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A Vida no Seminário

05 Sexta-feira Abr 2013

Posted by marcosmarinho33 in Da Santa Igreja

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A instituição na qual um futuro sacerdote recebe sua formação intelectual e espiritual é conhecida como seminário. A Igreja nem sempre formou seus sacerdotes exatamente da mesma maneira, e parece que o Cardeal inglês Reginald Pole foi o primeiro a usar a palavra “seminário”, em 1556, no presente sentido de uma instituição exclusivamente dedicada à formação do clero.

Para os primeiros séculos da Igreja, a escassa documentação nos leva a crer que os jovens que desejavam abraçar o sacerdócio recebiam sua instrução privadamente, vivendo, aprendendo e ajudando o Bispo local e com seu presbitério. Gradualmente, um treinamento mais formal resultou nos colégios das catedrais, sob a supervisão do Bispo, e dos mosteiros; depois, na Idade Média, ao redor das grandes Universidades.

Mas várias circunstâncias levaram a abusos e uma progressiva degeneração dos estudos e da disciplina até o Concílio de Trento. Este santo Concílio, o qual deu atenção bastante meticulosa para o aprimoramento da disciplina da Igreja em todos os domínios, preocupava-se de modo especial com a questão da formação sacerdotal. Finalmente, em 1563, em sua 23ª sessão, o Concílio sancionou seu decreto para os seminários, que permanece até hoje a lei fundamental para a formação clerical.

O seminário existe, por conseguinte, para formar padres. O que essa formação abrange? A natureza do sacerdócio nos dá a simples resposta: o padre vai receber poderes espirituais extremamente gigantescos sobre tanto o Corpo como o Sangue de Cristo, que ele consagra na Missa e distribui na Sagrada Comunhão, e sobre o Corpo Místico de Cristo, isto é, os membros da Igreja, cujos pecados ele absolve; além disso ele deve instruir os fiéis nos ensinamentos e na lei de Deus.

Sua preparação no seminário corresponde a essas tarefas futuras: ele estuda em grandes detalhes os vários aspectos da doutrina que um dia ele deverá transmitir aos outros, e defender em nome da Igreja; e ele se santifica para que seja verdadeiramente um alter Christus (“um outro Cristo”) em sua vida, assim como ele o é pelos poderes que recebe. Cada detalhe de sua vida e de seus estudos no seminário procura preparar o jovem em sua vocação.

A Vida Cotidiana

Horários

A vida diária no Seminário nem sempre é fácil, especialmente para os recém-chegados. O dia começa com o toque do despertar às 6:00. Às 6:30, a comunidade se reúne para recitar o Ofício da Prima na capela-mor. Uma meditação de 25 minutos se segue à Prima, e a Santa Missa é oferecida às 7:15. Concluída a Missa, é feita uma ação de graças de dez minutos.

A comunidade então se reúne no refeitório para um rápido café-da-manhã, e depois uma série de tarefas precisa ser feita antes da primeira aula do dia. Essas tarefas incluem arrumar mesas, lavar louças, limpar banheiros, varrer o chão, limpar as salas de aula, e geralmente manter tudo em boa ordem. Todas as tarefas são colocadas num mural, e elas mudam a cada semana, dando aos seminaristas experiência variada das diferentes tarefas designadas para eles.

As aulas da manhã começam às 9:00 e terminam às 11:50, com um intervalo de dez minutos entre cada uma das três aulas. Ao som do sino de 11:50, aqueles que foram designados para arranjar as mesas e lavar as louças na semana vão à cozinha e ao refeitório para arrumar a refeição comunitária e almoçar meia hora mais cedo. O resto da comunidade vai a capela às 12:15 para recitar o Ofício da Sexta. Depois da Sexta, é rezado o Angelus e todos vão para o refeitório almoçar.

Durante esta refeição, bem como durante o jantar, é lido um trecho do Novo Testamento em Latim, seguido de uma leitura, em Inglês, de um livro de interesse religioso, político ou histórico. A leitura geralmente dura por cerca de três quartos da refeição, e no fim, toca-se um sino; a leitura para, e a comunidade tem permissão para conversar. Nos Domingos e dias de festa, o sino é tocado imediatamente depois do pequeno trecho da Escritura. Quando o sino toca novamente, ao final da refeição, todos se levantam para dar graças a Deus.

O lazer da tarde começa então para aqueles que não têm nenhum trabalho para fazer. Dura cerca de 55 minutos. Pode-se passar o recreio fazendo uma caminhada, descansar na sala de recreação com uma leitura, jogando jogos de tabuleiro, ping-pong, futebol. Dependendo da estação, pode-se também jogar basquete, vôlei, futebol, hóquei, sledding ou até mesmo guerra de bola de neve! Alguns seminaristas gostam de passar este tempo na Sala de Música desenvolvendo seu talento musical com o piano ou outros instrumentos.

Das 14:00 às 17:30, é hora de estudar para a maior parte da comunidade, com uma pausa para o lanche de quinze minutos às 15:30. Às 17:30, nas segundas, terças, quintas e sábados, o reitor ou o vice-reitor dá uma conferência espiritual. Nas sextas-feiras, canto gregoriano é praticado pela comunidade antes da conferência espiritual.

Às 18:00 é rezado o Terço por toda a comunidade. Nas quintas-feiras, a Benção do Santíssimo Sacramento toma o lugar do Terço, que então é rezado privadamente.

O jantar é às 18:30 e é seguido de uma curta recreação de cerca de quarenta minutos. Para a recreação da noite, os seminaristas fazem caminhadas, jogam jogos de tabuleiros ou de cartas, leem, ou jogam futebol, bilhar, ping-pong. No fim da primavera e começo do verão, futebol, vôlei, e basquete são bastante apreciadas (bem como hóquei no inverno).

Às 19:45 o sino toca acabando com o tempo para o lazer e o começo da hora de estudo, que dura até 20:40. Para os estudantes de Humanidades e do Primeiro Ano, o tempo de estudo é feito no Salão de Estudos. Aqui, em uma das salas, um diácono é designado para auxiliar os seminaristas enquanto estudam.

Às 20:45, o Ofício noturno das Completas é cantado na capela para agradecer a Deus pelas graças e bençãos do dia, e para pedir Seu contínuo auxílio e proteção. Quando as Completas terminam, o dia termina e o silêncio desce sobre o Seminário com mais rigidez do que o silêncio habitual. Desde cerca de 21:05 até 22:00, os seminaristas podem ficar na capela ou ir para seus quartos para se prepararem para dormir e para um outro dia a serviço de Deus. Às 22:00, os seminaristas devem desligar as luzes e ir dormir. Durante o Grande Silêncio, das 22:00 às 6:00 do outro dia, nenhuma torneira deve ser aberta e todo barulho deve ser evitado.

Nos Domingos e dias de festa, o horário varia um pouco por causa da solenidade das cerimônias litúrgicas. Não há aulas nesses dias, e há períodos maiores de recreação; os seminaristas também tem as tardes de quarta-feira de folga para lazer ou (com permissão) para ir a cidade fazer compras necessárias.

