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Cardeal Schonborn: “A minoria de fiéis Católicos pode re-converter a Europa”

29 Terça-feira Maio 2012

Posted by marcosmarinho33 in Da Santa Igreja

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Áustria, Cardeal Schonborn, catecismo, catolicismo, conversão, desobediência, Europa, família, fiéis, homossexualidade, igreja, João Paulo II, leigos, missão, Nova Evangelização, Papa Bento, sacerdotes, teólogo, tradição, Viena

(Tradução Livre) / Roma, Itália, 26 de maio de 2012 (CNA).- O Cardeal Christoph Schönborn, de Viena, acredita que o pequeno mas crescente número de famílias de fiéis Católicos na Europa pode renovar a Fé Católica no continente.

Cardeal Schonborn

“Vejo nossas jovens famílias, confiantes, com quatro ou cinco ou seis ou mais filhos, e como eles vivem em meio a essa sociedade – eles são realmente a Nova Evangelização, não através de palavras, mas através do fato de estarem vivendo a felicidade de uma família que tem fé,” disse a ele a CNA no dia 14 de maio, em Roma.

“Somos agora uma minoria – os Cristãos batizados na Áustria chegam a 70%, mas os Católicos praticantes são apenas 10% – porém, se esses 10% forem convincentes e convictos, eles podem mudar o país, assim como aconteceu com o Império Romano.”

Uma chave para o sucesso da Nova Evangelização, afirmou, é o trabalho de vida de seu antigo tutor e amigo o Papa Bento XVI, cujo principal legado ele acredita que será eventualmente resumido em três palavras – “Fides et Ratio” (Fé e Razão).

“Desde o princípio de seu ministério, o Papa tem sublinhado que a Fé Cristã, a Vida Cristã antes de tudo não é uma série de doutrinas, não uma série de regras, mas uma amizade profunda com Jesus. Ele (o Papa) está certo de que sem fé não se pode entender a Moral Cristã. Sem fé não se pode compreender a Vida Cristã. E, portanto, acho que o maior desafio é realmente aprofundar a nossa fé. Chame isso de nova evangelização, chame de missão – eu acho que tem muito a ver com a conversão,” disse o Cardeal.

“Diria que ele tem essa tremenda capacidade de mostrar, de fazer perceptível a coerência de nossa Fé,” disse o cardeal, que estudou no início dos anos 70 com o então Prof. Ratzinger na Universidade de Regensburg, na Alemanha.

Essa habilidade, propôs, permite ao Papa Bento apresentar os ensinamentos da Fé Católica não “como tijolos que você deve carregar nos ombros, “mas uma vida, que é coerente, que corresponde aos desejos do coração, os verdadeiros desejos do coração, que corresponde à realidade, aquilo que é verdadeiro na vida, isto é, que é verdadeiro na doença, verdadeiro em situações de dor, e até é verdadeiro quando você morre.”

O Cardeal Schönborn na verdade, credita uma homilia especial do Cardeal Ratzinger, em dezembro de 1979, como formadora de sua compreensão do papel de um teólogo na Igreja.

“Na época eu tinha 34 anos e ensinava dogmática na Suíça, e ele falou sobre ‘a fé dos pequeninos’ e como o Magistério da Igreja deve defender a ‘fé dos pequeninos’.”

Desde então, os dois tem frequentemente cooperado em seu trabalho, incluindo, de maneira notável, na criação do Catecismo da Igreja Católica em 1992. O Cardeal Schönborn também é um participante habitual do “Ratzinger Schülerkreis” (grupo de estudos do Ratzinger), um grupo de antigos estudantes que ainda se encontra todo verão com seu antigo mentor acadêmico.

O cardeal explicou como sua maior alegria no episcopado tem sido sempre “encontrar uma profunda fé nos pequeninos,” até mesmo se eles forem “realmente grandes como o Papa Bento ou João Paulo II, mas que diante de Deus são pequeninos”.

Um otimista perseverante, o Cardeal Schönborn também acredita que ainda há “uma profunda fé no mundo”, incluindo na Europa, “onde exteriormente falando a fé parece desaparecer, mas ainda há muitos profundamente crentes; e nós devemos alimentar a sua fé”.

Ele está atualmente em Roma para um encontro trimestral da Congregação para a Doutrina da Fé, da qual ele é membro. Curiosamente, um dos problemas mais persistentes do departamento vem dos contínuos protestos de padres e leigos austríacos que exigem uma liberalização dos ensinamentos da Igreja. Cerca de 7,5% dos 4000 clérigos austríacos fazem parte da iniciativa que no último mês de Junho publicou o “Call for Disobedience” (Chamada de Desobediência).

“Não deprecio a geração mais velha; eu mesmo tenho agora 67, então pertenço a essa geração,” comentou o cardeal, “mas é surpreendente ver que nesses movimentos, seja naquela iniciativa leiga ‘Nós somos Igreja’, seja nos padres que protestam, praticamente não há padres jovens”.

Ele acha que a raiz do problema é “uma certa nostalgia” entre os clérigos mais velhos que “realmente pensam que ‘se a Igreja fosse um pouco mais liberal, finalmente poderíamos respirar, e a Igreja ficaria cheia novamente e a aceitação da Igreja seria como nos anos 50 e 60’.”

Mas o Cardeal Schönborn chamou esse pensamento de “sonhador” e “iludido”.

A questão atingiu proeminência global na Quinta-feira Santa quando o Papa Bento XVI falou, em sua Homilia na Missa do Crisma na Basílica de São Pedro, para publicamente repreender as ações dos dissidentes.

“Quando a ‘Chamada a Desobediência’ foi publicada,” explicou o Cardeal Schönborn, “nós dissemos que a palavra desobediência não pode manter-se de pé porquê não se pode construir uma vida Eclesial baseada na desobediência. Sanções maiores ainda não foram dadas porquê ainda acreditamos na possibilidade de um diálogo pessoal, mas também dissemos claramente: vocês terão que decidir-se.”

Alguns observadores criticaram o cardeal por não tomar sérias atitudes contra aqueles que pretendem mudar a doutrina da Igreja.

