Na Missa o sacerdote reveste-se dos seis ornamentos seguintes: o amito, a alva, o cordão ou cíngulo, o manípulo, a estola e a casula. Foi o próprio Deus, no antigo Testamento, quem determinou os diferentes vestuários sagrados que deveriam ser utilizados pelos ministros conforme a natureza do culto a ser prestado. S. Jerônimo, ao comentar o que diz Ezequiel sobre o culto divino:“Não devemos entrar no Santo dos Santos, nem celebrar os sacramentos do Senhor trajando roupas comuns de uso diário… A religião divina tem um traje para o ministério e outro para o uso comum”.

A
alva é uma veste de linho branco que desce até aos pés. No Oriente era uso vestir uma longa veste branca em certas circunstâncias, por exemplo, nos casamentos, em que o convidado recebia a veste nupcial em casa dos esposos. Jesus Cristo faz alusão a esse uso na parábola do festim das bodas (S. Mat. XXII, 12). Quanto ao simbolismo, a alva recebeu desde o início da cristandade um significado particular de pureza e incorruptibilidade. Como veste litúrgica especial dos sacerdotes, é lembrada, no Ocidente (398), pelo cânon 60 do chamado IV concílio de Cartago.

O
cíngulo ou cordão serve para segurar as longas pregas na veste, que impediria o passo ao sacerdote. Os Orientais cingem assim a veste para as suas viagens e ocupações; foi assim que Tobias, procurando um companheiro, encontrou um homem com os rins cingidos e pronto para caminhar (Tob.V,5). O simbolismo deste vestido foi indicado por Jesus Cristo mesmo, quando disse: «Cingi vossos rins» (S. Luc. XII, 35). O cíngulo tem seu uso litúrgico acenado por Celestino I, na epístola aos bispos da Gália (428) tornando a propor a tradicional interpretação simbólica de Lc 12, 35.

O
amito é um pano de linho branco de que os Orientais se serviam para cobrir o pescoço, e com que os sacerdotes envolviam a cabeça (como o capuz dos religiosos) para serem menos facilmente distraídos durante o sacrifício. Este costume foi conservado em várias ordens religiosas, mas hoje não se coloca senão sobre o os ombros. No amito, vê-se simbolizada a reserva no uso da língua.

A
casula é uma veste munida de uma abertura para a cabeça, que cobre o peito e as costas, descendo até aos joelhos. Primitivamente era um longo manto fechado de todos os lados, de onde vem o seu nome de casula, que quere dizer casa pequena. A casula, para autores medievais como Ruperto de Deutz (De div. Off. 1, 22), representaria, a veste de Cristo, isto é, a Igreja.

A
estola é vestida cruzada no peito (cân. 4 do sínodo de Braga de 675). Para Amalário é sinal-emblema de humildade, e representa o jugo de Cristo, onus leve ac suave (Lib. off. II, 20 e 26,2) Também é símbolo de autoridade.

O
manípulo era primitivamente um lenço de linho que o sacerdote levava no braço esquerdo para limpar o rosto; simboliza o feixe de boa obras que se deve apanhar. O Pontifical Romano do século XIII, interpreta também como símbolo das boas obras (IX, 6). A estola provém sem dúvida da guarnição da antiga toga, insígnia da mais alta dignidade romana. Com as suas duas extremidades pendentes do pescoço sobre o peito, é o símbolo da dignidade sacerdotal: o sacerdote serve-se dela em todas as funções litúrgicas.
Curiosidade:
O gremial consta de um “avental” de linho. Sua cor, na forma ordinária do rito romano, é sempre branca, em qualquer situação. É usado por padres e bispos em diversas circunstâncias:
- Imposição das cinzas na quarta-feira de cinzas;
- Lava-pés de quinta-feira santa na missa in coena domini;
- Para a unção da fronte no sacramento da crisma;
- Para a unção das mãos na ordenação presbiteral;
- Para a unção da cabeça do eleito na ordenação episcopal;
- Na dedicação do altar e de igreja, para as unções;
- Outras circunstâncias em que o sacerdote deva fazer unções estando sentado.
O manícoto é posto no punho sobre a alva, pode ser amarrado ou provido de elástico. Seu uso é mais resumido em relação ao gremial, resume-se basicamente à unção do altar, impedindo que o bispo suje a alva com o Santo Crisma ou que tenha o inconveniente que ficar segurando o punho da mesma. Usando-o, além de evitar situações constrangedorase inconvenientes, alimenta-se à tradição litúrgica, mantendo vivo o uso de tal paramento.
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