O espírito de oração, nutrido tantas vezes durante o dia na capela, e na devoção pessoal de cada um, permeia toda a existência do seminarista, enquanto este se esforça para se conformar plenamente com o exemplo de Nosso Senhor, cujo ministro ele espera se tornar. Todos os demais convivem em espírito de caridade fraternal, assim como a Igreja sempre considerou ideal tanto para os padres quanto para os futuros padres, ajudando-se mutualmente pela amizade, auxílio e encorajamento.

Silêncio

O fervor de uma casa religiosa pode ser medido pela observância da regra do silêncio. O silêncio é um meio indispensável para a oração, para o recolhimento, e para a união com Deus. Ele é, consequentemente, a regra mais importante do Seminário. Com raras exceções, deve-se guardar o silêncio em todos os momentos, fora das horas de lazer. Além do silêncio geral, há o Grande Silêncio. Este começa quando o sino toca para as Completas, às 20:45. Às 22:00, um silêncio ainda mais perfeito deve ser observado, não fazendo correr água até as 6:00 da manhã seguinte.

Depois do café da manhã, quando recomeça o serviço das refeições, termina o Grande Silêncio. É permitido falar, se necessário, durante as refeições, para melhor cumprir a tarefa, mas o silêncio geral ainda deve ser observado. Desta maneira, os seminaristas são lembrados que seu trabalho deve ser feito em união com Deus, e oferecido a Ele com uma intenção sobrenatural.

Trabalhos manuais

Os trabalhos manuais constituem grande parte do dia para os seminaristas no Sábado, bem como para os irmãos religiosos nos outros dias da semana. O dito trabalho pode incluir qualquer coisa desde cortar madeira a varrer folhas, cuidar da sacristia, digitar algo nos computadores, trabalhar nas caldeiras do Seminário, consertar carros, pintar, limpar, e por aí vai. Todo esse trabalho é feito a tarde, logo após a hora de lazer do meio-dia, e dura aproximadamente duas horas e meia.

Lazer

Nos Domingos e nas quartas-feiras, após o almoço, a comunidade tem uma hora de lazer maior. Há várias possíveis atividades e todos são livres para fazerem o que quiserem, embora seja necessário estar fora do prédio do seminário e com pelo menos um outro seminarista por duas horas.

Na primavera e no verão, pode-se ocupar em várias atividades como futebol, basquete, vôlei, bocce, e cavalgar; no outono e no inverso: beisebol, futebol americano, sledding, e guerra de bolas de neve! Há sempre um grupo regular de seminaristas fazendo caminhada e bastante espaço para andar no seminário para aqueles que se interessam.

Além da recreação de Domingo e de quarta-feira, há também vários dias de festas e solenidades durante o ano. Nesses dias, o cronograma é o mesmo do Domingo. Durante o ano, o Seminário concede cinco dias livres: o Dia de Ação de Graças, três dias de fevereiro seguidos às provas de meio do ano e à recepção da batina e da tonsura, e na segunda-feira após Pentecostes. Nos dias livres, depois de assistir a Santa Missa, os seminaristas podem passar o dia como quiserem, contanto que voltem ao Seminário às 20:45 para as Completas.

As trilhas em comunidade são outra atividade de lazer pela qual todos esperam ansiosamente. Estas trilhas consistem em uma atividade que toma o dia todo, preparada previamente por alguns seminaristas, onde um caminho de oito a dez milhas é percorrido por toda a comunidade. Na véspera do grande dia, os organizadores devem garantir comida o bastante para o almoço. No dia, todos amontoam-se no ônibus do Seminário e nos carros de apoio às 9:00, ansiosos por esquecer ao menos por um tempo seus estudos e relaxar. As trilhas normalmente acabam às 16:00 e na volta para o Seminário, os trilheiros fatigados asseiam-se para rezar o Terço. Os seminaristas sempre esperam ansiosamente para o almoço na trilha, pois geralmente é de pizza e cerveja!

O quarto do seminarista

O quarto do seminarista é modesto. Tem uma cama, uma escrivaninha e uma cadeira, uma pia, uma cômoda e um guarda-roupa para as roupas, algumas estantes para livros, e um crucifixo. O seminarista deve aprender a amar seu quarto com os propósitos de estudo e oração. É principalmente aqui que ele deve aprender a adquirir as duas condições indispensáveis para o apostolado sacerdotal: a doutrina e a piedade.

Os estudos do seminarista

O dia do seminarista é equilibrado entre estudo, oração, trabalho e lazer, com ênfase no estudo. Estudo e piedade são qualidades necessárias para um futuro padre, por isso o cronograma do Seminário é feito visando este equilíbrio.

Humanidades

O propósito do ano extra de Humanidades é dar aos estudantes uma base nas matérias que são fundamentais para fornecer uma formação sólida e natural para os futuros sacerdotes; uma formação que falta em muitos dos jovens que se apresentam ao Seminário hoje.

Em Religião, as verdades básicas de Fé são vistas como em uma típica catequese. Em História, os jovens são ensinados sobre a Antiguidade Clássica e como a civilização cristã foi inconscientemente preparada pelos gregos e romanos. Em Literatura, os seminaristas aprendem os vários estágios do desenvolvimento da literatura através dos séculos, e como este instrumento poderoso formou os pensamentos, discursos e acordos da civilização cristã. Gramática e Redação ajudam o jovens a se expressar com inteligência e clareza, e a serem capazes de compreender os textos que lhe são dados. Latim também é ensinado para dar ao recém-chegado uma introdução à língua da Igreja. Uma compreensão e apreciação de boa música é uma outra ferramenta para o apostolado sacerdotal, e por isso os estudantes são apresentados às músicas dos grandes compositores e são ensinados um pouco de história e teoria da Música.

Ano de Espiritualidade (1º ano)

O primeiro ano, ou ano da espiritualidade, pretende fazer o novo seminarista a se acostumar com as coisas de Deus e à vida espiritual da alma, e prepará-lo melhor para os estudos sacerdotais.

O estudo de Teologia Mística e Ascética constitui a essência do ano da espiritualidade. O seminarista aqui conhece o que é a vida espiritual, e os princípios de como alcançar a perfeição cristã.

Em Atos do Magistério, os seminaristas estudam a doutrina da Igreja contida nas encíclicas papais, especialmente os Papas dos dois últimos séculos, até e inclusive Pio XII, que lidou com os erros do modernismo, liberalismo, naturalismo e afins.

Latim continua sendo estudado pelos seminaristas para desenvolver uma maior proficiência na linguagem da Igreja e em sua Liturgia.

No primeiro ano de Escrituras, os seminaristas aprendem a história das Sagradas Escrituras e termos peculiares como inspiração, autenticidade, canonicidade, e sua inerrância em relação a Verdade Revelada.

Nas aulas de Liturgia, a história da Sagrada Liturgia da Igreja é revista, com uma explicação do belo simbolismo em todos os elementos que constituem a Liturgia. A revolução litúrgica da última metade do séc. XX é uma importante parte do curso.

Canto gregoriano é outra parte importante da formação de um seminarista. Diferenciando-se substancialmente da música moderna, tanto na notação e na estrutura geral, o Canto aparenta ser um desafio para a maioria dos seminaristas, mas é a música litúrgica mais antiga e valorizada música litúrgica da Igreja.

