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Na ordem social medieval é preciso distinguir três categorias essenciais. A mais alta é a dos clérigos. O clérigo é por excelência um homem de oração e estudo.

O próprio do clérigo é um modo de considerar a pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não considera a Jesus Cristo como um qualquer que olha e exclama “Aahh!” Não.

O bom clérigo olha para Nosso Senhor com uma espécie de enlevo apaixonado.

Há também o mau clérigo, e esse elogio que eu estou fazendo não cabe a um mau clérigo.

Então, o bom clérigo se caracteriza por uma espécie de paixão por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Por exemplo, quando ele considera a Paixão e Morte de Nosso Senhor, ele é propenso a se compenetrar de tal modo que ele até chora.

Se ele considera a Anunciação, ou os mistérios gozosos, ele é propenso a atitudes como as representadas nos quadros de Fra Angélico.

Em todas as coisas, o bom clérigo é profundamente refletido, medita muito, e sua meditação toca até o fundo de sua sensibilidade.

E isto o leva, portanto, aos maiores sacrifícios e às maiores renúncias com resolução, e daí o grande número de santos entre o clero da Idade Média.

(Fonte: Plinio Corrêa de Oliveira, 28/2/91. Sem revisão do autor)

 

Fonte: http://cidademedieval.blogspot.com/2012/01/o-clerigo-medieval-um-apaixonado-por.html