Quando perguntou-se-lhe se a hora de agir estava chegando, o Cardeal respondeu: “Deus é imensamente paciente, mas o perigo é que isso está provocando confusão entre os fiéis, e portanto acho que chegou a hora de tomar uma decisão.”

Outra questão que tem colocado o Cardeal de Viena nas manchetes globais foi a sua decisão no mês passado de não vetar a eleição de um homem abertamente homossexual que vive com um parceiro para um conselho paroquial no âmbito da Arquidiocese.

“Eu decidi por razões muito precisas, as quais não estou pronto para expor a todos, que esta eleição estava terminada. Eu não a revogarei. Deixarei estar,” disse o cardeal.

Ele também rejeitou fortemente qualquer sugestão que esta decisão teria ido contra os ensinamentos da Igreja sobre homossexualidade.

Inicialmente o Cardeal Schönborn pretendia intervir com o corpo de supervisores responsável pelas eleições para vetar a seleção de Florian Stangl, 26 anos, da vila de Stutzenhofen no norte da Áustria.

Mas depois de uma semana de consultas e encontros com o jovem, o Cardeal Schönborn decidiu não interferir.

O acontecido “não deve, certamente, absolutamente ser entendido como uma mudança do ensinamento da Igreja sobre homossexualidade”, comentou. “Podem acreditar em mim, eu fui o Editor Geral do Catecismo da Igreja Católica, e dos ensinamentos do Catecismo, especialmente no que diz respeito a esse assunto.”

Ele disse que lamentava que “na blogosfera e no mundo virtual” todos pensam que podem “julgar a situação sem conhecer os detalhes precisos, mas nosso mundo é assim mesmo.”

“Sem entrar em detalhes, podem acreditar em mim que, como Pastor, tive uma conversa muito clara com esse jovem, e estou certo de que ele é um jovem fiel em uma situação difícil”

Disse que, de acordo com sua experiência de muitos anos, “se uma pessoa que sente atração por outros do mesmo sexo descobre uma amizade verdadeira e casta, esta pode ser uma verdadeira saída, uma verdadeira saída desta situação que na maioria das vezes é uma dramática destruição de si mesmo.”

“Viver na promiscuidade é realmente inumano e destrutivo para a pessoa”, observou o cardeal austríaco.

E ele vê que há uma necessidade por “boas comunidades onde as pessoas não são julgadas imediatamente, mas também não são automaticamente tidas como certas. É preciso achar o termo certo entre aceitar a pessoa como o Catecismo manda, mas sendo claro sobre a prática homossexual. Mostrar à pessoa que ele é estimado, amado, e não obstante, no momento certo, mostrá-lo que não está no caminho certo”.

“Então, guiar uma pessoa numa situação difícil é sempre uma verdadeira arte. Nós devemos ser muito claros em nossos princípios e muito humanos nos passos desses princípios,” disse o cardeal. “Como o Papa Bento sempre nos lembra: não é possível entender o ensinamento da Igreja sem ter uma verdadeira relação com Jesus Cristo.”

Patriota com orgulho, o Cardeal Schönborn pareceu deveras frustrado com a imagem midiática da Áustria Católica como dissidente e protestante. Para ele, esse estereótipo “não é a vida da Igreja.”

“Vá a Mariazell, o santuário nacional, que também é o santuário dos húngaros e eslavos, e verá o que está no coração do povo da Áustria – o amor por Nossa Senhora,” disse ele.

Fonte original: http://www.catholicnewsagency.com/news/cardinal-schonborn-a-faithful-catholic-minority-can-re-convert-europe/

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Os Sete Sacramentos

01 Quinta-feira Mar 2012

Posted by marcosmarinho33 in Da Doutrina

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Tríptico dos Sete Sacramentos - Rogier Van Der Weyden

A definição de Sacramento é: “Um sinal visível e eficaz da graça, instituído por Jesus Cristo, para nossa santificação”.

O “sinal visível” constitui a parte material do Sacramento. Nos sinais que constituem a parte material de um sacramento, temos dois elementos: O primeiro é o objeto material que se utiliza, que denominamos matéria do Sacramento; por exemplo: água no Batismo, óleo na Crisma.  Essa ação em si, não teria significado se não manifestasse algum propósito. Tem que acompanhá-la algumas palavras ou gestos que lhe dêem significado. Esse segundo elemento do Sacramento chamamos de forma. No Sacramento do Batismo a água é a matéria, as palavras . . . eu te batizo . . . é a forma.

Todos os sete Sacramentos foram instituídos por Jesus Cristo. O poder humano não pode ligar a graça interior a um sinal externo, algo que somente Deus pode fazer. A Ascensão de Nosso Senhor pôs um ‘ponto final’ nos Sacramentos, por isso, não há e não haverá outros sacramentos além dos 7 que nos foram deixados.

O fim essencial dos Sacramentos é comunicar-nos a Graça Santificante.

***

Breve observação: Graça não é uma ajuda especial, um socorro, um favor que pedimos a Deus; não significa um “perdão” de Deus, nem uma diminuição de pena; não significa aquele “fervor religioso” que podemos experimentar num momento de oração; essas consolações sensíveis pertencem ao sentimento, que é sempre passageiro, isto é, muda conforme o estado psicológico.

***

Graça vem do grego Karis, que significa “o que torna agradável uma pessoa”. É um DOM, não merecido pelo homem e ao qual não tem direito, e que é dado por Deus, que torna essas pessoas agradáveis a Seus Olhos. É um dom sobrenatural dado de graça por Deus, em vista da salvação eterna. Ela apaga todo tipo de pecado, nos faz filhos de Deus, membros da Igreja, herdeiros do Céu.

A Graça é o maior dom que a criatura pode possuir. É a maior riqueza espiritual. Além disso, pode-se dizer que a Graça divina é o único ‘passaporte’ válido para entrar no Reino de Deus. Sem a Graça, o homem não se purifica, e assim não pode ter parte com Deus na sua glória.

Quais são os Sacramentos?

Os Sacramentos são como canais que trazem até nós a Graça divina, são os meios que Deus usa para santificar a Igreja e o mundo. Eles são: Batismo, Crisma, Penitência, Eucaristia, Unção dos Enfermos, Ordem, Matrimônio.

I. SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO CRISTÃ

  • Batismo

“Ide pelo mundo inteiro, fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” Mt 28,19.

O batismo é o sacramento da iniciação cristã. Ele nos purifica do pecado original, com o qual todos nascemos, e nos comunica o Espírito Santo, tornando-nos filhos de Deus. Antes do batismo, pertencíamos ao demônio, e tínhamos a alma pagã. Depois dele, pertencemos a Deus. “Deus nos marcou com seu SELO e colocou o Espírito Santo em nossos corações” (2Cor 1,22)

O Batismo é necessário para a salvação. “Quem crer e for batizado, será salvo” (Mc 16,16). Por isso, é lícito e recomendado receber o Batismo ainda bebês. De fato, Nosso Senhor nos diz: “Deixai vir a mim as criancinhas e nãos as impeçais, porque o Reino dos Céus é para aqueles que se lhes assemelham.” Mt 19,14.

O Batismo é a fonte da vida nova em Cristo, fonte esta da qual brota toda a vida cristã. Com o Batismo, recebemos também as responsabilidades de cristãos, assumidas por nós pelos nossos padrinhos, que serão responsáveis por nos guiar, até que possamos assumiras promessas por nós mesmos, na Confirmação.

  • Confirmação (Crisma)
“Os apóstolos estavam em Jerusalém, ao saberem que a Samaria acolhera a Palavra de Deus, para lá enviaram Pedro e João. Estes desceram, pois, para junto dos samaritanos e oraram por eles, a fim de que recebessem o ESPÍRITO SANTO, porque ainda não viera sobre nenhum deles, mas somente tinham sido BATIZADOS em nome do Senhor Jesus. Impunham-lhe as mãos e eles recebiam o ESPÍRITO SANTO” (At 8,14-17).
Nosso Senhor havia prometido o divino Espírito Santo a todos os fiéis. É claro, então, que deu aos apóstolos as instruções de como comunicá-lo aos fiéis batizados. Vemos outras vezes nas Sagradas Escrituras ainda com o nome de imposição das mãos (não confundir com a Imposição das Mãos da Ordem).
Neste Sacramento, pela imposição das mãos, o fiel batizado recebe o Espírito Santo, para testemunhar Jesus Cristo. É conferida normalmente por um bispo, ou, em caso extraordinário, pelo sacerdote.
Receber o Espírito Santo na Confirmação significa tornar-se adulto na fé, e empenhar-se para testemunhá-la diante do mundo, com a palavra, com o exemplo de uma vida séria e cristã. Nos comunica os dons do Espírito Santo de forma plena, que são: sabedoria, inteligência, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus. Também os frutos do Espírito Santo: caridade, alegria, paz, paciência, longanimidade, bondade, benignidade, mansidão, fidelidade, modéstia, continência e castidade.
Na Confirmação, como o próprio nome diz, também reafirmamos nossas promessas de Batismo, lembrando-nos de nossas responsabilidades e vocação cristã. Mas não devemos confundir, e achar que o Batismo é incompleto ou necessita de complemento. A Crisma também não é absolutamente necessária para a Salvação da Alma.
  • Eucaristia 
(retirado do Catecismo)
271. O que é a Eucaristia?É o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que ele instituiu para perpetuar pelos séculos, até seu retorno, o sacrifício da cruz, confiando assim à sua Igreja o memorial de sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, no qual se recebe Cristo, a alma é coberta de graça e é dado o penhor da vida eterna. 1322-1323 1409272. Quando Jesus Cristo instituiu a Eucaristia?

Institui-a na Quinta-feira Santa, “na noite em que ia ser entregue” (1 Cor 11,23), celebrando com os seus Apóstolos a Última Ceia. 1323 1337-1340

273. Como a instituiu?

Depois de ter reunido os seus Apóstolos no Cenáculo, Jesus tomou nas suas mãos o pão, partiu-o e o deu a eles, dizendo: “Tomai todos e comei: isto é o meu corpo que será entregue por vós”. Depois tomou nas suas mãos o cálice do vinho e lhes disse: “Tomai todos e bebei: este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por vós e por todos para remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim”. 1337-1340 1365,1406

274. O que representa a Eucaristia na vida da Igreja?

É fonte e ápice de toda a vida cristã. Na Eucaristia, atingem o seu clímax a ação santificante de Deus para conosco e o nosso culto para com ele. Ela encerra todo o bem espiritual da Igreja: o mesmo Cristo, nossa Páscoa. A comunhão da vida divina e a unidade do Povo de Deus são expressas e realizadas pela Eucaristia. Mediante a celebração eucarística, já nos unimos à liturgia do Céu e antecipamos a vida eterna. 1324-1327 1407


275. Como é chamado esse sacramento?

A insondável riqueza desse sacramento se exprime com diversos nomes que evocam seus aspectos particulares. Os mais comuns são: Eucaristia, Santa Missa, Ceia do Senhor, Fração do pão, Celebração eucarística, Memorial da paixão, da morte e da ressurreição do Senhor, Santo Sacrifício, Santa e Divina Liturgia, Santos Mistérios, Santíssimo Sacramento do altar, Santa Comunhão. 1328-1332

276. Como se situa a Eucaristia no desígnio divino da salvação?

Na Antiga Aliança, a Eucaristia é prenunciada, sobretudo, na ceia pascal anual, celebrada todo ano pelos hebreus com os pães ázimos como lembrança da imprevista e libertadora saída do Egito. Jesus a anuncia em seu ensinamento e a institui celebrando com os seus Apóstolos a última Ceia durante um banquete pascal. A Igreja, fiel ao mandamento do Senhor, “Fazei isto em minha memória” (1 Cor 11,24), sempre celebrou a Eucaristia, sobretudo no domingo, dia da ressurreição de Jesus. 1333-1344

277. Como se desdobra a celebração da Eucaristia?

Desdobra-se em dois grandes momentos, que formam um só ato de culto: a liturgia da Palavra, que compreende a proclamação e a escuta da Palavra de Deus; a liturgia eucarística, que compreende a apresentação do pão e do vinho, a oração ou anáfora, que contém as palavras da consagração, e a comunhão. 1345-1355 1408