Nos cinco anos de estudo intenso e exigente que se seguem, o seminarista estudará cada um dos seguintes temais gerais por um período de dois, três, ou quatro anos, cuidadosamente fiel ao ensinamento do Doutor Angélico, Santo Tomás de Aquino, cuja obra a Igreja adotou oficialmente como base para a educação sacerdotal.

Segundo Ano

 O curso de Filosofia é uma rotação de dois anos, compreendendo o segundo e o terceiro ano no currículo normal do Seminário. Aqui os seminaristas são introduzidos a um campo que é, para a maioria deles, desconhecido. Lógica, Cosmologia e Psicologia, Ética, Apologética, e História da Igreja são as novas matérias que serão estudadas no Segundo Ano.

Em Lógica, os seminaristas são ensinados a pensar com retidão, a debater um assunto com clareza, e reconhecer error ou falácias nos argumentos que lhes sejam apresentados. Os seminaristas de segundo e terceiro ano juntam-se para estudar um dos cursos “menores” de Filosofia – Cosmologia, Psicologia, Introdução a Filosofia, e Ética – cada um durando um semestre. Em Cosmologia, os seminaristas aprendem como os antigos filósofos observaram, explicaram, e categorizaram o Universo físico. Psicologia é a matéria na qual se estuda a alma humana de acordo com os ensinamentos de Aristóteles e Sto. Tomás de Aquino. Ética consiste no estudo dos princípios de conduta moral e, assim, serve de introdução básica para o estudo de Teologia Moral. Além de Filosofia, os seminaristas de segundo ano estudam Apologética, História da Igreja, e Sagrada Escritura.

Apologética, um curso de dois anos, estabelece a veracidade, autenticidade e a autoridade da Revelação Divina, e os meios para provar o papel único da Igreja como a única intérprete da Revelação. O alvo primário não é provar as verdades de Fé, mas mostrar que elas estão em perfeita harmonia com a razão, e que é adequado crer nelas. O curso demonstra, por exemplo, a possibilidade da Revelação Divina pela qual nós possuímos os artigos de Fé. Períodos posteriores do curso provam que Nosso Senhor fundou uma Igreja visível que é Una, Santa, Católica e Apostólica, que não é outra além da presente Igreja Católica.

A História da Igreja, que começa no segundo ano, extende-se até o quinto ano, e familiariza o seminarista com os vinte séculos da gloriosa história da Igreja, proporcionando-lhe inestimáveis exemplos e lições, e munindo-lhe para refutar as falsidades históricas dos hereges e inimigos da Fé contemporâneos.

Sagradas Escrituras é o único curso que é estudado em todos os seis anos de Seminário. Durante esses anos de formação, o seminarista nunca deixa os livros sagrados através dos quais, juntamente com a Tradição, Deus nos ensina aquilo que devemos crer. Cursos gerais oferecem uma introdução ao Antigo e Novo Testamentos; outros cursos tomam um livro em particular, ou uma série de livros, e examinam-nos mais detalhadamente, preparando o futuro sacerdote para fazer o mesmo com aqueles que ele não estudará nas aulas.

Terceiro Ano

O terceiro ano, ou segundo ano de Filosofia, é o ano de Metafísica. A maioria das matérias do segundo ano continuam também no terceiro, por isso Metafísica é a única que pede explicação. Aqui o seminarista aplica-se ao estudo meticuloso das mais elevadas leis e princípios gerais do Ser, e a Teodicéia, o estudo de Deus à luz da razão humana. É indiscutivelmente a matéria mais “assustadora” a ser encarada no seminário, mesmo para aqueles seminaristas de mente mais especuladora. O conhecimento adquirido, porém, é a recompensa do esforço necessário para aprender bem a matéria. Ela é fundamental para uma real compreensão da Teologia, especialmente no que tange à Ssma. Trindade, a Encarnação, e os Sacramentos.

Quarto, Quinto e Sexto Ano

O quarto, quinto, e sexto ano do Seminário são primeiramente dedicados ao estudo de Teologia Dogmática e Moral, e Direito Canônico. Os seminaristas desses anos assistem aulas juntos num ciclo de três anos. Os estudos de Sagrada Escritura e História continuam nesses anos.

Teologia Dogmática é dividida em duas classes separadas: Dogma I e Dogma II. O propósito de Dogma I é dar ao seminarista um conhecimento mais profundo das principais verdades de Fé. Em Dogma II é estuda as doutrinas que ou surgem ou complementa as verdades principais. Em ambas as disciplinas, estuda-se a divina Revelação contida nas Escrituras e na Tradição de um outro ponto de vista: o que o seminarista deve crer, e o que ele irá um dia explicar para os outros. Aqui o seminarista contempla Deus, Uno e Trino; a Criação; graça e pecado; Cristo e a Redenção; os Sacramentos; e os Novíssimos.

Em suas aulas de Teologia Moral, o seminarista começa a estudar em detalhes a Lei de Deus que um dia ele deverá pregar, e que será o fundamento de seu ministério no confessionário. Ele aprende os princípios gerais da moralidade, e depois estuda cada uma das virtudes e os pecados e culpas opostos a elas, considerando com especial atenção os casos mais particulares que ele poderá encontrar.

Em Direito Canônico, os seminaristas tem uma visão geral do livro eclesiástico em que a prudência está codificada. Tanto o antigo quanto o novo Código de Direito Canônico são estudados para que os seminaristas vejam a diferença entre os dois códigos e sejam capazes de fazer um prudente julgamento a respeito da apricação da mente tradicional da Igreja na legislação vigente.

Avaliações

Os seminaristas fazem provas duas vezes no ano. As primeiras provas acontecem no final do primeiro semestre, no fim de Janeiro, enquanto as provas finais no segundo semestre acontecem no começo de Junho, pouco antes das ordenações. Aqueles que estão em Humanidads e seminaristas do primeiro e segundo ano fazem provas escritas, enquanto os seminaristas do terceiro ao sexto ano fazem tanto provas escritas quanto orais.

Os Irmãos

No Seminário, os Irmãos formam uma parte importante da comunidade. O Arcebispo Lefebvre escreveu no Estatuto da Fraternidade que os irmãos deveriam ser como anjos da guara de nossas comunidades. Por sua vida de oração e simplicidade e generosidade amigável, eles são uma fonte de constante edificação para todos. O Seminário é a cada de formação dos irmãos onde eles fazem um postulantado de um ano e um noviciado de também um ano. Depois disso, eles tipicamente servem um ano ou mais como irmãos professos no Seminário até que sejam mandados para assistir às escolas ou outros priorados.

O objetivo primário dos irmãos da Fraternidade Sacerdotal São Pio X é a glória de Deus, sua própria santificação, e a salvação das almas. Seu papel particular é ajudar os padres no apostolado dos priorados, seminários e escolas. Por sua vida de oração regular, e, mais concretamente, por fazerem tudo que sejam capazes, seja cuidar do jardim, cozinhar, carpintaria, secretariado; ou mais diretamente ajudar no apostolado fazendo o trabalho de sacristia, catequese, ensino, e por aí vai, eles contribuem formidavelmente para a obra e a glória de Deus.

