mateus 5:23). Assim, o sinal da paz é um gesto de reconciliação com aqueles que nos rodeiam, antes de vir ao altar para receber a Sagrada Comunhão. Note que os registros já a partir de cerca de 155 DC por Justino Mártir mostram que os primeiros cristãos trocavam o beijo da paz na celebração da Missa, quando as orações eram concluídas. Esta tradição parece ter persistido e evoluído para o aperto de mão de hoje.

Por que  fazem o sinal da cruz?

No século dois, quando esta prática começou, era comum a honrar um governante com um gesto de respeito, seja dobrando o joelho  ou prostando-se até a tocar a testa no solo, tais gestos eram maneiras rituais para mostrar humildade diante de uma pessoa de grande poder. O Sinal da Cruz tornou-se uma tal devoção à Santíssima Trindade, e agia como um sinal de reconhecimento entre os primeiros cristãos, que às vezes eram forçados a adorar em segredo. Agora, uma oração em si mesma, cada vez que fazemos o sinal da cruz que expressamos o respeito a Deus e fazemos descer as suas bênçãos sobre nós mesmos.

Por que os católicos se benzem ao entrarem e sairem da igreja?

Antigo Testamento os judeus lavadas com água antes de entrar no recinto do Templo. Partindo de um ritual familiar para os judeus, João Batista da água usada para representar o arrependimento dos pecados e purificação. Então, quando nós nos benzemos com água benta ao entrar e sair da igreja lembramos essa história. Igualmente, esse gesto se recorda do nosso batismo, pois com a água do batismo são lavados nossos pecados e renunciamos à Satanás e suas obras.

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“A mão da Igreja é doce também quando golpeia, pois é a mão de uma mãe.” S. Pio de Pietrelcina

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‎”Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica. Um me distingue, o outro me evidencia. É por este sobrenome que nosso povo é diferenciado dos que são chamados heréticos.” São Paciano de Barcelona

‎”Foi Sempre privilégio da Igreja, Vencer quando é ferida, Progredir quando é abandonada, e Crescer em ciência quando é atacada.” (Santo Hilario de Potiers, Dr. da Igreja).

‎"Foi Sempre privilégio da Igreja, Vencer quando é ferida, Progredir quando é abandonada, e Crescer em ciência quando é atacada." (Santo Hilario de Potiers, Dr. da Igreja).

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