278. Quem é o ministro da celebração da Eucaristia?

É o sacerdote (bispo ou presbítero), validamente ordenado, que age na Pessoa de Cristo Cabeça e em nome da igreja. 1348 1411

279. Quais são os elementos essenciais e necessários para realizar a Eucaristia?

São o pão de trigo e o vinho da videira. 1412

280. Em que sentido a Eucaristia é memorial do sacrifício de Cristo?

A Eucaristia é memorial no sentido de que torna presente e atual o sacrifício que Cristo ofereceu ao Pai na cruz, uma vez por todas, em favor da humanidade. 0 caráter sacrifical da Eucaristia se manifesta nas próprias palavras da instituição: “Isto é o meu corpo, que é dado por vós” e “Este cálice é a nova aliança no meu sangue, que é derramado por vós” (Lc 22,19-20). 0 sacrifício da cruz e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício. Idênticos são a vítima e o oferente, diferente é apenas o modo de oferecer: cruento na cruz, incruento na Eucaristia. 1362-1367

281. De que modo a Igreja participa do sacrifício eucarístico?

Na Eucaristia, o sacrifício de Cristo se torna também o sacrifício dos membros do seu Corpo. A vida dos fiéis, seu louvor, seu sofrimento, sua oração, seu trabalho estão unidos ao de Cristo. Como sacrifício, a Eucaristia é também oferecida por todos os fiéis vivos e defuntos, em reparação dos pecados de todos os homens e para obter de Deus benefícios espirituais e temporais. Também a Igreja do céu está unida na oferta de Cristo. 1368-1372 1414

282. Como Jesus está presente na Eucaristia?

Jesus Cristo está presente na Eucaristia de modo único e incomparável. Está presente, com efeito, de modo verdadeiro, real, substancial:com o seu Corpo e o seu Sangue, com a sua Alma e a sua Divindade. Nela está, portanto, presente de modo sacramental, ou seja, sob as espécies eucarísticas do pão e do vinho, Cristo todo inteiro: Deus e homem. 1373-1375 1413

283. 0 que significa transubstanciação?

Transubstanciação significa a conversão de toda a substância do pão na substância do Corpo de Cristo e de toda a substância do vinho na substância do seu Sangue. Essa conversão se realiza na oração eucarística, mediante a eficácia da palavra de Cristo e da ação do Espírito Santo. Todavia, as características sensíveis do pão e do vinho, ou seja, as “espécies eucarísticas”, permanecem inalteradas. 1376-1377 1413

284. A fração do pão divide Cristo?

A fração do pão não divide Cristo: ele está presente todo e íntegro em cada espécie eucarística e em cada uma de suas partes. 1377

285. Até quando continua a presença eucarística de Cristo?

Ela continua até que subsistam as espécies eucarísticas. 1377

286. Que tipo de culto é devido ao sacramento da Eucaristia?

É devido o culto de latria, ou seja, de adoração reservado unicamente a Deus, seja durante a celebração eucarística, seja fora dela. A Igreja, com efeito, conserva com a máxima diligência as Hóstias consagradas, leva-as aos enfermos e a outras pessoas impossibilitadas de participar da Santa Missa, apresenta-as à solene adoração dos fiéis, leva-as em procissão e convida à freqüente visita e adoração do Santíssimo Sacramento conservado no tabernáculo. 1378-1381 1418

287. Por que a Eucaristia é o banquete pascal?
A Eucaristia é o banquete pascal, porquanto Cristo, ao realizar sacramentalmente a sua Páscoa, nos dá o seu Corpo e o seu Sangue, oferecidos como alimento e bebida, e nos une a si e entre nós no seu sacrifício.
1382-1384 1391-1396

288. O que significa o altar?
O altar é o símbolo do próprio Cristo, presente como vítima sacrifical (altar-sacrifício da cruz) e como alimento celeste que se dá a nós (altarmesa eucarística). 1383 1410

289. Quando a Igreja obriga a participar da santa missa?
A Igreja obriga os fiéis a participar da santa missa todo domingo e nas festas de preceito, e recomenda que dela se participe também nos outros dias. 1389 1417

290. Quando se deve comungar?
A Igreja recomenda aos fiéis que participam da santa missa que recebam com as devidas disposições também a santa Comunhão, prescrevendo a obrigação de comungar pelo menos na Páscoa. 1389

291. O que se requer para receber a santa comunhão?
Para receber a santa Comunhão, deve-se estar plenamente incorporado à Igreja católica e estar em estado de graça, ou seja, sem consciência de pecado mortal. Quem estiver consciente de ter cometido um pecado grave deve receber o sacramento da Reconciliação antes de se aproximar da comunhão. Importantes são também o espírito de recolhimento e de oração, a observância do jejum prescrito pela Igreja e a atitude do corpo (gestos, roupas), em sinal de respeito a Cristo. 1385-1389 1415

292. Quais são os frutos da santa Comunhão?
A santa comunhão aumenta a nossa união com Cristo e com a sua Igreja, conserva e renova a vida de graça recebida no Batismo e na Crisma e nos faz crescer no amor para com o próximo. Fortificando-nos na caridade, cancela os pecados veniais e nos preserva de futuros pecados mortais.
1391-1397 1416

293. Quando é possível administrar a santa Comunhão aos outros cristãos?
Os ministros católicos administram licitamente a santa Comunhão aos membros das Igrejas Orientais que não têm comunhão plena com a

Igreja católica sempre que eles o pedirem espontaneamente e estiverem bem dispostos.
Para os membros de outras comunidades eclesiais, os ministros católicos administram licitamente a santa Comunhão aos fiéis que diante de uma grave necessidade o peçam espontaneamente, estejam bem dispostos e manifestem a fé católica a respeito do sacramento. 1398-1401

294. Por que a Eucaristia é “penhor da glória futura”?
Porque a Eucaristia nos enche de graça e bênção do Céu, fortalecenos para a peregrinação nesta vida e nos faz desejar a vida eterna, unindo-nos já a Cristo, que subiu para a direita do Pai, à Igreja do céu, à beatíssima Virgem e a todos os Santos. 1402-1405

Na Eucaristia nós partimos “ó único pão que é remédio de imortalidade, antídoto para não morrer, mas para viver em Jesus Cristo para sempre” (Santo Inácio de Antioquia).