A Capela do Seminário

A capela do Seminário é de estilo neo-gótico. Construída no final da década de 40 por dominicanos, ela está cheia de imagens próprias da Ordem Dominicana. No centro da capela, está um crucifixo preto e branco, de mármore alemão, medindo doze pés, com uma representação de São Domingos, ajoelhado com as mãos tocando os pés da Cruz. O altar também é de mármore, e ostenta um emblema mariano do Rosário em seu centro. Quase todas os vitrais representam santos e símbolos dominicanos.

Neste lugar, a capela-mor, a Missa diária é oferecida para a comunidade e para os fiéis que desejam assisti-la. O Santo Sacrifício da Missa é o ato litúrgico central na Liturgia da Igreja. É aqui que o jovem levita vai fomentar e nutrir sua fé e amor pela Vítima do Calvário, Jesus Cristo, a Quem ele poderá ser chamado um dia a imitar como sacerdote, e a oferece-Lo a Deus Pai sobre o altar.

A benção do Santíssimo Sacramento é dada toda quinta-feira e aos Domingos, e depois das Vésperas II nas festas de primeira classe. Nesse momento, o fiel louva a Deus com hinos e orações, e Deus por sua vez abençoa o fiel através de Seu sacerdote, quando ele eleva o ostensório e faz o sinal da cruz sobre aqueles presentes.

Canto Gregoriano

O Canto Gregoriano tem sido usado na Liturgia da Igreja por séculos para adicionar esplendor aos Sagrados Ritos, e para elevar as mentes e os corações dos fiéis para as coisas de Deus. Por conseguinte, é parte importante da formação do seminarista aprender como cantar canto Gregoriano e, se possível, ensiná-lo a outros.

O coral do Seminário consiste de uma dúzia de seminaristas, escolhidos pelo diretor do coral, e aprovados pelo padre responsável pelo Canto Gregoriano. O coral ensaia duas vezes por semana para a Missa Solene no Domingo e para qualquer Missa Cantada durante a semana. Para o resto da comunidade, um ensaio separado é feito uma vez por semana, e chama-se Aula Comum. Na Aula Comum, o diretor do coral, ou um membro do coral escolhido por ele, prepara a comunidade para cantar nas Missas e Vésperas da semana, e ocasionalmente revisa alguns princípios teóricos do Canto Gregoriano.

Os sermões dos diáconos

Além de serem obrigados a rezar o Breviário inteiro todos os dias, e ocasionalmente fazer a purificação dos objetos litúrgicos, os diáconos também pregam aos fiéis nas Missas Rezadas nos Domingos.

Ordenações

Em seu caminho para o sacerdócio, o seminarista recebe sete ordens da Igreja, cuja sétima é o próprio sacerdócio. Essas ordens são vários degraus calcados pelo seminarista que vai se aproximando do momento de oferecer o Santo Sacrifício. Cada ordem dá ao que a recebe uma tarefa e função específica para realizar na vida da Igreja, e m correspondente aumento de responsabilidade. No seminário, as ordens são precedidas de dois degraus preliminares os quais são necessários para sua digna recepção.

Primeiros Passos

O primeiro passo importante que o novo seminarista dá em direção ao sacerdócio, embora relativamente pequeno em si mesmo, é em seu primeiro ano, quando ele recebe a batina ou o hábito clerical, de modo que se despoja das roupas de um leigo e se alista no serviço de Deus. A batina negra lembra ao seminarista, e a aqueles que o vêm, que ele está morto para o mundo e para as coisas do mundo. Ele é lembrado no sermão que agora ele deve agir como um sacerdote, já que todos que o vêm hão de pensar isto.

Essa cerimônia toma lugar no dia 2 de fevereiro, festa da Purificação, bem como a recepção da tonsura clerical pelos seminaristas do segundo ano. Pela tonsura, o seminarista torna-se um clérigo, um membro oficial do clero da Igreja. Na cerimônia, cinco mechas de cabelo são cortadas na forma de cruz, significando a renúncia às vaidades do mundo e a disposição em tomar a cruz e seguir a Jesus Cristo.

Ordens menores

Depois destes passos preparatórios, o seminarista está pronto para receber as primeiras ordens. As primeiras quatro ordens são conhecidas como “menores” porque, diferentemente das ordens maiores, elas não conferem caráter permanente.

Os seminaristas de terceiro ano recebem as duas primeiras ordens menores de Ostiário e Leitor. É trabalho do Ostiário cuidar da Casa de Deus e das coisas que nela há, de trazer os fiéis para dentro da igreja e manter os infiéis ou irreligiosos fora.

O Leitor tem a obrigação de ler os vários ensinamentos da Igreja com clareza de discurso, para que todos possam escutá-las bem.

Os seminaristas do quarto ano recebem aos outras duas ordens de Exorcista e Acólito. O Exorcista recebe participação do poder sacerdotal de expulsar demônios. Embora o seminarista nunca será realmente chamado a realizar um exorcismo, ele tem, no entanto, uma responsabilidade de viver de maneira que os demônios não se aproximem. O Acólito é o portador das luzes nas cerimônias litúrgicas da Igreja. Portanto, ele está obrigado a fazer a luz de seu bom exemplo brilhar perante os homens.

Ordens maiores

O quinto ano é, normalmente, o ano da recepção do subdiaconato. A característica mais marcantedesta cerimônia é o verdadeiro passo a frente que o ordenando dá, significando sua total entrega ao serviço de Deus, e sua perpétua renúncia a possibilidade de casamento e vida familiar. Eles estavam, até agora, livres para voltar para o mundo. De agora em diante, eles devem dedicar-se inteiramente ao serviço da Igreja. Os subdiáconos devem também rezar diariamente as oraões do Breviário, fazer a purificação dos panos usados no Santo Sacrifício da Missa. Eles estão obrigados, portanto, a uma maior pureza de vida para que possam dignos de tal ofício.

Durante o sexto e útimo ano de seminário, o ordenando recebe o diaconato. Para os diáconos, há uma íntima participação no Sacramento da Ordem. Sua principal tarefa é proclamar o Evangelho, mas eles também podem, se necessário, distribuir a Sagrada Comunhão, administrar o Batismo, e dar a Extrema-unção. No ano seguinte, eles serão elevados a dignidade do sacerdócio se forem considerados preparados.

O dia das ordenações diaconais e presbiterais no final de Junho é o maior evento no ano do Seminário. É uma ocasião de alegria para toda a comunidade e para os fiéis presentes, que vem em grande número de todo o país, para testemunhar a criação de novos sacerdotes; sacerdotes que vão dedicar suas vidas à salvação das almas em imitação a Jesus Cristo; sacerdotes que serão fiéis a sua tarefa, e ao espírito da Fraternidade e de seu amado fundador; a espírito do sacrifício e da generosidade, o espírito de oração e união com Deus. Para os ordenandos, é a culminação de seis ou mais anos de oração, estudo, e disciplina. Tudo que eles fizeram foi em vista desse momento – o momento no qual eles receberão o caráter sacerdotal. Com o Sacramento da Ordem, o novo sacerdote recebe o poder de consagrar, de perdoar pecados, e de abençoar os fiéis.

Na cerimônia de ordenação, o bispo consagrante é o primeiro a impor suas mãos na cabeça dos ordenandos, seguido de algum outro bispo presente, e finalmente de todo o clero presente. Isso é o que é conhecido como “matéria” do sacramento.

