Vou a Missa todos os dias. Ao menos tento ir. De qualquer modo, são exceções os dias que eu não vou.
Mas tem algo que já está me incomodando e não é de hoje. Desde muito tempo atrás, antes de sequer saber o que era Missa Tridentina, Novus Ordo, Tradição, e etc, eu já não me sentia bem nas missas que frequentava. Não gostava de bateria, de palmas, de dança, de ficar cumprimentando e abraçando durante a Oração da Paz. Em grande parte, isso foi um dos fatores que me levou a parar de ir a Igreja por uns anos.
E então, eis que descubro: a Missa nem sempre havia sido daquele jeito. É claro, descobri isso da pior maneira possível, com pessoas que também não sabiam do que estavam falando, então fiquei pensando que graças a Deus Paulo VI tinha mudado a Missa! Mas ainda assim, fiquei encucado com aquilo… Orações e canto em Latim, o padre de costas, mulheres de véu, solenidade… aquilo, por pior que tivesse sido apresentado, me interessou bastante. Sempre tive esse péssimo hábito de gostar do que ‘não devo’. Eu ainda era um leigo muito leigo (rs), não conhecia nada direito. Ocasionalmente, ouvia falar de como era antigamente, de que ninguém entendia nada. Só isso que sabiam falar. Só isso que importava.
E assim ficou, por um bom tempo. Até que finalmente um amigo me explicou toda a história. Foi um choque pra mim, que já estava me esforçando pra me encaixar no padrão modernista que me era empurrado pra que engolisse sem reclamar. Quando descobri o que era a Missa Tridentina, ou melhor, o que era a Missa em si! não hesito em dizer que fez a diferença na minha vida. Melhor ainda, quando pela primeira vez assisti a Santa Missa no Rito Tridentino, acho que foi ali que finalmente todos os meus 15 anos de vida fizeram sentido. kkk Se tivesse morrido depois daquilo ali, morreria feliz. Não mais crises de Fé. Não mais dúvidas sobre a Transubstanciação. Não mais besteiras e abusos litúrgicos. Eu finalmente entendi o que fez tantos católicos se rebelarem contra a mudança. Queriam enfeitar a Beleza, melhorar o Sumo Bem… em outras palavras, não havia nada a ser mudado. Tudo estava tão perfeito quando o próprio Sacrifício de Cristo na Cruz. Era o que devia ser. Simplesmente isso.
De lá pra cá, assisti muitas vezes a Santa Missa em Rito Tridentino, e fico com raiva quando tentam me dizer que ‘ambas as missas (a nova e a tridentina) são iguais’. Caramba, nunca! De modo nenhum! Experimente ir todos os dias pra Missa Nova, e experimente ir só num pra Missa Tridentina. Santificar-se-á infinitamente mais no dia que assistir ao Rito Tridentino.
E é isso que me preocupa. Fico lendo textos de santos, livros de história sobre a Igreja e a Missa como era antes, e então, paro, sempre às 18h, pra ir a Missa. E é algo quase insuficiente. Eu sei que Cristo está ali, presente na Eucaristia, exatamente como esteve no Calvário. A razão me diz isso; mas em compensação… nada mais o faz. Por mais esmero que tenha nosso amado pároco durante a Missa, o problema não é ele. É o Missal.
Não estou com crise de Fé, graças a Deus Onipotente. Mas não consigo deixar de imaginar (ainda que os exercícios de mortificação mandem o contrário) como seria se pudesse assistir ao Rito Tridentino todos os dias…
Todavia, não compreendemos o porquê das coisas que Deus faz, mas mesmo assim devemos suportá-la com a santa paciência que ele nos há de prover. E, quem sabe um dia, ele poderá nos agraciar com este tão grande e piedoso bem que é a Missa Tridentina (num contexto mais acessível). Tudo pela Glória de Deus.

Missa Tridentina em Betim