II. SACRAMENTOS DE CURA
Cristo, médico da alma e do corpo, os instituiu porque a vida nova,
que nos foi dada por ele nos sacramentos da iniciação cristã, pode ser enfraquecida e até perdida por causa do pecado. Por isso, Cristo quis que a Igreja continuasse a sua obra de cura e de salvação mediante esses dois sacramentos.
  • Penitência

Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. (
1 João 1,9)
É chamado de sacramento da Penitência, da Reconciliação, do Perdão, da Confissão, da Conversão. Uma vez que a vida nova na graça, recebida no Batismo, não suprimiu a fraqueza da natureza humana nem a inclinação ao pecado (ou seja, a concupiscência), Cristo instituiu esse sacramento para a conversão dos batizados que se afastaram dele peso pecado.
O Senhor ressuscitado instituiu esse sacramento quando, na noite de Páscoa, apareceu a seus Apóstolos e lhes disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, serão retidos” (Jo 20,22-23). O apelo de Cristo à conversão ressoa continuamente na vida dos batizados. Essa conversão é um compromisso contínuo para toda a Igreja, que é santa, mas reúne em seu seio os pecadores.
É necessário o “coração contrito” (SI 51,19) movido pela graça divina a responder ao amor misericordioso de Deus. Implica a dor e a repulsa pesos pecados cometidos, o firme propósito de não mais pecar no futuro e a confiança na ajuda de Deus. Nutre-se da esperança na misericórdia divina. A penitência se exprime de formas muito variadas, em particular com o jejum, a oração, a esmola. Essas e muitas outras formas de penitência podem ser praticadas na vida cotidiano do cristão, em particular no tempo da Quaresma e no dia penitencias da sexta-feira.
Os atos do penitente são: um diligente exame de consciência; a contrição (ou arrependimento), que é perfeita quando é motivada peso amor para com Deus,imperfeita se fundada em outros motivos, e que inclui o propósito de não pecar mais; a confissão, que consiste na acusação dos pecados feita perante o sacerdote; a satisfação, ou seja, o cumprimento de certos atos de penitência que o confessor impõe ao penitente para reparar o dano causado pelo pecado. Devem-se confessar todos os pecados graves ainda não confessados de que alguém se lembra depois de um diligente exame de consciência. A confissão dos pecados graves é o único modo ordinário para obter o perdão. Todo fiel, tendo atingido a idade da razão, é obrigado a confessar os próprios pecados graves pelo menos uma vez ao ano, e sempre antes de receber a santa Comunhão. Embora não seja estritamente necessária, a confissão dos pecados veniais é vivamente recomendada pela Igreja, porque nos ajuda a formar uma reta consciência e a lutar contra as tendências más, para nos deixar curar por Cristo e progredir na vida do Espírito.
Cristo confiou o ministério da reconciliação a seus Apóstolos, aos bispos seus sucessores e aos presbíteros seus colaboradores, os quais se tornam, portanto, instrumentos da misericórdia e da justiça de Deus. Eles exercem o poder de perdoar os pecados em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Dada a delicadeza e a grandiosidade desse ministério e o respeito devido às pessoas, todo confessor é obrigado, sem exceção alguma e sob penas muito severas, a guardar o sigilo sacramental, ou seja, o absoluto segredo acerca dos pecados conhecidos na confissão (dizem que o confessionário é um lugar no qual nem os anjos podem penetrar).
Os efeitos do sacramento da Penitência são: a reconciliação com Deus e, portanto, o perdão dos pecados; a reconciliação com a Igreja; a recuperação do estado de graça, se foi perdido; a remissão da pena eterna merecida por causa dos pecados mortais e, pelo menos em parte, das penas temporais que são conseqüência do pecado; a paz e a serenidade da consciência, e a consolação do espírito; o crescimento das forças espirituais para o combate cristão.

  • Unção dos Enfermos

No Antigo Testamento, o homem experimenta durante a doença o próprio limite e percebe ao mesmo tempo que a doença está ligada, de modo misterioso, ao pecado. Os profetas entreviram que ela podia ter também um valor redentor para os pecados próprios e dos outros. Assim, a doença era vivida diante de Deus, a quem o homem implorava a cura.
A compaixão de Jesus para com os doentes e as suas numerosas curas de enfermos são um claro sinal de que com ele chegou o Reino de Deus e, portanto, a vitória sobre o pecado, sobre o sofrimento e sobre a morte. Com sua paixão e morte, ele dá novo sentido ao sofrimento, o qual, se unido ao seu, pode se tornar meio de purificação e de salvação para nós e para os outros.
A Igreja, tendo recebido do Senhor a ordem de curar os enfermos compromete-se a cumpri-la com os cuidados para com os doentes, acompanhados de oração de intercessão. Ela possui sobretudo um sacramento específico em favor dos enfermos, instituído pelo próprio Cristo e atestado por são Tiago: “Alguém dentre vós está doente? Mande chamar os presbíteros da igreja, para que orem sobre ele, ungido-o com óleo no nome do Senhor” (Tg 5,14).
Pode receber esse sacramento o fiel que começa a se encontrar em perigo de morte por doença ou velhice. O mesmo fiel pode recebê-lo também outras vezes, quando se verifica um agravamento da doença ou quando lhe acontece uma outra doença grave. A celebração desse sacramento deve ser, se possível precedida pela confissão individual do doente. A celebração desse sacramento consiste essencialmente na unção com o óleo, bento possivelmente pelo bispo, sobre a fronte e sobre as mãos do doente (no rito romano, ou também em outras parte do corpo em outros ritos), acompanhada pela oração do sacerdote, que implora a graça especial desse sacramento. Ele confere uma graça particular, que une mais intimamente o doente à Paixão de Cristo, para o seu bem e o de toda a Igreja, dando-lhe conforto, paz, coragem e até o perdão dos pecados, se o doente não pôde confessar-se. Esse sacramento permite às vezes, se Deus o quiser, até a recuperação da saúde física. Em todo caso, essa Unção prepara o doente para a passagem à Casa do Pai.
III. SACRAMENTOS A SERVIÇO DA COMUNHÃO E DA MISSÃO
Dois sacramentos, a Ordem e o Matrimônio, conferem uma graça especial para uma missão particular na Igreja a serviço da edificação do povo de Deus. Eles contribuem em particular para a comunhão eclesial e para a salvação dos outros.
  • Ordem
“Somente Cristo é o verdadeiro sacerdote; os outros são os seus ministros” (Santo Tomás de Aquino).
É o sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo aos seus Apóstolos continua a ser exercida na Igreja, até o final dos tempos. Ordem indica um corpo eclesial de que se passa a fazer parte mediante uma especial consagração (Ordenação), a qual, por um particular dom do Espírito Santo, permite exercer um sagrado poder em nome e com a autoridade de Cristo a serviço do Povo de Deus. Na Antiga Aliança, são prefigurações desse sacramento o serviço dos Levitas, bem como o sacerdócio de Aarão e a instituição dos setenta “Anciãos” (Nm 11,25). Essas prefigurações encontram seu cumprimento, em Cristo Jesus, o qual, com o sacrifício da sua cruz, é o “único […] mediador entre Deus e os homens” (1Tm 2,5), o “sumo Sacerdote à maneira de Melquisedec” (Hb 5,10). 0 único sacerdócio de Cristo se torna presente pelo sacerdócio ministerial.