Após o canto do prefácio e a leitura da “fórmula” sacramental do rito de ordenação, as estolas dos ordenandos são cruzadas, e eles recebem a casula. Eles agora são sacerdotes. Entoa-se o Veni Creator para implorar a assistência do Espírito Santo e então as mãos dos ordenandos são ungidas com o óleo dos catecúmenos. Suas mãos são limpas com uma toalha e eles tocam na patena, na hóstia e no cálice com seus dedos.

Quando ofertam suas velas, os novos sacerdotes concelebram a Missa junto ao bispo ordenante. Os padres assistentes ajudam-nos a seguir o Missal. Depois da comunhão, o Bispo novamente impõe suas mãos sobre os novos sacerdotes e solicita sua futura obediência. Segurando as mãos do recém-ordenado entre as suas, o Bispo o admoesta e pede-lhe que prometa-lhe obediência. O padre responde, “Promitto” – “Eu prometo”. Então o Bispo lhe dá o sinal da paz, o abençoa, e lhes dá uma “penitência”. Canta-se o Te Deum, o hino de agradecimento, e todos os servidores, ministros e novos padres e diáconos fazem uma alegra procissão de volta a sacristia para tirar fotos e dar a benção final.

Depois da cerimônia, os fiéis ansiosamente esperam por uma oportunidade de receber a primeira benção dos novos sacerdotes. O sino do Seminário toca para chamar todos os ordenados e seus convidados para o almoço de comemoração. Para os fiéis que não possuem um convite especial, o Seminário fornece uma refeição separada. O outro dia começa com a primeira Missa dos padres recém-ordenados. Um padre assistente ajuda o jovem sacerdote a seguir as rúbricas do Missal, e dá o sermão em seu lugar. Depois de assistir a uma das primeiras Missas, a maioria dos fiéis retorna para casa. Eles retornam, sem dúvidas, com força renovada para a batalha espiritual, e com gratidão para com Deus por nos conceder o dom de novos sacerdotes.

Conclusão

Este é, portanto, o santo sacerdócio; a vocação a qual cada sacerdote é chamado; a Fraternidade de São Pio X, cuja principal preocupação são os sacerdotes e a formação de bons sacerdotes; e o programa de formação que seus membros recebem. Nós esperamos que muitas de suas dúvidas tenham sido respondidas. Para aquelas que ainda permanecem, e particularmente para dúvidas mais práticas que tenham a ver com a possibilidade de entrar no seminário, nós cordialmente lhe convidamos a contactar o Reitor de nosso seminário no seguinte endereço:
Director of Vocations
St. Thomas Aquinas Seminary
21077 Quarry Hill Rd.
Winona, Minnesota 55987
507-454-8000

———————————————————————————————————

(Tradução livre da página oficial do Seminário St. Thomas Aquinas, em Winona, nos EUA: http://www.sspxseminary.org/seminary-life/life-at-the-seminary.html )

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‘Os modernistas que me perdoem…’

12 Segunda-feira Mar 2012

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Padre muda da Arquidiocese do Rio para Fraternidade Sacerdotal São Pio X

19 Quinta-feira Jan 2012

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Artigo tirado do site: http://fratresinunum.com/2011/04/04/carta-do-padre-leonardo-holtz-a-dom-orani-joao-tempesta/

Carta do Padre Leonardo Holtz a Dom Orani João Tempesta.

Apresentamos a carta enviada em janeiro deste ano pelo Reverendíssimo Padre Leonardo Holtz a Dom Orani João Tempesta, arcebispo metropolitano do Rio de Janeiro. Agradecemos ao Padre Leonardo o envio para divulgação e a confiança depositada neste site.

* * *

Excia. Rev.ma

Dom Orani João Tempesta, O.Cist.,

Arcebispo do Rio de Janeiro

Pax!

“É, porventura, o favor dos homens que eu procuro, ou o de Deus? Por acaso tenho interesse em agradar aos homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo.” (Gl 1,10)

Há muito que desejo dirigir a V. Excia. estas palavras, mas não julguei ter ainda chegado a hora. Sei que V. Excia. já tem muitos assuntos com o que se ocupar e lamento profundamente ter que trazer mais um peso a V. Excia., contudo, era necessário que eu o fizesse, pois o que está em jogo é a minha vocação Sacerdotal e, até mesmo, a minha fé católica e a eterna salvação de minha alma. Afinal, “de que vale ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida?” (Mt 16,26)

D. Orani, preciso deixar a Arquidiocese do Rio de Janeiro e, desta vez, será definitivamente. Peço que V. Excia. não me julgue sem conhecer meus motivos.

Tenho atualmente trinta anos de idade e seis de ministério Sacerdotal. Vejo com clareza e profunda tristeza a terrível crise que se instaurou na Santa Igreja e, principalmente, no clero de uma forma geral. A disciplina eclesiástica foi deixada de lado e o que vigora hoje é um relativismo que arrefece a fé. Perdemos fiéis, as vocações estão diminuindo… por quê? Simples: porque o jovem deseja encontrar na vida religiosa aquilo que ele não encontra na vida secular. Mas hoje se vê os religiosos agindo como os seculares, então, muitos jovens chegam à seguinte conclusão: não preciso ser um religioso para fazer o que os religiosos de hoje em dia fazem! Por que muitas congregações religiosas de hoje não tem mais vocações? Vamos culpar os “tempos modernos”? Vamos dizer que “os jovens de hoje não querem mais compromisso” como os jovens de outrora? Por que nossas paróquias e santuários estão repletos de fiéis nas missas (especialmente nas missas-show), mas as pastorais estão vazias? Por que nossos fiéis não sabem mais o catecismo? Por que as quadras de samba e as praias estão muito mais bem freqüentadas do que nossas paróquias? Creio que muitos saibam as respostas dessas perguntas, mas muito poucos tem a CORAGEM de admitir, pois é muito mais confortável colocar remendos do que derrubar tudo e reconstruir.

