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Eu estava olhando por aí e descobri uma pergunta relativamente frequente: Se há uma vida após a morte, porque não me mato? Em geral isso vem de neo-ateus criticando religiosos, afirmando que ateus possuem mais motivos para viver que os religiosos, já que nós acreditamos que teremos uma vida após essa. Mas, obviamente, também vem de pessoas realmente interessadas no assunto.

Em primeiro lugar, a resposta mais simples é lembrar dos mandamentos. O mandamento “não matarás” também tem relação a todas as pessoas, inclusive a você mesmo. Suicídio também é pecado, já que só Deus deve retirar uma vida, e a sua não haveria de ser diferente independentemente dos sofrimentos que você venha tendo aqui na Terra.

Em segundo lugar, os neo-ateus fazem essa confusão sem um motivo muito claro. Eles dizem que nós não deveríamos nos preocupar muito com essa vida devido a Vida Eterna, quando na verdade é justamente o contrário. O ateu não tem motivo nenhum para viver, nem para se preocupar com nada que acontece aqui.

Já o religioso, precisa se preocupar com a sua postura nessa vida, ou seja, ele deve se preocupar, sim, com essa vida, já que serão os atos feitos aqui que determinarão a salvação ou não de uma alma. Dessa forma, o religioso tem um motivo ainda maior que o ateu para viver: Viver bem e corretamente é importantíssimo para o religioso. Desde os problemas até as alegrias, o religioso deve viver tudo, dentro da santidade.

Voltemos a pensar em um ateu. Porque diabos ele enfrentaria o sofrimento desse mundo? Me parece mais inteligente que haja o suicídio por parte deles: Ok, essa vida é a única que eles possuem, mas ela é completamente sem sentido. Ou seja, ele vive aqui, sofre tudo para que? Para nada. No final, ele simplesmente vai morrer e desaparecer, segundo a crença(sim, ateísmo também é crença) dele. Ou seja, ele pode fazer o que quiser, pois não fará diferença nenhuma para ele.

Na mentalidade de um ateu, ele deveriafazer o que ele quiser, quando quiser e sem se preocupar com consequência alguma. Ou seja, no fim não importa se ele for um homem extremamente bom ou extremamente mau: O destino é igual. A única diferença é que o homem mal pode passar a perna nos outros e cresce na vida mais facilmente, embora eu ainda não tenha visto muito sentido em fazê-lo. Dessa forma, o ateu pode poupar-se do sofrimento e se matar. Isso não é uma opção para o religioso.

Conclusão:

A pergunta até faz certo sentido, mas perde ao perceber que a própria vida, quando olhada pelo ateísmo, não faz sentido algum e, quando olhada pelo lado religioso, é de extrema importância. Obviamente, não quero que os ateus saiam se suicidando por aí, eu só fiz algumas observações pertinentes a partir da crença deles. A vida, no olhar do religioso, é um dom, uma bênção. E para o ateu? Uma mera fatalidade, que ele foi forçado a viver. Pra que, então, sofrer tudo nessa vida? Fica a pergunta pros ateus. O objetivo do post já foi alcançado: Responder porque os religiosos não se suicidam.