O sacramento da Ordem compõe-se de três graus, que são insubstituíveis para a estrutura orgânica da Igreja: o episcopado, o presbiterado e o diaconato. A Ordenação episcopal confere a plenitude do sacramento da Ordem, faz do bispo o legítimo sucessor dos Apóstolos, insere-o no Colégio episcopal, partilhando com o papa e os outros bispos a solicitude por todas as igrejas, e lhe confia os ofícios de ensinar, santificar e reger. O bispo, a quem é confiada uma igreja particular, é o princípio visível e o fundamento da unidade dessa Igreja, em relação à qual exerce, como vigário de Cristo, o oficio pastoral, ajudado pelos próprios presbíteros e diáconos.

Sobre a ordenação presbiteral, marca o presbítero comum com um caráter espiritual indelével, configura-o a Cristo sacerdote e o torna capaz de agir no Nome de Cristo Cabeça. Sendo cooperador da Ordem episcopal, ele é consagrado para pregar o Evangelho, para celebrar o culto divino, sobretudo a Eucaristia de que tira força o seu ministério, e para ser o pastor dos fiéis. Todos os presbíteros (chamados de ‘padres’) estão submetidos a um bispo. Mesmo sendo ordenado para uma missão universal, ele a exerce numa Igreja particular, em fraternidade sacramental com os outros presbíteros que formam o “presbitério” e que, em comunhão com o bispo e em dependência dele, têm a responsabilidade da Igreja particular. Já o diácono, configurado a Cristo servo de todos, é ordenado para o serviço da Igreja, que ele exerce sob a autoridade do próprio bispo, a respeito do ministério da Palavra, do culto divino, da orientação pastoral e da caridade.

Para cada um dos três graus, o sacramento da Ordem é conferido mediante a imposição das mãos sobre a cabeça do ordenando por parte do bispo, que pronuncia a solene oração consagradora. Com ela o Bispo invoca de Deus para o ordenando a especial efusão do Espírito Santo e dos seus dons, em vista do ministério. Cabe aos bispos validamente ordenados, como sucessores dos Apóstolos, conferir os três graus do sacramento da Ordem. Pode recebê-lo validamente apenas o batizado de sexo masculino: a Igreja se reconhece ligada a essa escolha feita pelo próprio Senhor. Ninguém pode exigir receber o sacramento da Ordem, mas deve ser considerado apto ao ministério pela autoridade da Igreja. Para o episcopado é sempre exigido o celibato. Para o presbiterado, na Igreja latina, ordinariamente escolhem-se homens crentes, que vivem como celibatários e que têm intenção de manter-se no celibato “pelo reino dos céus” (Mt 19,12); nas Igrejas Orientais não é permitido casar-se depois de ter recebido a ordenação. Ao diaconato permanente podem ter acesso também homens já casados.

Esse sacramento dá uma especial efusão do Espírito Santo, que configura o ordenado a Cristo na sua tríplice função de Sacerdote, Profeta e Rei, segundo os respectivos graus do sacramento. A ordenação confere um caráter espiritual indelével de ministros e sacerdotes de Deus, assim como o Batismo nos faz seus filhos e o Crisma seus soldados. Os sacerdotes ordenados, no exercício do ministério sagrado, falam e agem não por autoridade própria nem por mandato ou por delegação da comunidade, mas na Pessoa de Cristo Cabeça e em nome da Igreja. Portanto, o sacerdócio ministerial se diferencia essencialmente e não apenas por grau do sacerdócio comum dos fiéis, a serviço do qual Cristo o instituiu.

 

 