Ingressei no Seminário Arquidiocesano de São José aos 12 dias do mês de Fevereiro de 1997. Tinha acabado de completar 17 anos no dia anterior. Recebi a investidura da batina uma semana antes de Cinzas. Que dia feliz! Recebemos a batina numa cerimônia bonita que foi feita pelo padre Reitor, mas logo que acabou a cerimônia tivemos que tirá-la e guardá-la no armário. Sempre me faço uma pergunta: Exatamente para que o nosso Seminário mantém uma cerimônia de recepção de batinas, se ninguém pode usá-la depois como seu hábito cotidiano e sim como um paramento ocasional? Sabe, D. Orani, eu sempre gostei de vestir minha batina. Sei que eu não era muito bem visto no seminário por causa disso. Eu não usava batina direto dentro do seminário, em parte para não causar problemas com meus superiores, e em parte por escrúpulo e respeito humano. Há muitos que dizem o famigerado bordão “o hábito não faz o monge”, o que é uma bela desculpa para a indisciplina dos padres de hoje. O mais interessante é que não vemos uma muçulmana sem a burca, ou uma “mãe-de-santo” sem seus trajes ou mesmo um militar em serviço sem seu uniforme, mas nossos clérigos insistem em se apresentar como leigos. É claro que se nem os padres dão o exemplo, como os fiéis vão poder se portar bem? Tenho que suportar as mulheres mal vestidas, os decotes e mini-saias dentro da igreja. Isso para não falar que destruíram o piedoso uso do véu. Reina a vaidade! Os homens não ficam atrás. Deus sabe como tenho vontade de negar a Santa Comunhão aos homens que vem de bermuda à Igreja. A Santa Batina é o manto sagrado de Nosso Senhor que nos protege de muitos males, sem falar que para nós, religiosos, ela é um constante lembrete de nossa consagração e um excelente exercício da virtude da humildade e de mortificação. Nosso Senhor já dizia: “o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26, 41). Quanto bem a batina pode fazer ao sacerdote! Um sacerdote de batina necessariamente vai ponderar melhor seus atos; não pode freqüentar todos os ambientes; deve conter os olhares curiosos, as palavras ociosas, as excessivas familiaridades. Ele deve portar-se bem SEMPRE, pois, carrega consigo a Imagem da Igreja, Esposa do Cordeiro, sem ruga e sem mancha. Depois do Concílio foi feito um trabalho de “destruição” da imagem do sacerdote. Querem convencer os católicos (e o mundo inteiro) de que o padre é um homem comum e que, portanto, deve se vestir como um homem comum. Disseram-me no seminário certa vez que o Concílio permitiu que os padres tirassem a batina para “facilitar o ministério pastoral, pois vestindo uma veste comum, isso facilitaria a entrada do padre em ambientes hostis à fé para que lá ele pudesse exercer o apostolado”. Quanta ingenuidade (para não dizer leviandade)! Que sutil armadilha do demônio! Se isso fosse verdade as praias, as boates, casas noturnas masculinas (gls), as casas de show eram para estar mais que evangelizadas! Que diriam os jesuítas europeus que enfrentaram o calor, a mata, os mosquitos e outros contratempos na evangelização da América Latina? E sem tirar seu hábito! Por acaso eles ficaram nus para “dialogar” com os índios? Depois nós “choramos o leite derramado” quando surgem os escândalos que mancham e envergonham o nome da Santa Igreja. De que adianta Sua Santidade, Bento XVI, pedir perdão às vítimas dos abusos de pedofilia se ele, que tem o poder das chaves, não impõe uma disciplina mais rígida aos padres e não exige uma seleção mais severa e uma formação mais sólida nos seminários? Será que se esses padres recebessem uma boa formação, se alguém lhes tivesse falado de sacrifício, mortificação, vida espiritual, se alguém tivesse ensinado a eles que o ministério que receberam é sublime demais e que eles, sem ser diferentes dos demais homens, não são exatamente iguais, será que teríamos tantos escândalos? É triste, D. Orani, mas hoje temos de tudo: padres cantores, psicólogos, jornalistas, artistas, mas temos poucos padres PADRES! Encontramos padres em todos os ambientes hoje, mas, se bobearmos, só não os achamos nas paróquias. Soube que existe um padre que não rezava a Missa da primeira sexta-feira do mês em sua paróquia; as senhoras do Apostolado da Oração para obrigá-lo a rezar a Missa, fazem uma “vaquinha” todo mês e lhe dão uma espórtula. Isso porque ele afirma que só celebra durante a semana se houver intenções marcadas. Mas, mediante uma espórtula, abre-se uma exceção. Não vou consertar o mundo, Excelência, mas fico perplexo com tanta hipocrisia!

No meu segundo ano de seminário, eu estava retornando da minha pastoral dominical e estava usando minha batina. Encontrei-me na rua com um padre formador. O cumprimentei. Ele me olhou, mas não acenou e nem fez o menor sinal de retribuição. Quando cheguei ao seminário, recebi um recado de que o próprio queria me ver. Fui até o padre e ele me segurou pelo braço, com agressividade e, me machucando, perguntou por que eu estava de batina na rua. Me disse coisas horríveis, disse-me que eu gostava de “aparecer” e que eu era um “carreirista”. Que atitude paternal, não? Digna de um formador de seminário! Um homem emocionalmente desequilibrado, metido a psicólogo, com uma psicologia de porta de banheiro, formando os futuros padres da nossa Arquidiocese! E pior: esse senhor, ainda por cima, é um herege! Ele afirmava com todas as letras que a Santa Missa é apenas um “culto de louvor” e não um sacrifício. Certa vez, após o ofertório, ele disse: “Orai irmãos para que o nosso culto de louvor seja aceito por Deus Pai todo-poderoso”, eu me levantei me retirei da capela na mesma hora. Ele foi atrás de mim logo depois para me perguntar por que eu saí da capela no meio da Missa. Eu respondi: “Não, padre, eu não saí no meio da ‘Missa’, mas sim no meio do ‘culto de louvor’. Se fosse a Missa eu teria ficado na capela”. O mesmo sacerdote afirmava também que os Sacramentos não são sete, mas que são muito mais. Quando ele afirmou isso em sala de aula eu, perplexo, levantei a mão e perguntei: “mas se o senhor perguntar na prova e eu responder o que eu aprendi no catecismo, que os sacramentos são SETE, o senhor vai me descontar pontos?” Ele mandou que eu me retirasse da sala de aula.

Sempre ouvia as histórias de minha avó que dizia que no tempo dela a Missa era em latim e que o padre ficava de costas aos fiéis, mas eu não tinha a menor noção do quanto tinham mudado a Santa Missa. Na minha cabeça pueril tratava-se apenas de uma questão estética e lingüística. Como eu estava enganado! Esse assunto no seminário era uma espécie de TABU. Simplesmente não se falava. Foi, então, numa bela tarde que a Graça Divina me conduziu à biblioteca do seminário e ali encontrei um belo livro vermelho, grande, antigo e a lombada trazia em dourado as palavras MISSALE ROMANUM. Pesquisei um pouco, mas não reconheci aquela Missa. Por isso, retirei o Missal e o levei direto ao meu diretor espiritual para fazer algumas perguntas. As únicas respostas que obtive foram: “Sim isso é um Missal antigo” e, logo depois,“coloca aonde você pegou”. Encontrei na mesma sessão os breviários, os rituais e fiquei encantado. Mas afinal, porque a Missa tinha mudado? Por que tudo aquilo estava ali abandonado? E comecei a pesquisar cada vez mais. Mas, quando alguém percebeu meu repentino interesse (e o de alguns outros colegas) pelos livros tradicionais, misticamente, um belo dia, a estante inteira DESAPARECEU. Ainda assim conseguimos salvar um antigo breviário com o qual eu e mais dois rapazes nos reuníamos à noite (escondidos) para rezar as Completas no rito de S. Pio V, com medo de sermos vistos como se estivéssemos fazendo algo proibido ou vergonhoso. Fico muito triste de constatar que hoje se fala tanto em “liberdade religiosa” e de “diálogo”, mas quando se fala em Concílio de Trento aí todo o diálogo desaparece. Há uma profunda aversão a tudo o que é antigo; há uma sede insaciável de novidade.

Outra coisa que me deixava furioso dentro do seminário era aquela SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS. Sempre achei isso uma aberração! Como pode um bando de protestantes hereges serem convidados a pregar dentro de um seminário católico? O mais engraçado da história (para não dizer ‘trágico’) é que se retirava o Santíssimo Sacramento do Sacrário e as imagens de Nossa Senhora e S. José também iam parar na sacristia. Mas se o protestante está vindo na MINHA CASA eu tenho que tirar as imagens e o Santíssimo Sacramento por que? Eu preferia, nessas ocasiões, me retirar e ficar no meu quarto a presenciar aquilo. Não entendo o ecumenismo. Não o entendo por que isso NUNCA nos levou a lugar algum! Diziam que essa postura iria ajudar a trazer os hereges e os apóstatas à verdadeira fé, mas o que temos visto é mais e mais apostasia. Quantos fiéis não abandonaram a fé e se uniram a essas seitas? Contra fatos não há argumento e o FATO é que após o Vaticano II e seus movimentos ecumênicos as seitas triplicaram como um estouro da boiada!

Também me incomodava o fato de que leigos estudavam filosofia e teologia com os seminaristas; mulheres participavam da vida cotidiana dos seminaristas… muito impróprio. E os “passeios” das turmas e as “convivências” em Itaipava? Eram ótimas ocasiões onde os seminaristas mostravam REALMENTE quem eram; as músicas que se ouviam, as letras que se cantavam, as palavras ociosas, as brincadeiras nem sempre inocentes e sem segundas intenções… ali já estava um retrato do clero que viria depois: gente que tem SIM suas qualidades humanas, mas que não receberam uma formação que os ajudasse a se exercitar nas virtudes que um sacerdote deve ter. Tinha colegas que ficavam inquietos e impacientes nas Missas, ofícios e outras orações na capela do seminário. Alguns resmungavam (de forma audível) torcendo para que os ofícios terminassem logo. Nunca entendi bem aquilo. Se a pessoa não gosta de rezar, se tem pressa que o ofício termine, vai ser padre pra quê?

Não sou nenhum santo, D. Orani, mas sempre tive consciência da grandeza que é o ministério Sacerdotal, mesmo quando dava meus passos errados. Ainda os dou muitas vezes, mas me confio no Sacramento da Confissão e nos exercícios de mortificação e luto para tentar ser um sacerdote santo.

Em 2001 fui Ordenado Diácono por Dom Eusébio, mas sempre tive o desejo de ser Ordenado no Rito Tradicional. Dom Eusébio sabia disso, pois eu mesmo disse a ele. Como naquele período as negociações entre Campos dos Goytacazes (RJ) e a Santa Sé tinham acabado de acontecer, fui a Campos conversar com Dom Fernando Arêas Rifan, bispo da Administração Apostólica Pessoal S. João Maria Vianney. Tinha intenção de pedir transferência para a Administração Apostólica. Mas voltei de lá muito triste, na verdade, decepcionado! Dom Rifan me disse: “É melhor o senhor ficar onde está. Quem sabe com o seu pensamento tradicional o senhor não possa ser uma influência positiva para o clero carioca?” (Sic!) Não entendia como ele podia rejeitar um padre tradicional já que havia tão poucos.

Bem, como Diácono, ninguém podia me impedir de usar a batina em tempo integral, afinal eu já era oficialmente um clérigo. Mas D. Eusébio me chamou para conversar e me pediu que eu a tirasse. Tentei argumentar com o Cânone 284, mas, ainda assim, ele mandou que eu tirasse a batina para “ficar igual aos outros”. É claro que, por obediência, eu a retirei. Dom Eusébio ainda me disse que eu deveria ter algum problema de ordem psicológica e determinou que eu fizesse sessões de terapia com Dom Wilson Tadeu Jönk, que é psicólogo, o que foi, obviamente, uma grande perda de tempo tanto para mim, quanto para o bispo. Sempre no final das sessões, deixávamos marcada a próxima. Certa vez Dom Wilson marcou numa terça-feira de carnaval. Eu disse a ele “Mas é uma terça de carnaval!” e ele me respondeu: “Eu não vou sair no bloco, você vai? Se não vai, então não vai encontrar problemas de vir até o palácio”. Todo mundo que me conhece sabe como eu detesto sair à rua nos dias de carnaval, primeiramente por medo da violência e depois porque as pessoas me vêem de batina e pensam se tratar de uma fantasia ridícula de carnaval. Mas eu fui assim mesmo. NUNCA vou me esquecer desta cena: cheguei ao palácio e Dom Wilson estava numa salinha do segundo andar com as pernas apoiadas numa mesinha de centro assistindo TV. Tinha se esquecido por completo do nosso encontro e disse que não era um dia apropriado para fazer isso, que eu deveria ter me enganado. Senti-me muito humilhado, mas ofereci isso como sacrifício a Nosso Senhor pela conversão do clero (dele em especial). Tanta gente fazendo coisa errada (desvio de dinheiro, problemas morais seríssimos) e o arcebispo perdendo tempo com um diácono só porque ele queria ser um padre que reza a Missa de Trento? Francamente! Nosso Senhor estava absolutamente certo quando disse: “Guias cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo.” (Mt 23,24)

Fui Ordenado Sacerdote em 17 de Abril de 2004. Fui logo de cara enviado como coadjutor numa paróquia onde o pároco era muito grosseiro com o povo e os fiéis tinham se afastado em sua maioria. A desculpa dada era “porque ele era velho”. Então todo velho tem que ser grosseiro e mal-amado? Ele queria a todo custo que eu imitasse os abusos que ele introduzia na Missa (ele tinha mania de apagar as luzes da igreja e acender uns holofotes coloridos na hora da consagração) ao que eu disse: “reze a Missa do jeito que o senhor quiser, mas eu a rezarei como está no Missal!” Parece que os senhores bispos tem um enorme problema em transferir párocos que estão há muitos anos numa comunidade, mesmo que estes estejam fazendo um mal monumental às almas e afastando os fiéis da Igreja. Os bispos conseguem ter pena de UM, mas são incapazes de ver que MUITOS estão a sofrer por causa daquele um.

Fui transferido para outra paróquia, para ser coadjutor de um sacerdote mais jovem. Fui bem recebido pelo pároco. Cheguei no dia exato em que estava acontecendo o tradicional mutirão de confissões preparatórias para a Páscoa. Atendemos até 1 hora da manhã mais ou menos. Após o jantar os padres foram embora e, quando só restamos nós dois, então conversamos. Ele me perguntou se eu tinha gostado da comunidade, e, então, me disse: “Bem, seja bem-vindo aqui então. Vou logo te avisando, eu quero um coadjutor aqui pra trabalhar. O que você vai fazer com seu tempo pessoal é problema seu desde que você cumpra suas obrigações. Você não vai morar comigo aqui na casa paroquial. Temos uma capela que tem sua casa própria. Vou te dar as chaves e você vai morar lá. Assim, se você quiser, pode ter suas visitas íntimas; Só toma cuidado para não arrumar um filho.” Chorei o resto da madrugada inteira. Chorei, D. Orani, por que me lembrei das palavras de Nosso Senhor ao Santo Padre Pio falando sobre os sacerdotes: “Vede como me tratam como açougueiros?”.Uma vez, num sábado, eu estava sentado ao confessionário e deveria ter umas dez pessoas na fila. O Pároco chegou de repente e pediu que as pessoas voltassem outro dia, porque ele precisava muito de mim. Os fiéis foram embora e eu o ajudei a fechar a igreja. Perguntei então aonde íamos e que tipo de ajuda ele precisava de mim. Quando ouvi a resposta fiquei estarrecido, não acreditava no que eu estava ouvindo:“preciso que você vá à concessionária comigo para me ajudar a escolher meu carro novo”. Pena que muitos padres não acreditem mais no castigo dos Céus, porque ele veio: exatamente uma semana depois ele capotou com o carro novo na Avenida Brasil. Graças a Deus não se feriu gravemente, mas o carro deu perda total!