  • Matrimônio
Deus, que é amor e criou o homem por amor, chamou-o a amar. Criando o homem e a mulher, chamou-os no Matrimônio a uma íntima comunhão de vida e de amor entre si, “assim, eles não são mais dois, mas uma só carne” (Mt 19,6). Ao abençoá-los, Deus lhes disse: “Sede fecundos e prolíficos” (Gn 1,28). A união matrimonial do homem e da mulher, fundada e estruturada com leis próprias pelo Criador, por sua natureza está ordenada à comunhão e ao bem dos cônjuges e à geração e educação dos filhos. A união matrimonial, segundo o originário desígnio divino, é indissolúvel, como afirma Jesus Cristo: “Não separe, pois, o homem o que Deus uniu” (Mc 10,9). Por causa do primeiro pecado, que provocou também a ruptura da comunhão dada pelo Criador entre o homem e a mulher, a união matrimonial é muitas vezes ameaçada pela discórdia e pela infidelidade. Todavia, Deus, na sua infinita misericórdia, dá ao homem e à mulher a sua graça para realizar a união das suas vidas segundo o originário desígnio divino.
Deus, sobretudo por meio da pedagogia da Lei e dos profetas, ajuda seu povo a amadurecer progressivamente a consciência da unicidade da indissolubilidade do Matrimônio. A aliança nupcial de Deus com Israel prepara e prefigura a Aliança nova realizada pelo Filho de Deus, Jesus Cristo, com a sua esposa, a Igreja. Jesus Cristo não só restabelece a ordem inicial querida por Deus, mas dá a graça para viver o Matrimônio na nova dignidade de sacramento, que é o sinal do seu amor esponsal pela Igreja: “Maridos, amai as vossas mulheres como Cristo amou a Igreja” (Ef 5,25).
O Matrimônio não é uma obrigação para todos. Em particular Deus chama alguns homens e mulheres a seguir o Senhor Jesus na via da virgindade e do celibato pelo Reino dos céus, renunciando ao grande bem do Matrimônio para se preocupar com as coisas do Senhor e procurar agradar-Lhe, tornando-se sinal da absoluta primazia do amor de Cristo e da ardente expectativa da sua vinda gloriosa. “Quem não é casado cuida das coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor, mas quem é casado cuida das coisas do mundo, em como há de agradar a sua mulher.” (1 Cor 7, 32-33).
O consenso matrimonial é a vontade expressa por um homem e por uma mulher de se doar mutuamente e definitivamente, com o objetivo de viver uma aliança de amor fiel e fecundo. Uma vez que o consentimento faz o Matrimônio, ele é indispensável e insubstituível. Para tornar válido Matrimônio, o consenso deve ter como objeto o verdadeiro Matrimônio ser um ato humano, consciente e livre, não determinado por violência ou constrangimentos. O sacramento do Matrimônio gera entre os cônjuges um vínculo perpétuo e exclusivo.
O próprio Deus sela o consenso dos esposos. Portanto, o Matrimônio concluído e consumado entre batizados jamais pode ser dissolvido. Além disso, esse sacramento confere aos esposos a graça necessária para atingir a santidade na vida conjugal e para o acolhimento responsável dos filhos e a educação deles.
A família cristã é chamada também de Igreja doméstica porque a família manifesta e realiza a natureza de comunhão e familiar da Igreja como família de Deus. Cada membro, segundo o próprio papel, exerce o sacerdócio batismal, contribuindo para fazer da família uma comunidade de graça e de oração, escola das virtudes humanas e cristãs, lugar do primeiro anúncio da fé aos filhos.
***
O cristão que morre em Cristo chega, no término da sua existência terrena, ao cumprimento da nova vida iniciada com o Batismo, fortalecida pela Confirmação e nutrida pela Eucaristia, antecipação do banquete celeste. O sentido da morte do cristão manifesta-se à luz da Morte e da Ressurreição de Cristo, nossa única esperança; o cristão que morre em Cristo Jesus vai “morar junto do Senhor” (2Cor 5,8).
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As devoções da Igreja para cada mês

24 Terça-feira Jan 2012

Posted by marcosmarinho33 in Da Doutrina, Da Santa Igreja

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calendário, catolicismo, devoção, fé, fiéis, indulgência, jesus, jose, litúrgico, maria, mês, piedade, purgatório, tradição

[retirado e traduzido de: http://www.aquinasandmore.com/catholic-articles/monthly-dedications-of-the-church-year/article/184 ]

Cada mês do ano é dedicado a uma devoção particular na Fé Católica; a dedicação de cada mês é baseada em eventos históricos ou num aspecto particular do calendário litúrgico, ou ainda uma combinação de ambos. Essas devoções Católicas mensais não se alinham exatamente com o período do calendário litúrgico, já que eles são feitas mais pelos meses do calendário padrão em vez das estações da Igreja. Alguns países e lugares tem devoções mais específicas de sua área, mas as que se seguem são comuns entre todos, devoções católicas universais para cada mês do ano.

Devoção de Janeiro

Janeiro é o mês do Santíssimo Nome de Jesus. A festa do Santíssimo Nome originou-se no século XVI e era antigamente celebrada no segundo Domingo da Epifania. Foi removido do calendário em 1969, “já que a imposição do nome de Jesus já era comemorada no ofício das Oitavas de Natal.” (motu propri: Mysterii Paschalis, 1969). Foi restaurada e 2002 como uma memória opcional no primeiro dia livre depois de 1º de Janeiro.

A ladainha do Santíssimo Nome de Jesus oficial está incluída no livro A Prayerbook of Favorite Litanies. Há indulgências ligadas a devoção do Santíssimo Nome; cem dias para cada dia em que é feita, se for feita privadamente; trezentos, se a devoção é feita publicamente numa igreja ou capela.

Por causa das festas em Janeiro que pertencem a infância de Cristo, Janeiro também se tornou o mês dedicado a Santa Infância de Jesus.

Devoção de Fevereiro

Fevereiro é o mês dedicado a Sagrada Família. Embora o começo da Quaresma muda de acordo com o calendário civil, uma boa parte de Fevereiro nos dá um espaço de tempo entre as celebrações do Natal e do foco maior na vida pública e no ministério de Jesus, que ocorre na Quaresma. É a transição dos festejos do Natal para a abstinência e jejum da Quaresma. Por isso, fevereiro tradicionalmente se tornou um tempo para relembrar-se da Sagrada Família, porque foi dentro da Sagrada Família onde Jesus passou o tempo entre seu nascimento e sua jornada pública.

Devoção de Março

Março é o mês da devoção a São José, cuja festa cai em 19 de Março. A solenidade de São José data do fim do século XV; ao longo dos séculos seguintes, o mês inteiro de devoção a São José tornou-se parte da tradição.

Numa sociedade que parece desprezar a importância do matrimônio e da paternidade, São José, o esposo da Virgem e o homem que teve a responsabilidade de criar Jesus, é um incrível modelo de pai cristão, obediente e fiel.

Há indulgências ligadas a devoção a São José durante esse mês: trezentos dias para aqueles que privadamente ou publicamente realizarem uma prática piedosa em honra de São José, durante o mês, uma indulgência plenária em qualquer dia do mês nas condições ordinárias.

 

Devoção de Abril

O mês de Abril é dedicado a devoção a Eucaristia e a devoção ao Divino Espírito Santo. Esse tradição desenvolveu-se porque o Domingo de Páscoa normalmente cai em Abril, e quando cai em Março, a época da Páscoa continua em Abril. Em essência, Abril é o mês da Páscoa, e durante a celebração da Páscoa lembramo-nos do Sacrifício Eucarístico que Cristo nos deixou e o batismo do Espírito Santo, que viria depois de sua Ressurreição.

 

 

 

Devoção de Maio

Maio é o mês da Virgem Maria; a devoção a Mãe de Deus em Maio originou-se em Roma no século XVIII para conter a imoralidade e infidelidade entre os estudantes de uma faculdade local. Espalhou-se por quase toda a Igreja Latina. Por causa do feriado norte-americano de Dia das Mães em Maio, os católicos usam esse tempo para relembrar o papel de Maria Santíssima como Mãe. Portanto, a devoção a Virgem Maria no mês de Maio foca tanto no papel Dela como modelo para as mães cristãs, quanto em Sua perpétua castidade e pureza, e Sua fidelidade para com a vontade de Deus.

 

Devoção de Junho

Junho é o mês do Sagrado Coração de Jesus. Uma devoção por muito tempo praticada privadamente, foi oficialmente aprovada no século XVIII. A devoção ao Sagrado Coração encoraja a participação na Adoração a Eucaristia e a receber a Sagrada Comunhão na primeira sexta-feira de cada mês.

 

 

 

 

Devoção de Julho

Julho é dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor; a festa do Preciosíssimo Sangue é no primeiro Domingo do mês. O Padre Faber descreve porque nós honramos o Sangue de Cristo em The Precious Blood: The Price of our Salvation.

Há indulgências ligadas a devoção do Preciosíssimo Sangue: sete anos e sete quarentenas para cada dia de devoção pública; indulgências plenárias em qualquer dia de Julho ou de 1º a 8 de Agosto, depois de ter assistindo oito vezes a uma função pública nas condições ordinárias; se a devoção for feita privadamente, trezentos dias para cada dia com uma indulgência plenária em 31 de Julho, ou de 1º a 8 de Agosto.

 

Devoção de Agosto

Agosto é o mês dedicado ao Santíssimo Sacramento, e é recomendado o aumento da adoração a Eucaristia. Agosto também é dedicado ao Imaculado Coração de Maria, e em 15 de Agosto, a Igreja celebra a Assunção de Nossa Senhora aos Céus.

 

 

 

 

 

Devoção de Setembro

Setembro é tradicionalmente dedicado as Sete Dores de Maria, visto que a festa de Nossa Senhora das Dores também cai em Setembro. As Dores são: a profecia de Simeão, a fuga para o Egito, a perda do Menino Jesus em Jerusalém por três dias, o encontro com Jesus em seu caminho ao Calvário, ficar aos pés da Cruz, a descida de Jesus da Cruz, e o sepultamento de Cristo.

Indulgências para a devoção a Nossa Senhora das Dores são: trezentos dias por cada dia, e as devoções podem ser realizadas publica ou privadamente; uma plenária em qualquer dia de Setembro ou de 1º a 8 de Outubro dentro das condições normais.

Devoção de Outubro

Outubro é o mês do Rosário, devido ao aniversário da vitória da Batalha de Lepanto e da festa de Nossa Senhora do Rosário em Outubro. A Batalha de Lepanto e a instituição da festa ocorreram no século XVII; no fim do século XVIII, o Papa Leão XIII oficialmente dedicou o mês inteiro de devoção ao Santo Rosário.

*No Brasil, comemora-se também a Festa da Padroeira, Nossa Senhora Aparecida.

 

Devoção de Novembro

O mês de Novembro é dedicado às pobres almas do Purgatório. O Dia de Finados cai em 2 de Novembro, que é quando comemoramos todos os fiéis falecidos. As indulgências ligadas a essa devoção são sete anos e sete quarentenas por cada dia; uma plenária por cada dia do mês dentro das condições normais.

 

 

 

 

Devoção de Dezembro

Dezembro é dedicado ao Advento (a Vinda) de Cristo. Isso refere-se não só a preparação para a celebrar da lembrança do nascimento de Cristo há dois milênios, mas também a preparação espiritual e piedosa para a segunda e definitiva vinda do Senhor.

– Esse artigo contém informações da Catholic Encyclopedia.

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El Paso – A Batalha pelo Catolicismo

19 Quinta-feira Jan 2012

Posted by marcosmarinho33 in Da Liturgia

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Pe. Rodríguez é um padre diocesano que vinha desenvolvendo um excelente trabalho em sua paróquia (Missa tradicional diariamente, confissões 5 dias por semana, Terço todos os dias, aulas de catequese e formação, preparação para os Sacramentos de maneira personalizada, retiros quaresmais, devoções católicas etc.). O fato de ele celebrar a Missa tradicional com tanto amor e devoção diariamente já não o fazia a menina dos olhos do bispo e dos colegas. Contudo, ele fez declarações públicas a favor da sacralidade do matrimônio, opondo-se de maneira veemente aos projetos gayzistas na cidade. Isso foi o suficiente para ser mandado a uma cidade a quase 5 horas de distância. Seu bispo temeu perder os benefícios fiscais caso um de seus padres pudesse ser acusado de burlar a lei de benefícios fiscais a templos religiosos.
O vídeo mostra os fiéis locais em sua luta para trazê-lo de volta e recuperar a vida católica em sua cidade. Um belo exemplo de fé.

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“A mão da Igreja é doce também quando golpeia, pois é a mão de uma mãe.” S. Pio de Pietrelcina

"A mão da Igreja é doce também quando golpeia, pois é a mão de uma mãe." S. Pio de Pietrelcina

‎”Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica. Um me distingue, o outro me evidencia. É por este sobrenome que nosso povo é diferenciado dos que são chamados heréticos.” São Paciano de Barcelona

‎”Foi Sempre privilégio da Igreja, Vencer quando é ferida, Progredir quando é abandonada, e Crescer em ciência quando é atacada.” (Santo Hilario de Potiers, Dr. da Igreja).

‎"Foi Sempre privilégio da Igreja, Vencer quando é ferida, Progredir quando é abandonada, e Crescer em ciência quando é atacada." (Santo Hilario de Potiers, Dr. da Igreja).

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