Em 2007 pedi a Dom Eusébio que me permitisse fazer uma experiência no recém-criado IBP (Instituto Bom Pastor). Fui então para S. Paulo e morei lá um pouco tempo. A convivência lá era muito boa, contudo, o que garantia a permanência do IBP em São Paulo, era o apoio econômico do Professor Orlando Fedeli e da sua Associação Cultural Montfort. Chegou um período que os padres e os seminaristas que lá estávamos, julgamos que a Montfort influenciava muito dentro do seminário e que se fazia necessária uma clara distinção entre as duas instituições: Montfort e IBP. Aliás, nós padres, muitas vezes sentíamos que só servíamos para ministrar sacramentos e mais nada. Até nossos sermões foram muitas vezes submetidos a julgamentos. Outro fato que me levou a desacreditar no IBP foi que o superior geral, o Padre Phillipe Laguérie, que deveria tomar uma medida firme para diminuir a influência da Montfort dentro da casa do IBP, não o fez, sobretudo depois de uma visita do Prof. Fedeli a Bordeaux (França) e uma conversa com Pe. Laguérie. Bem, um superior geral que não toma medidas firmes e se deixa vencer pelo respeito humano não é digno da minha confiança. Por esses e outros motivos, retornei ao Rio de Janeiro.

Vim para a Paróquia Bom Pastor, inicialmente como coadjutor do meu irmão e, depois, como Pároco. Mas estou numa terrível crise de consciência desde então. D. Orani. Juro ao senhor que eu tentei de TUDO para me enturmar com o clero daqui. Pensei comigo mesmo “E se eu estiver sendo rígido demais? E se eu tentasse ser mais maleável para tentar me enturmar melhor?” Fiz muitas tentativas para me entrosar com o restante do clero. Tirei minha batina e o senhor sabe muito bem disso. O senhor mesmo já me viu sem batina algumas vezes… Cedi muitas vezes, me calei muitas vezes quando eu não concordava com algo; como dizia São Paulo: “fiz-me tudo para todos na esperança de salvar alguns” (1Cor 9,22). Mas descobri uma coisa: cheguei à conclusão de que com o MODERNISMO não existe diálogo! É inútil! É o mesmo que “pôr um remendo novo em roupa velha” (cf. Mt 9,16). Eu abri mão do que é justo, bom e honroso, mas não há reciprocidade… ninguém ficou mais tradicional nem obedeceu mais à disciplina da Igreja por causa disso. No final, eu é que estava virando um progressista! Ouvi este sábio pensamento uma vez: Dez laranjas boas não CURAM uma que está podre, mas é precisamente a ÚNICA PODRE que vai contaminar TODAS as outras dez. Coisas ruins sempre se aprende com mais rapidez e facilidade que as coisas boas. Destruir é bem mais rápido que (re)construir. É por esse motivo que eu não posso mais ficar aqui, D. Orani. Não pense que faço isso sem dor na consciência. Mas chegou a hora (e já até passou) de eu deixar de lado o respeito humano e dizer o que eu realmente penso e ficar em paz com minha consciência.

Primeiramente, como católico, eu não estou obrigado a aceitar o Concílio Vaticano II, uma vez que este foi um concílio pastoral e não um concílio dogmático.

– Quanto à Missa, não nego a validade da nova missa, contudo afirmo que ela é ambígua e não expressa, como a de S. Pio V, os principais dogmas católicos. Confesso que celebro com muita relutância a missa segundo o Novus Ordo (de Paulo VI). Não posso aceitar o ofertório do Novus Ordo que é uma berakahjudaica. É claramente uma ceia e não um sacrifício! Há muito tempo que eu o substituo pelo Ofertório Tradicional. Faço esta e outras modificações para que a missa nova seja o mais suportável possível para mim e possa expressar o mais possível os nossos dogmas de fé. Contudo isso me incomoda muitíssimo, pois sei que não tenho a graça de estado para modificar um rito. Mas em consciência, não posso continuar a celebrar esse rito!

– Também quanto aos Sacramentos (Batismo, Confissão, Matrimônio e Extrema Unção) e o Breviário eu faço no rito antigo já faz algum tempo.

– Não compreendo e não aceito a concelebração eucarística! Enfim, D. Orani, minha presença aqui mais atrapalha do que ajuda esta Arquidiocese. E atrapalha também a mim e ao meu crescimento espiritual, pois é muito cansativo viver num eterno conflito. Cada reunião do clero é uma nova batalha. Tenho evitado ir às cerimônias e encontros da Arquidiocese, pois assim eu peco menos. Fui ao aniversário de 90 anos de Dom Eugênio exclusivamente para pecar: “você meu amigo de fé, meu irmão camarada” cantado para um Cardeal, durante a Santa Missa numa Catedral? Elba Ramalho cantando “Asa Branca” no presbitério? Desculpe, Dom Orani, é demais para mim. Perdoe meu desabafo. Desculpe o transtorno. Não me queira mal. Sinto-me uma ave solitária aqui… pelo menos se eu for, poderei ajuntar-me ao bando dos de minha espécie.

Estou me unindo à Fraternidade Sacerdotal São Pio X (FSSPX). Devo passar algum tempo no seminário na Argentina para refazer algumas matérias da Teologia (principalmente da teologia moral que é muito fraca no seminário do Rio) e, depois seguir, como missionário, onde os senhores bispos da Fraternidade me enviarem.

Não me tome por cismático e nem herege. Afinal, como Mons. Lefèbvre dizia: “não fundamos uma religião nova, não criamos novos sacramentos, não criamos uma nova missa, não inventamos liturgia própria, apenas queremos conservar, seguir e ensinar aquilo que a Igreja SEMPRE ensinou”.

Mais uma vez peço perdão pelo transtorno e humildemente peço vossa bênção e vossas orações.

In Iesu et Maria,

Rio de Janeiro, 25 de Janeiro de 2011

Festa da Conversão de São Paulo

Pe. Leonardo Holtz Peixoto

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“A mão da Igreja é doce também quando golpeia, pois é a mão de uma mãe.” S. Pio de Pietrelcina

"A mão da Igreja é doce também quando golpeia, pois é a mão de uma mãe." S. Pio de Pietrelcina

‎”Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica. Um me distingue, o outro me evidencia. É por este sobrenome que nosso povo é diferenciado dos que são chamados heréticos.” São Paciano de Barcelona

‎”Foi Sempre privilégio da Igreja, Vencer quando é ferida, Progredir quando é abandonada, e Crescer em ciência quando é atacada.” (Santo Hilario de Potiers, Dr. da Igreja).

‎"Foi Sempre privilégio da Igreja, Vencer quando é ferida, Progredir quando é abandonada, e Crescer em ciência quando é atacada." (Santo Hilario de Potiers, Dr. da Igreja).

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